quarta-feira, 28 de julho de 2010

IR. CRISTIANE NOS CONTA DA SUA VOCAÇÃO

Hoje, Ir. Cristiane vai nos contar um pouco de sua história! Acompanhe:

Como você percebeu que queria ser irmã? Fale-nos sobre o despertar de sua vocação.
"Eu era uma jovem comum, participava da Igreja, do Grupo de Jovem JUNISER (Juventude Unida para Servir) na paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Goiana-PE e também de um movimento chamado Comunidade Missionária. Tinha meu grupo de amigos que curtia festas, dançar e namorar. E apesar do engajamento pastoral, meus sonhos de juventude eram estudar para ter um bom trabalho, alcançar a independência financeira e ajudar minha família. Ser freira paulina não estava em meus planos iniciais, apesar de que sempre tive muito apreço pela vida missionária.
Eu tinha comigo um Novo Testamento no qual eu gostava de ler as cartas paulinas, mesmo sem entender muito. Ficava questionada ao ver que o Apóstolo Paulo sofria tanta coisa, enfrentava tantos desafios: fome, sede, frio, açoites, etc., e, mesmo assim, falava como o homem mais rico e mais feliz do mundo por causa do amor de Jesus Cristo. Isso realmente me encantava, pois, ao olhar para a realidade de meu povo e do mundo, pensava que a vida deveria ser mais do que uma luta cotidiana pela sobrevivência. Por isso, na minha experiência, eu posso dizer que foi São Paulo, em suas cartas, que me levou a Jesus.
O despertar de minha vocação foi um segundo passo e aconteceu num encontro do grupo jovem, no ano de 1995, quando conheci a primeira Ir. Líria Grade, fsp. Assim teve início o caminho vocacional. Depois de dois anos parei e passei um ano afastada até o dia em que o namorado falou em noivar. Nesse momento, senti fortemente em meu coração que estava dividida entre matrimônio e vida consagrada. Entrei em crise, busquei ajuda e rezei. Então decidi que ia fazer a experiência de um ano na Congregação para discernir minha vocação e aqui estou até hoje."


Qual foi a maior dificuldade ao decidir ingressar na congregação?

Minha decisão de ser religiosa pegou a todos de surpresa e no início não foi bem aceita por alguns amigos nem por alguns de minha família. Confesso que até eu mesma lutei bastante contra o chamado, mas, no final, Deus venceu. Não foi uma decisão fácil. Senti muito ter que me distanciar dos meus dois irmãos, Tiago e Emília, então com 9 e 7 anos de idade. E foi nesse turbilhão de sentimentos e pensamentos que fui participar de uma vigília levando tudo isso no coração, e lá me veio a força necessária. Senti que Deus me dizia: “Deixe que eu seja Deus para sua família e para você!” Entendi que Deus me pedia um passo de confiança, que eu acreditasse e desse espaço para que ele cuidasse de mim e dos meus. E assim, ingressei na Congregação da Pia Sociedade Filhas de São Paulo – Irmãs Paulinas, em Recife, onde fiz a primeira etapa de formação, o aspirantado."

A Igreja, a congregação e o povo de Deus agradece o dom da Vocação Paulina na Ir. Cristiane. Que Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida por ela seja amado, testemunhado e comunicado!

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