sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Adeus, Pe. Libânio!

Anchietanum
Ontem, dia 30 de janeiro de 2014,o Padre João Batista Libânio(jesuíta) fez sua Páscoa para junto do Pai. Aos 81 anos de idade, ele viveu uma vida dedicada à Igreja, aos pobres, aos jovens, de modo especial dedicando-se à teologia e à pastoral. Libanio foi um teólogo que acreditou na juventud...e e na importância de sua ação pastoral. Sobre isso escreveu diversos livros e artigos. Sempre foi solícito aos pedidos do Anchietanum, interessado que era nas questões que se referiam aos jovens. Mais recentemente, esteve, a nosso convite, na Cúpula dos Povos, no Rio de Janeiro, discutindo a participação dos jovens na sociedade. Também participou com entusiasmo do MAGIS - encontro de jovens inacianos em preparação à JMJ, em Salvador e no Rio de Janeiro, conduzindo duas rodas de conversa com jovens de diferentes partes do mundo a respeito do modo juvenil de ser Igreja e seguir Jesus Cristo.
Agradecemos a Deus pela vida do Padre Libanio e todo o bem que ele pode fazer, de modo especial aos jovens. Rogamos para que ele seja acolhido no abraço terno do Pai. Rogamos também para que sua família e companheiros sejam consolados na saudade e para que Deus continue abençoando a Igreja com pastores como Libanio.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Oração da Campanha da Fraternidade 2014


Tema: Fraternidade e Tráfico Humano
Lema: É para a Liberdade que Cristo nos Libertou (Gl 5,1)
 
Ó Deus, sempre ouvis o clamor do vosso povo
e vos compadeceis dos oprimidos e escravizados.
Fazei que experimentem a libertação da cruz
e a ressurreição de Jesus.
Nós vos pedimos pelos que sofrem
o flagelo do tráfico humano.
Convertei-nos pela força do vosso Espírito,
e tornai-nos sensíveis às dores destes nossos irmãos.
Comprometidos na superação deste mal,
vivamos como vossos filhos e filhas,
na liberdade e na paz.
Por Cristo nosso Senhor.
AMÉM!

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Hino da CF 2014



Dica de leitura

"É o próprio Cristo que garante: se homens e mulheres viverem segundo seus ensinamentos, irão se tornar 'um outro ele' e começarão a experimentar aqui e agora, na terra, a felicidade a que estão destinados no céu, na eternidade."

 Conheça o ebook Cristo Minha Vida http://bit.ly/1lY7I5P

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Alguém me quis aqui

 
*Por Pe. Zezinho, scj 

 Leia e aprofunde esta reflexão. É difícil crer, sem passar por esta decisão de valorizar Deus como o Grande Outro de quem vieram todos os outros e entre eles o meu e o seu pequeno eu.
Um grande outro, a quem chamo "DEUS", nos criou a todos, e graças a Ele podemos dizer EU SOU, porque Ele foi o primeiro que usou esta expressão e continuará a usá-la eternamente. Por causa Dele, também nós poderemos dizer que somos enquanto existirmos.
Eu sou quem sou é expressão muito mais profunda do que se possa imaginar. Afirma-nos como ser no meio de outros seres, mas nos torna mais do que cópias ou números. Nunca ninguém será eu, assim como eu jamais serei o que o outro é. No máximo serei como ele é.
Tudo começou com o ser que é, porque o Ser que É QUEM É resolveu um dia me criar e colocou-me aqui, neste tempo, nesta era, nesta hora, desses pais, com esses irmãos e nesse país para que eu seja! Não o fez por acaso.
Quis criar mais um ser pensante e mais uma vida preciosa e me quis feliz.
Nasci para ser feliz porque Deus não cria ninguém para ser infeliz.
É meu primeiro chamado.
Nasci para fazer os outros felizes...
É meu segundo chamado.
Cada um de nós precisa descobrir como ser feliz e como fazer alguém feliz, pelo amor, pela convivência, pelo trabalho, pela profissão, pela palavra, pelos gestos, pela fé, pela cultura e por tudo o que pode facilitar a vida do meu irmão.
Se sei fritar ovos e fazer pastéis posso resolver o problema de muita gente. É um jeito de me realizar.
Se faço curativo no pé do meu amigo é outro jeito.
Se carrego a cruz com ele, outro jeito.
Se entendo de remédio, se opero, se limpo as ruas, se preparo carne, se planto verdura, se dou aulas, se fabrico brinquedos, se faço pão, tudo faz parte da minha missão de ser feliz, fazendo o que faço, e com isso, ajudar o meu irmão a ser feliz.
Não há como escapar a essa verdade.
Nasci para ser feliz e fazer os outros felizes.
Minha religião pode me ajudar nisso.
Tenho o exemplo de milhares de santos que conseguiram.
Tenho os ensinamentos da minha comunidade de fé.
Tenho a Bíblia. E o que é mais importante: tenho Jesus, porque de fazer alguém feliz, ele é quem mais entende!  Sem esta mística andaremos pela vida como quem vai a uma feira com milhares de pessoas e esbarra em milhares delas sem sequer dizer um oi, tchau, bom dia, paz a você. Tocamos sem tocar, olhamos sem olhar, notamos sem notar, passamos sem passar.
Vivemos a solidão de uma ilha. Os outros terão que vir a nós, porque nós não sabemos ir aos outros.  O verbo é ir... Quem não vai ao outro corre o risco de não saber porque veio a este mundo. Alguém nos quis aqui! E os verbos desse envio são: ser para os outros, amar os outros e ir aos outros! Sem isso, corremos o risco de virarmos ilhas.
Sem o outro, nosso eu perde o seu sentido!

www.padrezezinhoscj.com
Comentários para: online@paulinas.com.br

sábado, 25 de janeiro de 2014

Paulo em Damasco



Festa da Conversão de São Paulo

Hoje celebramos a Festa da Conversão/vocação de São Paulo. Você conhece as Cartas de São Paulo, que se encontram no Segundo Testamento da Bíblia? Escreva abaixo alguma frase de São Paulo que você considera significativa em sua vida: Participe!

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O que significa a conversão de São Paulo?

Confira o vídeo em que a Ir. Alice Cristina (Irmã Paulina) fala para nós sobre a Conversão de São Paulo Apóstolo.
 

48º Dia Mundial das Comunicações Sociais

Site Paoline
"Comunicação a serviço de uma autêntica cultura do encontro"
Queridos irmãos e irmãs,
Hoje vivemos num mundo que está a tornar-se cada vez menor, parecendo, por isso mesmo, que deveria ser mais fácil fazer-se próximo uns dos outros. Os progressos dos transportes e das tecnologias de comunicação deixam-nos mais próximo, interligando-nos sempre mais, e a globalização faz-nos mais interdependentes. Todavia, dentro da humanidade, permanecem divisões, e às vezes muito acentuadas.


A nível global, vemos a distância escandalosa que existe entre o luxo dos mais ricos e a miséria dos mais pobres. Frequentemente, basta passar pelas estradas duma cidade para ver o contraste entre os que vivem nos passeios e as luzes brilhantes das lojas. Estamos já tão habituados a tudo isso que nem nos impressiona. O mundo sofre de múltiplas formas de exclusão, marginalização e pobreza, como também de conflitos para os quais convergem causas económicas, políticas, ideológicas e até mesmo, infelizmente, religiosas.
Neste mundo, os mass-media podem ajudar a sentir-nos mais próximo uns dos outros; a fazer-nos perceber um renovado sentido de unidade da família humana, que impele à solidariedade e a um compromisso sério para uma vida mais digna. Uma boa comunicação ajuda-nos a estar mais perto e a conhecer-nos melhor entre nós, a ser mais unidos. Os muros que nos dividem só podem ser superados, se estivermos prontos a ouvir e a aprender uns dos outros. Precisamos de harmonizar as diferenças por meio de formas de diálogo, que nos permitam crescer na compreensão e no respeito. A cultura do encontro requer que estejamos dispostos não só a dar, mas também a receber de outros. Os mass-media podem ajudar-nos nisso, especialmente nos nossos dias em que as redes da comunicação humana atingiram progressos sem precedentes. Particularmente a internet pode oferecer maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos; e isto é uma coisa boa, é um dom de Deus.
No entanto, existem aspectos problemáticos: a velocidade da informação supera a nossa capacidade de reflexão e discernimento, e não permite uma expressão equilibrada e correta de si mesmo. A variedade das opiniões expressas pode ser sentida como riqueza, mas é possível também fechar-se numa esfera de informações que correspondem apenas às nossas expectativas e às nossas ideias, ou mesmo a determinados interesses políticos e económicos. O ambiente de comunicação pode ajudar-nos a crescer ou, pelo contrário, desorientar-nos. O desejo de conexão digital pode acabar por nos isolar do nosso próximo, de quem está mais perto de nós. Sem esquecer que a pessoa que, pelas mais diversas razões, não tem acesso aos meios de comunicação social corre o risco de ser excluído.

Estes limites são reais, mas não justificam uma rejeição dos mass-media; antes, recordam-nos que, em última análise, a comunicação é uma conquista mais humana que tecnológica. Portanto haverá alguma coisa, no ambiente digital, que nos ajuda a crescer em humanidade e na compreensão recíproca? Devemos, por exemplo, recuperar um certo sentido de pausa e calma. Isto requer tempo e capacidade de  fazer silêncio para escutar. Temos necessidade também de ser pacientes, se quisermos compreender aqueles que são diferentes de nós: uma pessoa expressa-se plenamente a si mesma, não quando é simplesmente tolerada, mas quando sabe que é verdadeiramente acolhida. Se estamos verdadeira ente desejosos de escutar os outros, então aprenderemos a ver o mundo com olhos diferentes e a apreciar a experiência humana tal como se manifesta nas várias culturas e tradições. Entretanto saberemos apreciar melhor também os grandes valores inspirados pelo Cristianismo, como, por exemplo, a visão do ser humano como pessoa, o matrimónio e a família, a distinção entre esfera religiosa e esfera política, os princípios de solidariedade e subsidiariedade, entre outros.

Então, como pode a comunicação estar ao serviço de uma autêntica cultura do encontro? E – para nós, discípulos do Senhor – que significa, segundo o Evangelho, encontrar uma pessoa? Como é possível, apesar de todas as nossas limitações e pecados, ser verdadeiramente próximo aos outros? Estas perguntas resumem-se naquela que, um dia, um escriba – isto é, um comunicador – pôs a Jesus: «E quem é o meu próximo?» (Lc 10, 29 ). Esta pergunta ajuda-nos a compreender a comunicação em termos de proximidade. Poderíamos traduzi-la assim: Como se manifesta a «proximidade» no uso dos meios de
comunicação e no novo ambiente criado pelas tecnologias digitais? Encontro resposta na parábola do bom samaritano, que é também uma parábola do comunicador. Na realidade, quem comunica faz-se próximo. E o bom samaritano não só se faz próximo, mas cuida do homem que encontra quase morto ao lado da estrada. Jesus inverte a perspectiva: não se trata de reconhecer o outro como um meu semelhante, mas da minha capacidade para me fazer semelhante ao outro. Por isso, comunicar significa tomar consciência de que somos humanos, filhos de Deus. Apraz-me definir este poder da comunicação como «proximidade».
 

Quando a comunicação tem como fim predominante induzir ao consumo ou à manipulação das pessoas, encontramo-nos perante uma agressão violenta como a que sofreu o homem espancado pelos assaltantes e abandonado na estrada, como lemos na parábola. Naquele homem, o levita e o sacerdote não veem um seu próximo, mas um estranho de quem era melhor manter a distância. Naquele tempo, eram condicionados pelas regras da pureza ritual. Hoje, corremos o risco de que alguns mass-media nos condicionem até ao ponto de fazer-nos ignorar o nosso próximo real.

Não basta circular pelas «estradas» digitais, isto é, simplesmente estar conectados: é necessário que a conexão seja acompanhada pelo encontro verdadeiro. Não podemos viver sozinhos, fechados em nós mesmos. Precisamos de amar e ser amados. Precisamos de ternura. Não são as estratégias comunicativas que garantem a beleza, a bondade e a verdade da comunicação. O próprio mundo dos mass-media não pode alhear-se da solicitude pela humanidade, chamado como é a exprimir ternura. A rede digital pode ser um lugar rico de humanidade: não uma rede de fios, mas de pessoas humanas. A neutralidade dos mass-media é só aparente: só pode constituir um ponto de referimento quem comunica colocando-se a si mesmo em jogo. O envolvimento pessoal é a própria raiz da fiabilidade dum comunicador. É por isso mesmo que o testemunho cristão pode, graças à rede, alcançar as periferias existenciais.

Tenho-o repetido já diversas vezes: entre uma Igreja acidentada que sai pela estrada e uma Igreja doente de auto-referencialidade, não hesito em preferir a primeira. E quando falo de estrada penso nas estradas do mundo onde as pessoas vivem: é lá que as podemos, efetiva e afetivamente, alcançar.
Entre estas estradas estão também as digitais, congestionadas de humanidade, muitas vezes ferida: homens e mulheres que procuram uma salvação ou uma esperança. Também graças à rede, pode a mensagem cristã viajar «até aos confins do mundo» (Ac 1, 8). Abrir as portas das igrejas significa também abri-las no ambiente digital, seja para que as pessoas entrem, independentemente da condição de vida em que se encontrem, seja para que o Evangelho possa cruzar o limiar do templo e sair ao encontro de todos. Somos chamados a testemunhar uma Igreja que seja casa de todos. Seremos nós capazes de comunicar o rosto duma Igreja assim? A comunicação concorre para dar forma à vocação missionária de toda a Igreja, e as redes sociais são, hoje, um dos lugares onde viver esta vocação de redescobrir a beleza da fé, a beleza do encontro com Cristo. Inclusive no contexto da comunicação, é precisa uma Igreja que consiga levar calor, inflamar o coração.
O testemunho cristão não se faz com o bombardeio de mensagens religiosas, mas com a vontade de se doar aos outros "através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no caminho de busca da verdade e do sentido da existência humana" (Bento XVI, Mensagem para o XLVII Dia Mundial das Comunicações Sociais, 2013). Pensemos no episódio dos discípulos de Emaús. É preciso saber-se inserir no diálogo com os homens e mulheres de hoje, para compreender os seus anseios, dúvidas, esperanças, e oferecer-lhes o Evangelho, isto é, Jesus Cristo, Deus feito homem, que morreu e ressuscitou para nos libertar do pecado e da morte. O desafio requer profundidade, atenção à vida, sensibilidade espiritual. Dialogar significa estar convencido de que o outro tem algo de bom para dizer, dar espaço ao seu ponto de vista, às suas propostas. Dialogar não significa renunciar às próprias ideias e tradições, mas à pretensão de que sejam únicas e absolutas. 
Possa servir-nos de guia o ícone do bom samaritano, que liga as feridas do homem espancado, deitando nelas azeite e vinho. A nossa comunicação seja azeite perfumado pela dor e vinho bom pela alegria.
A nossa luminosidade não derive de truques ou efeitos especiais, mas de nos fazermos próximo, com amor, com ternura, de quem encontramos ferido pelo caminho. Não tenhais medo de vos fazerdes cidadãos do ambiente digital. É importante a atenção e a presença da Igreja no mundo da comunicação, para dialogar com o homem de hoje e levá-lo ao encontro com Cristo: uma Igreja companheira de estrada sabe pôr-se a caminho com todos. Neste contexto, a revolução nos meios de comunicação e de informação são um grande e apaixonante desafio que requer energias frescas e uma imaginação nova para transmitir aos outros a beleza de Deus.
 
FRANCISCUS
 

Parabéns aos Jornalistas

Dia do Jornalista. Dia de São Francisco de Sales, patrono dos jornalistas.
 

São Francisco de Sales (1567 - 1622), filho de família nobre, renunciou a uma próspera carreira para ser sacerdote, opondo-se à família. Foi sagrado bispo em 1599 e enfrentou uma difícil luta ideológica entre católicos e calvinistas. Foi, muitas vezes ignorado e censurado em suas pregações, o que o levou a escrever fascículos e distribuir as pessoas, desse modo, onde sua voz era calada, a palavra escrita chegava. Foi nomeado doutor da Igreja, devido ao importante papel eclesiástico e cultural que desempenhou. O Papa Pio XI o proclamou padroeiro dos jornalistas. 
 
O jornalista dá uma grande contribuição à sociedade, com seu profissionalismo, relata os acontecimentos e denuncia divulgando a verdade em suas matérias nos jornais, revistas, televisão, internet. É um cientista da informação!

Como profissão o jornalismo só foi regularizado em 1969, quando passou a ser exigido o diploma universitário e o registro profissional. Mas jornalistas existiam desde a antiguidade. O primeiro jornal que se tem notícia foi o Acta Diurna, por volta de 59 a.C.. No qual as notícias sobre a sociedade e a política imperial romana eram dispostas em grandes placas brancas expostas em local de acesso ao público.

Nós, Irmãs Paulinas, que evangelizamos com os meios de comunicação, contamos com a importante colaboração dos jornalistas em nosso apostolado. 
O nosso fundador, Pe. Tiago Alberione, reconhecia a grande responsabilidade que tem o jornalista:



"A responsabilidade dos jornalistas é grande, mais ainda é a do escritor de revistas e periódicos, ao qual, de modo especialíssimo se pedem informações exatas e seguras, sem dispensar a competência dos argumentos dos quais trata. Ele se dirige geralmente aos menos informados, aos menos cultos, aos mais ocupados que nele confiam quase cegamente. Normalmente o periódico e a revista tem uma influencia muito superior a do livro."




PARABÉNS AOS JORNALISTAS A SERVIÇO DA VERDADE!
PARABÉNS AOS JORNALISTAS A SERVIÇO DO EVANGELHO!
DEUS OS ABENÇOE!

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Venerável Tecla Merlo


Aos 22 de janeiro de 1991 o Papa João Paulo II assinava o decreto em que reconhecia na vida de Ir. Tecla Merlo Merlo, co- fundadora das Irmãs Paulinas, a vivência autêntica e heróica das “virtudes evangélicas”, proclamando-a venerável.


Ela foi discípula autêntica de Jesus em todos os dias de sua vida. Com apenas 20 anos deixou sua família para servir ao Senhor numa obra que existia apenas no pensamento de Deus e no coração do jovem sacerdote Tiago Alberione. Com plena confiança no Senhor e em Pe. Alberione, ela se fez apóstola da comunicação colaborando em tudo para a fundação e continuidade da congregação das Irmãs Paulinas. E por isso ela ofereceu a vida:


“Com o coração humilhado e contrito vos peço, Divinas Pessoas da Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo que aceiteis a oferta da minha vida por toda a congregação das Filhas de São Paulo, para que todas se tornem santas.
Tudo é vosso, também esta mísera vida. Mas que tudo seja segundo a vossa maior glória, ó Trindade Santíssima, e para cumprir vossa santíssima vontade.
Tudo coloco nas mãos da Santíssima Virgem, pois, também tu, ó Maria, fazes parte da Trindade Santíssima, como Mãe do Filho e Esposa do Espírito Santo.
São Paulo, dá a todas o teu amor a Deus e o zelo pelas almas. Assim seja, agora e sempre.”

(Oferta feita no dia 28 de maio de 1961, festa da Santíssima Trindade)


Pe. Tiago Alberione testemunha de Ir. Tecla:

“Fui testemunha da sua vida desde 1915 até o seu término, em 5 de fevereiro de 1964. A Primeira Mestra estava em contínua subida para Deus.
Os seus segredos? Dois segredos na sua vida, que são os segredos dos santos e dos apóstolos: a humildade e a fé.
Humildade, que leva à docilidade. Muitas vezes aquilo que se lhe apresentava era nebuloso, arriscado, não apreciado. Mas a virtude superava as dificuldades. Fé que leva à oração. Todos conhecem o espírito de oração do qual ela extraiu aquela sabedoria de governo conhecida por todos.
Era fraca quanto à saúde, mas forte quanto ao espírito. Tenaz e obediente até ao sacrifício.”



Agradecemos o Dom de Deus em Ir. Tecla e seu testemunho de santidade deixado entre nós.
Do céu ela continua a interceder e conduzir a congregação das Irmãs Paulinas em sua missão no mundo da comunicação. 
Pedimos a ela também que olhe por todas as jovens que sentem o chamado de Deus, para que tenham coragem de responder.   


Seminário da OSIB debaterá crise vocacional e escassez de padres


Teve início no dia 20 de janeiro de 2014, o 2º Seminário sobre a Formação Presbiteral, em Aparecida (SP). O evento é uma iniciativa da Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (OSIB) e Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB. Esses grupos tem a missão de animar a formação dos futuros sacerdotes e dos formadores na Igreja do Brasil. O arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência dos Bispos, cardeal Raymundo Damasceno Assis participará da solenidade de abertura, no subsolo do Santuário Nacional.
A proposta do evento é refletir, à luz da Palavra de Deus e dos Documentos do Concílio Vaticano II, sobre a formação dos seminaristas na perspectiva humana e cristã, a partir do  tema  “Presbíteros segundo o Coração de Jesus para o mundo de hoje” e lema “Corramos com perseverança com os olhos fixos em Jesus” (Hb 12, 1-2). O objetivo principal é contribuir com ações efetivas na formação presbiteral.
De acordo com assessor da Pastoral Vocacional da CNBB, padre Valdecir Ferreira, o encontro será momento oportuno para avaliar a formação presbiteral no Brasil, no contexto atual. “Percebemos o quanto essa juventude que ingressa em nossos seminários passa por mudanças significativas. Portanto, olhamos com muita esperança para a formação e ao mesmo tempo com preocupação”, explica.
O presidente da OSIB, padre Domingos Barbosa Filho explica que após 13 anos da realização do último seminário é necessário buscar novos métodos formativos. “Diante das novas diretrizes da formação presbiteral, conforme o Documento 93 da CNBB e considerando os novos tempos, se julgou oportuno que fosse repensada formação: os tempos mudaram, surgiram novos desafios, os jovens que recebemos nas casas de formação trazem problemáticas novas”, comenta.
Acompanhe o evento também pela internet: www.facebook.com/seminario.cmovc.7

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Mensagem Dia Mundial de Oração pelas Vocações - 2014


Fonte: CNBB
“Vocações, testemunho da verdade
Este é o tema da mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado em 11 de maio deste ano.
Na mensagem o papa, o papa diz que "toda a vocação exige sempre um êxodo de si mesmo para centrar a própria existência em Cristo e no seu Evangelho". Segundo Francisco, "quer na vida conjugal, quer nas formas de consagração religiosa, quer ainda na vida sacerdotal, é necessário superar os modos de pensar e de agir que não estão conformes com a vontade de Deus".
Segue, na íntegra, o texto:
 
Amados irmãos e irmãs!
 1. Narra o Evangelho que «Jesus percorria as cidades e as aldeias (...).
Contemplando a multidão, encheu-se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. Disse, então, aos seus discípulos: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe”» (Mt 9, 35-38). Estas palavras causam-nos surpresa, porque todos sabemos que, primeiro, é preciso lavrar, semear e cultivar, para depois, no tempo devido, se poder ceifar uma messe grande. Jesus, ao invés, afirma que «a messe é grande». Quem trabalhou para que houvesse tal resultado? A resposta é uma só: Deus. Evidentemente, o campo de que fala Jesus é a humanidade, somos nós. E a ação eficaz, que é causa de «muito fruto», deve-se à graça de Deus, à comunhão com Ele (cf. Jo 15,5). Assim a oração, que Jesus pede à Igreja, relaciona-se com o pedido de aumentar o número daqueles que estão ao serviço do seu Reino. São Paulo, que foi um destes «colaboradores de Deus», trabalhou incansavelmente pela causa do Evangelho e da Igreja. Com a consciência de quem experimentou, pessoalmente, como a vontade salvífica de Deus é imperscrutável e como a iniciativa da graça está na origem de toda a vocação, o Apóstolo recorda aos cristãos de Corinto: «Vós sois o seu [de Deus] terreno de cultivo» (1Cor 3,9). Por isso, do íntimo do nosso coração, brota, primeiro, a admiração por uma messe grande que só Deus pode conceder; depois, a gratidão por um amor que sempre nos precede; e, por fim, a adoração pela obra realizada por Ele, que requer a nossa livre adesão para agir com Ele e por Ele.
 
2. Muitas vezes rezamos estas palavras do Salmista: «O Senhor é Deus; foi Ele quem nos criou e nós pertencemos-Lhe, somos o seu povo e as ovelhas do seu rebanho» (Sl 100/99,3); ou então: «O Senhor escolheu para Si Jacob, e Israel, para seu domínio preferido» (Sl 135/134,4). Nós somos «domínio» de Deus, não no sentido duma posse que torna escravos, mas dum vínculo forte que nos une a Deus e entre nós, segundo um pacto de aliança que permanece para sempre, «porque o seu amor é eterno!» (Sl 136/135,1). Por exemplo, na narração da vocação do profeta Jeremias, Deus recorda que Ele vigia continuamente sobre a sua Palavra para que se cumpra em nós. A imagem adotada é a do ramo da amendoeira, que é a primeira de todas as árvores a florescer, anunciando o renascimento da vida na Primavera (cf. Jr 1,11-12). Tudo provém d’Ele e é dádiva sua: o mundo, a vida, a morte, o presente, o futuro, mas – tranquiliza-nos o Apóstolo - «vós sois de Cristo e Cristo é de Deus» (1Cor 3,23). Aqui temos explicada a modalidade de pertença a Deus: através da relação única e pessoal com Jesus, que o Batismo nos conferiu desde o início do nosso renascimento para a vida nova. Por conseguinte, é Cristo que nos interpela continuamente com a sua Palavra, pedindo para termos confiança n’Ele, amando-O «com todo o coração, com todo o entendimento, com todas as forças» (Mc 12,33). Embora na pluralidade das estradas, toda a vocação exige sempre um êxodo de si mesmo para centrar a própria existência em Cristo e no seu Evangelho. Quer na vida conjugal, quer nas formas de consagração religiosa, quer ainda na vida sacerdotal, é necessário superar os modos de pensar e de agir que não estão conformes com a vontade de Deus. É «um êxodo que nos leva por um caminho de adoração ao Senhor e de serviço a Ele nos irmãos e nas irmãs» (Discurso à União Internacional das Superioras Gerais, 8 de maio de 2013). Por isso, todos somos chamados a adorar Cristo no íntimo dos nossos corações (cf. 1Pd 3,15), para nos deixarmos alcançar pelo impulso da graça contido na semente da Palavra, que deve crescer em nós e transformar-se em serviço concreto ao próximo. Não devemos ter medo: Deus acompanha, com paixão e perícia, a obra saída das suas mãos, em cada estação da vida. Ele nunca nos abandona! Tem a peito a realização do seu projeto sobre nós, mas pretende consegui-lo contando com a nossa adesão e a nossa colaboração.
 
3. Também hoje Jesus vive e caminha nas nossas realidades da vida ordinária, para Se aproximar de todos, a começar pelos últimos, e nos curar das nossas enfermidades e doenças. Dirijo-me agora àqueles que estão dispostos justamente a pôr-se à escuta da voz de Cristo, que ressoa na Igreja, para compreenderem qual possa ser a sua vocação. Convido-vos a ouvir e seguir Jesus, a deixar-vos transformar interiormente pelas suas palavras que «são espírito e são vida» (Jo 6,63). Maria, Mãe de Jesus e nossa, repete também a nós: «Fazei o que Ele vos disser!» (Jo 2,5). Far-vos-á bem participar, confiadamente, num caminho comunitário que saiba despertar em vós e ao vosso redor as melhores energias. A vocação é um fruto que amadurece no terreno bem cultivado do amor uns aos outros que se faz serviço recíproco, no contexto duma vida eclesial autêntica. Nenhuma vocação nasce por si, nem vive para si. A vocação brota do coração de Deus e germina na terra boa do povo fiel, na experiência do amor fraterno. Porventura não disse Jesus que «por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13,35)?
 
4. Amados irmãos e irmãs, viver esta «medida alta da vida cristã ordinária» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31) significa, por vezes, ir contra a corrente e implica encontrar também obstáculos, fora e dentro de nós. O próprio Jesus nos adverte: muitas vezes a boa semente da Palavra de Deus é roubada pelo Maligno, bloqueada pelas tribulações, sufocada por preocupações e seduções mundanas (cf. Mt 13,19-22). Todas estas dificuldades poder-nos-iam desanimar, fazendo-nos optar por caminhos aparentemente mais cômodos. Mas a verdadeira alegria dos chamados consiste em crer e experimentar que o Senhor é fiel e, com Ele, podemos caminhar, ser discípulos e testemunhas do amor de Deus, abrir o coração a grandes ideais, a coisas grandes. «Nós, cristãos, não somos escolhidos pelo Senhor para coisas pequenas; ide sempre mais além, rumo às coisas grandes. Jogai a vida por grandes ideais!» (Homilia na Missa para os crismandos, 28 de Abril de 2013). A vós, Bispos, sacerdotes, religiosos, comunidades e famílias cristãs, peço que orienteis a pastoral vocacional nesta direção, acompanhando os jovens por percursos de santidade que, sendo pessoais, «exigem uma verdadeira e própria pedagogia da santidade, capaz de se adaptar ao ritmo dos indivíduos; deverá integrar as riquezas da proposta lançada a todos com as formas tradicionais de ajuda pessoal e de grupo e as formas mais recentes oferecidas pelas associações e movimentos reconhecidos pela Igreja» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31).
Disponhamos, pois, o nosso coração para que seja «boa terra» a fim de ouvir, acolher e viver a Palavra e, assim, dar fruto. Quanto mais soubermos unir-nos a Jesus pela oração, a Sagrada Escritura, a Eucaristia, os Sacramentos celebrados e vividos na Igreja, pela fraternidade vivida, tanto mais há de crescer em nós a alegria de colaborar com Deus no serviço do Reino de misericórdia e verdade, de justiça e paz. E a colheita será grande, proporcional à graça que tivermos sabido, com docilidade, acolher em nós. Com estes votos e pedindo-vos que rezeis por mim, de coração concedo a todos a minha Bênção Apostólica.

Vaticano, 15 de Janeiro de 2014
Francisco

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Jubileu de Prata de Irmã Neusa Fernandes

Confira algumas fotos da celebração dos 25 anos de Vida Consagrada de Ir. Neusa Fernandes, em Dourados - MS. A mesma pôde celebrar este momento de alegria e Ação de graças com sua família.


 
  
 
 
 

Livro para catequese

Este livro é ideal para a catequese com adultos.




















Saiba mais http://bit.ly/1caCq5V

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

As resistências à Vocação

       

Vamos ver três casos de resistência à vocação: Abraão e Sara resistem porque não conseguem crer na vocação e, por isso, apresentam caminhos alternativos. Moisés resiste porque tem medo da vocação e não quer comprometer-se.  Elias resiste porque confunde o Deus que chama com a imagem que ele mesmo se fazia de Deus e, por isso, sem se dar conta, busca a resposta numa direção errada. São três casos de vocação de pessoas que viveram antes de nós. São, ao mesmo tempo, arquétipos, modelos, símbolos do que acontece ou pode acontecer com todos nós. São espelhos, nos quais reconhecemos algo de nós mesmos. Eles nos ajudam a entender melhor o que se passa dentro de nós.
O Chamado de Abraão e Sara
Situando o chamado
Século VI antes de Cristo. O povo estava no cativeiro da Babilônia. Abraão e Sara tinham saído para a Palestina em busca da Terra Prometida. O povo estava na escuridão (Lam 3,2-6), sentia-se injustiçado por Deus (Is 40,27; 49,14), tinha perdido a auto-estima, achava que sua vida já não tinha valor nenhum e que todo o seu esforço não adiantava para nada (Is 49,4). Vivia oprimido e disperso, sem encontrar os sinais da presença de Deus na vida (Sl 77,8-11). Muitos tinham se acomodado e diziam: “Deus se esqueceu de nós” (Is 40,27). Abandonaram Javé e começaram a crer nos deuses do império da Babilônia que lhes pareciam mais fortes!.
E no entanto, foi a esse povo desanimado e sem futuro que Deus estava chamando para ser Luz das nações (Is 42,6; 49,6). Sua vocação era anunciar a justiça (Is 42,6), libertar os oprimidos (Is 61,1), unir as tribos de Jacó (Is 49,5-6), levar a mensagem de Deus até os confins da terra (Is 49,6). Difícil crer num chamado assim!  –“Quem somos nós para realizar uma vocação assim!” De fato, a maioria nem lhe dava atenção. Dava risada.
Mas um grupo pequeno, discípulos e discípulas de Isaías, começou a lembrar e aprofundar a história de Abraão e Sara. Em vez de desanimar, diziam o contrário: “É agora que nós temos que ser Abraão e Sara! Esta é a nossa vocação!” E repetiam ao povo:

“Vocês que buscam a justiça e procuram a Deus. Olhem para a rocha de onde foram talhados, olhem para a pedreira de ontem foram extraídos. Olhem para Abraão, seu pai, e para Sara, que os deu à luz! Quando os chamei, eles eram um só, mas se multiplicaram por causa da minha bênção!” (Is 51,1-2)
 Lembrando a história antiga de Abraão e Sara, em cuja terra estavam exilados, em vez de desanimar, os discípulos de Isaías se enchiam de esperança: “Nossos pais Abraão e Sara conseguiram! Nós também vamos conseguir!” Hoje acontece o mesmo. Muitos se acomodam, mas outros dizem o contrário: “É agora que nós temos que ser Zumbi! Tiradentes! Santos Dias! Oscar Romero! Padre Josimo! Irmã Doroty! Esta é a nossa vocação!”
Para ajudar o povo do cativeiro a descobrir e assumir esta sua vocação, os discípulos de Isaías começaram a contar novamente a história de Abraão e Sara, mas a contavam de tal maneira que o povo pudesse descobrir nela sua própria vocação e a maneira de como realizá-la. As narrações sobre Abraão e Sara, conservadas no livro de Gênesis, refletem não só a história do casal no longínquo passado de 1800 antes de Cristo, mas também, como num espelho, a situação difícil e sem horizonte do povo no cativeiro da Babilônia. A maneira dramática como é narrada a história de Abraão e Sara deixa transparecer como era difícil para o povo do cativeiro crer na vocação que lhe vinha de Deus e sugere, ao mesmo tempo, como ele devia fazer para crer na vocação e assumi-la. Estas narrações também são espelho para nós hoje refletirmos sobre a nossa vocação, sobre o nosso chamado.
O chamado
Eis como começa o chamado para sermos Abraão e Sara, para refazermos a história:


Javé disse a Abrão: "Saia de sua terra, do meio de seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei. Eu farei de você um grande povo, e o abençoarei; tornarei famoso o seu nome, de modo que se torne uma bênção. Abençoarei os que abençoarem você e amaldiçoarei aqueles que o amaldiçoarem. Em você, todas as famílias da terra serão abençoadas". Abrão partiu conforme lhe dissera Javé. E Ló partiu com ele. Abrão tinha setenta e cinco anos quando saiu de Harã. Abrão levou consigo sua mulher Sarai, seu sobrinho Ló, todos os bens que possuíam e os escravos que haviam adquirido em Harã. Partiram para a terra de Canaã e aí chegaram.  (Gn 12,1-5)
 A promessa de ser pai de um povo e fonte de bênção para toda a humanidade é uma vocação bonita que atrai. Vocação importante de grande alcance. Mas a condição para poder ser pai de um povo é ter ao menos um filho. Abraão já tinha 75 anos e sua esposa Sara era estéril e avançada em idade. A condição para Abraão crer na sua vocação era crer em Sara, crer que Sara pudesse ter um filho. Difícil crer numa promessa assim! Era mais fácil crer no projeto que os dois iam elaborando como possível alternativa para uma promessa aparentemente impossível.

As propostas alternativas
 Foram três as propostas alternativas que os dois elaboraram. Mas também foram três as pancadas que levaram, três os impasses que enfrentaram, três os fracassos que sofreram, até renascer e descobrir o caminho. Tem gente que leva dez pancadas, outros caem vinte vezes até aprender. Outros não levam pancada nenhuma nem caem, porque já estão deitados no chão, são humildes. Vejamos as propostas alternativas de Abraão e Sara:
A primeira proposta alternativa à promessa de Deus: Eliezer
Humanamente falando, a vocação de Deus ultrapassava as possibilidades reais do casal. Abraão já era velho e Sara não podia ter nenê. A primeira proposta de Abraão para tentar uma saída foi a de apresentar Eliezer, seu empregado, como substituto de um (im)possível filho (Gn 15,1-6). Conforme as leis da época, Abraão poderia adotá-lo como filho. O filho de Eliezer seria neto de Abraão, e a promessa de ser pai de um povo estaria garantida, a vocação estaria realizada. No fundo, Abraão não acreditava na promessa. Mas Deus disse: “Eliezer, não! Vai ter que ser filho seu!” (cf. Gn 15,4). É a primeira rasteira. Tudo voltou à estaca zero!
A segunda proposta alternativa à promessa de Deus: Ismael
 Para poder crer na sua vocação, Abraão devia crer em Sara, e Sara devia crer em Abraão. Não basta crer em Deus abstratamente. A vocação está ligada a pessoas concretas. A segunda proposta foi a de apresentar Agar, escrava de Sara, para ser mãe do futuro filho (Gn 16,1-16). Novamente, os dois não deram conta de crer em si mesmos nem na vocação. Achavam que a promessa só poderia realizar-se através de Agar, isto é, através do projeto que eles tinham imaginado. Nasceu Ismael, filho de Abraão e Agar. O nome Ismael significa “Deus ouviu!” Através de Ismael, filho de Abraão, o povo estava garantido. Novamente, vem a resposta de Deus: “Ismael, não! Terá que ser filho de Sara!” (Gn 17,15-19). É a segunda rasteira. E novamente, tudo voltou à estaca zero!
 
A terceira proposta alternativa à promessa de Deus: Isaac
 Abraão recebeu a visita de três peregrinos e os recebeu com muita hospitalidade (Gn 18,1-8). Os três diziam que Sara ia ter nenê no ano seguinte. Sara riu (Gn 18,9-15). Abraão também riu (Gn 17,17). Todos rimos, porque não acreditamos em nós mesmos, nem na vocação. Só acreditamos no que nós fazemos para Deus, e não no que Deus é capaz de fazer por nós. Mas finalmente, Abraão consegue crer em Sara, e nasce o filho que recebe o nome de Isaque, o que significa Risada (Gn 21,1-7). De Deus não se ri. Falou, está falado! Podes crer! O nascimento de Isaque clareou o horizonte. Finalmente, o povo estava garantido, a vocação estava realizada. A bênção prometida ia poder irradiar para todas as nações da terra. Mas aqui acontece uma coisa muito sutil. Agora que Isaque nasceu, a esperança de Abraão tem um fundamento concreto e palpável: o filho. E imperceptivelmente o fundamento da esperança passa de Deus que oferece o dom, para o dom oferecido por Deus. E aí a palavra de Deus chega até Abraão: “Vai sacrificar o teu filho Isaque no lugar que eu te mostrar!” (Gn 22,1-2). É a terceira rasteira. Estaca zero de novo. Tudo voltou para antes do começo.

A resposta final à promessa de Deus: a entrega total
 Desta vez, Abraão não discute, não diz nada. Ele é obediência muda. Apenas age (Gn 22,3-10). Não se fica sabendo o que ele pensa. O texto não informa. Cada um de nós, lendo o texto e confrontando sua atitude com a de Abraão, deve preencher a informação que falta no texto. No último momento, Deus manda Abraão parar. Não pode sacrificar o filho (Gn 22,11-19). Basta a obediência, interpretada pela carta aos hebreus da seguinte maneira: “Abraão acreditava que Deus é capaz de tirar vida da própria morte”, e acrescenta: “Isso é um símbolo para nós” (Hb 11,17-19). “Abraão acreditou em Deus e isto lhe foi imputado como Justiça, e ele foi chamado amigo de Deus” (Tg 2,23; Rom 4,3; Gn 15,6).
 
 “Isso é um símbolo para nós” (Hb 11,19). De que maneira? Poderíamos continuar o comentário da carta aos hebreus dizendo: Todos nós, casados ou solteiros, todos e todas temos um Isaque, do qual não abrimos mão, que consideramos o fundamento da nossa vida, e sem o qual não poderíamos imaginar nossa vida. Chegará o dia em que Deus (a vida) pedirá a mesma coisa: Sacrifique esse seu Isaque, para que a esperança seja colocada em Deus, só nele!            
 Responder à vocação, comprometer-se de fato, é um processo, que ocupa a vida inteira. É fruto de lenta e dolorosa purificação. É como descascar uma cebola. Você tira uma casca, e terá outra casca para tirar. Você grita: “Pare! É o miolo!” E não é o miolo, é casca. Cebola não tem miolo. Só tem casca. E enquanto descasca a cebola você chora. Até descobrir que não temos miolo. Só temos casca, pois não fomos feitos para nós mesmos, mas para Deus e para os outros.
FONTE: Livro: Vai,eu estou contigo

 

sábado, 11 de janeiro de 2014

Simpósio Vocacional em 2014

 
Depois da JMJ Rio 2013, que mobilizou a Igreja no Brasil para uma resposta mais efetiva ao convite de Jesus: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (cf. Mt 28,19), vem aí, em 2014, de 16 a 18 de maio, um Simpósio Vocacional. Com o tema: “Ide e anunciai! Vocações diversas para uma grande missão!”, o Simpósio visa incrementar a cultura vocacional na ação evangelizadora da Igreja no Brasil e avançar no discipulado missionário como legado batismal, na comunhão e complementaridade de vocações e ministérios na comunidade eclesial.
O Simpósio faz parte do Plano Pastoral da CNBB e está sendo assumido por todos os membros da PV/SAV, do IPV, da CRB, da CNP, da CND, da OSIB, da CNIS, do CNLB, do Setor Juventude, da Pastoral Familiar, da Catequese e do Movimento Serra. Através deste evento, deseja-se reforçar a articulação da Pastoral Vocacional e do Serviço de Animação Vocacional (PV/SAV) e revigorar as Equipes Vocacionais Paroquiais (EVPs), como queria João Paulo II, quando afirmou que “todos os membros da Igreja, sem exceção, têm a graça e a responsabilidade do cuidado das vocações”(PDV 34).  A PV/SAV, portanto, é atribuição de toda a comunidade eclesial, e não uma pastoral entre outras. 
Visando maior participação, o Simpósio se realizará, de forma simultânea, em cinco regiões do país, que reúnem os 18 Regionais da CNBB. A Região Sul reunirá quatro Regionais (S1, S2, S3 e S4); a Região Nordeste congregará cinco Regionais (NE1, NE2, NE3, NE4 e NE5); a Região Norte englobará três Regionais (N1, N2 e NO); a Região Centro-Oeste reunirá quatro Regionais (CO, N3, O1 e O2); e a Região Leste englobará dois Regionais (L1 e L2).
Portanto, você está convidado a participar.
Mas, como participar?
            Um GUIA DE ORIENTAÇÕES foi elaborado para orientar a participação de todos os discípulos missionários de Jesus Cristo neste evento que só terá êxito se todas as comunidades eclesiais aderirem à proposta. Este Guia contém duas partes. Na primeira, encontramos um texto que nos oferece uma visão ampla do caminho da reflexão no serviço às vocações e uma análise de conceitos. Por último, nos é apresentada uma proposta de estudo do Documento Conclusivo do II Congresso Continental Latino-americano de Vocações, realizado em 2011. A segunda parte contêm vários anexos, referentes à organização e realização do Simpósio: o organograma geral, o quadro organizativo das regiões, orientações para a formação das comissões e equipes de trabalho, instruções para as inscrições, o programa do Simpósio, a oração, o hino e o resultado da pesquisa vocacional realizada pela CMOVC-CNBB.
As orientações para a realização do estudo encontram-se no GUIA DE ORIENTAÇÕES, editado pela Editora e Livraria IPV e pode ser adquirido no valor de R$ 3,00 (três reais). Para solicitar o material, basta acessar o site: www.ipv.org.br ou pelo telefone: (11) 3931-5365.
Mobilize sua comunidade, entre na roda com a gente, vamos construir uma Igreja toda ela ministerial, que na diversidade das vocações acolhe o convite de Jesus “Ide e anunciai” e não deixa ninguém fora da grande missão, confiada aos discípulos missionários de Jesus Cristo.
Ir. Nivalda Milak

Diretoria Secretária do IPV