BLOG: Ir. Brígida, como sua família reagiu quando você disse que iria ingressar ans Irmãs Paulinas?
Eu enfrentava ainda uma dificuldade: minha mãe não queria que eu fosse freira de nenhuma congregação, pois era a filha mais nova de nove irmãos. Mas, encontrei o apoio de meu pai e também da Ir. Dolores. Ingressei na congregação, mesmo sem o consentimento de minha mãe, que um tempo depois, quando veio me visitar pela primeira vez compreendeu e se alegrou com a minha vocação, por ver-me feliz e contente. Eu tinha 18 anos.
Eu enfrentava ainda uma dificuldade: minha mãe não queria que eu fosse freira de nenhuma congregação, pois era a filha mais nova de nove irmãos. Mas, encontrei o apoio de meu pai e também da Ir. Dolores. Ingressei na congregação, mesmo sem o consentimento de minha mãe, que um tempo depois, quando veio me visitar pela primeira vez compreendeu e se alegrou com a minha vocação, por ver-me feliz e contente. Eu tinha 18 anos.
BLOG: Nos fale um pouco sobre seus priemeiros anos na Congregação:
Os primeiros tempos na congregação não eram fáceis. As irmãs eram poucas, a missão estava apenas começando e, muitas vezes, faltava até mesmo o necessário para viver. Aqui em São Paulo , a pequena livraria era numa sala dentro da casa que continha catecismo, alguns livros, folhetos, santinhos e, numa sala ao lado funcionava uma espécie de pequena tipografia, na qual elas trabalhavam manualmente na confecção de livros. Até mesmo a comida era pouca e não muito boa, como relata: “A irmã ia à feira na última hora, quando as frutas começavam a ficar mais baratas, por que eram só as sobras. Para mim, a comida foi o primeiro sacrifício, pois era muito ruim e era só aquilo que tinha. Porém, não quis desistir por causa disso e nunca disse nada aos meus pais e nem reclamei.”
BLOG: E como vocês viviam?
Vivíamos do que tinha, do que conseguiam com o próprio apostolado, na pobreza, porém num espírito de muita fé. As aulas sobre religião e mesmo as constituições que estudávamos eram todas em italiano, pois as irmãs que eram mestras: Estefanina, Dolores, Inês eram todas italianas e nem tinham muita preparação, somente a graça da vocação Paulina.
BLOG: Ir. Brígida,o que foi que te sustentou durante toda sua caminhada?
O desejo de santidade, numa vida de fé e sacrifício, de obediência aos superiores, de confiança na Divina Providência que movia a vida Paulina nos inícios... Foram meu alicerce. Tudo o que me acontecia, quer seja de bom ou de ruim, era acolhido no Senhor, tudo era Ele quem permitia, a vontade da superiora e aquilo que lhe era pedido, era como a vontade de Deus para sua vida. Tinha a certeza de ser esse o caminho que Deus lhe indicava. “O que sustentou minha vida foi a eucaristia. A oração. Eu sempre, na minha adoração ao Santíssimo, conversei com Jesus. Se estou sozinha, converso até alto, tenho certeza da presença Dele na minha vida. Deus nos paga bem. Ele paga bem. Tenho confiança, não me arrependo de nada que eu fiz. Tudo que eu fiz, tudo que me foi confiado, se eu não soubesse fazer, eu pedia a Deus para fazer no meu lugar. Sempre entreguei tudo a Jesus. Disse a Ele muitas vezes: ‘eu não sei fazer nada disso, fica você e sua mãe responsáveis por isso’”.
"Agradecemos ao Senhor o dom da vocação Paulina doado a Ir. Brígida. Seu testemunho vocacional, sua doação e seu amor ao Senhor e a vida Paulina são luz e força para nós hoje que também desejamos seguir Jesus Mestre Caminho, Verdade e Vida na vida Paulina".
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário abaixo e não esqueça de colocar seu nome. Obrigada!