segunda-feira, 16 de abril de 2012

Entrevista com a Ir. Élide Fogolari

Olá, pessoal! Estamos dando continuidade à série de entrevistas, com nossas irmãs que neste ano de 2012 celebram 50 anos de vida consagrada paulina. Hoje quem partilha conosco sua experiência vocacional é a Ir. Élide Fogolari, que atualmente mora em Brasília - DF. Confira:
1. Qual o texto bíblico que iluminou sua caminhada ao longo desses 50 anos de vida consagrada?
Não tive um texto específico durante os 50 anos de vida consagrada, foram vários textos  bíblicos que nortearam a minha vida, como: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida ” . Várias cartas e frases de São Paulo, mas uma em especial:Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim”. 



2. Como você conheceu a congregação das Irmãs Paulinas?


Certo dia eu estava no rio, próximo a  minha casa, lavando roupa com minha mãe e se aproximou a Ir. Edwiges da Congregação das Irmãs paulinas e uma jovem, aspirante paulina que a acompanhava na visita às famílias oferecendo livros, revistas, a Bíblia. Foi nesta ocasião que a Irmã me convidou para ser missionária para levar a todos a mensagem da Boa Nova de Jesus Cristo  com os meios de comunicação. Embora estivesse  vivendo minha adolescência de forma engajada  na sociedade, aguardava o convite de alguém mas não tinha coragem de seguir as pegadas do Mestre.  Imediatamente disse a Irmã que eu estava pronta para seguir a Cristo. Após uma breve preparação, ingressei na Congregação das Irmãs Paulinas. Durante estes 50 anos de vida Consagrada vivi momentos de realização que o Reino de Deus  concede como dom quando a entrega a Deus é plena, embora as nossas fraquezas.


3. Você recorda um momento significativo de sua caminhada em que sentiu a mão de Deus sobre você?
Foram vários momentos que senti a mão de Deus me conduzindo, me guiando, me sustentando. Relato um:
No meu período de juniorista, período em que a jovem faz a experiência de renovar os votos religiosos todos os anos de castidade, pobreza e obediência num período de 5 anos. Foi num destes anos  que me deparei com uma grande crise vocacional.  Fui fazer o retiro anual e durante o retiro eu com  outra colega riamos dos conteúdos das palestras do padre, do seu sotaque que era carregado do espanhol, enfim não estávamos participando do retiro. Após quatro dias de retiro fui me confessar.  O Padre que estava pregando o retiro me ouviu em confissão e me disse, ajoelha-se. Naquele momento senti um apelo profundo de Deus, quase irresistível que me convocava para uma mudança de vida. Percebi que deveria ser mais fiel a missão, mas, sobretudo a oração. Posso dizer que este foi um momento forte na minha caminhada durante os 50 anos de vida Consagrada e que este apelo de Deus continuou ressoando pela minha vida toda.



4. Quais os setores da Missão paulina você já atuou? 
Fui convocada durante estes 50 anos de vida consagrada a trabalhar em vários   setores: a) trabalhei na parte técnica, na confecção de livros, durante o período da formação, b) nas livrarias, c) na promoção dos produtos “paulinas”das livrarias pelas quais eu passei d) coordenadora de comunidades e) fui assessora de comunicação na Arquidiocese de Recife, f) Curitiba, g) na Arquidiocese de São Paulo, h) trabalhei no SEPAC – Serviço à Pastoral da Comunicação como coordenadora de cursos e durante este período criei o curso Teórico e Prático, i) fui enviada como missionária para a Africa, j) trabalhei na produção de programas de televisão, l) e assessora da Comissão Episcopal para a Comunicação na CNBB

5. Qual deles o mais desafiador?
Cada local, cada setor tem seus desafios específicos. E os obstáculos não foram empecilhos para que os trabalhos se desenvolvessem e atingissem seus objetivos. O que eu diria neste momento que a entrega e doação no trabalho e oração fazem diferença para que a vocação se desenvolva de forma efetiva. Sobretudo, quando nos jogamos no colo de Deus pela entrega, oração e dedicação ao trabalho, os desafios desaparecem.


6. Deixe uma mensagem para as jovens que desejam seguir Jesus mais de perto no Carisma paulino:
O que eu diria num primeiro momento, não ignorar o convite de Jesus, abafá-lo, esquecê-lo. Colocar-se à escuta da sua voz e perceber o grande amor, carinho, privilégio que ELE tem para com aqueles que ELE chama. Deixar tudo e segui-lo, como os apóstolos e inúmeras pessoas que nos precederam e testemunharam que vale apena seguir a Cristo para comunicá-lo a todos com a comunicação. Na verdade deixamos pouco comparando com o que ELE nos dá. Recebemos o cêntuplo aqui na terra e a vida eterna, com certeza.

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