Olhos abertos e curados
Esperam sempre pela aurora.
Enxergar a vida com esperança
É fruto de um Encontro.
QUE NOSSOS OLHOS FALEM DE ESPERANÇA
Vemos diante dos nossos olhos um tempo difícil. As notícias nos dizem, sentimos na própria pele. Mas também vemos um tempo de esperança, de crescimento na fé e na fraternidade. Mas estamos VENDO esse tempo?
O Evangelho deste IV Domingo da Quaresma (Jo 9, 1-41) é rico em detalhes, diálogos e merece uma atenta leitura e contemplação. Tantas palavras se repetem: cego, olhos, enxergar, ver... Mas além de todos esses detalhes essa passagem merece o nosso precioso tempo para VER um encontro transformador. Um cego de nascença, mendigo, que foi curado e pôde enxergar pela primeira vez o mundo, seus pais, os seus interlocutores e enfim distinguir o dia da noite. Ele enxergou Jesus e a nova visão da vida que só o Senhor pode dar!
Ver e interpretar os sinais dos tempos é certamente uma tarefa necessária. É a arte do discernimento cristão: com os olhos de Deus ver, distinguir, escolher, decidir. Interpretar o tempo presente é um exercício de liberdade, de resistência às visões banais e alarmistas. Se não compreendemos ainda o que vivemos e a noite não nos permite enxergar a aurora de um novo dia, deixemos então que cada ação, cada palavra seja orientada pelo bem. Deixemos que nossos olhos sejam curados pela leitura do Evangelho. E então veremos Deus no meio de nós, em nós. Na verdade, muitos se perguntam: “Onde está Deus? Não o vejo, parece que não está aqui”. Deus está onde o deixamos entrar!
Sim, deixemos que Ele entre em nossa casa e que através dos nossos olhos Ele veja esse mundo com compaixão. Que nossos olhos curados por Ele falem de ESPERANÇA.
Três olhares sobre a Palavra
Ir. Ana Paula Ramalho, fsp (Reflexão)
Ir. Janine Boaventura, fsp (Desenho)
Ir. Rosa Ramalho, fsp (Poesia)
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