Vamos conhecer a história vocacional de Ir. Ângela Moretti. Ela celebra 60 anos de Vida Religiosa Paulina. É natural de Cerquilho-SP e entrou na congregação aos 17 anos.
MINHA VOCAÇÃO
Ir. Ângela Moretti 60 anos de Vida Religiosa Paulina
MINHA VOCAÇÃO
Eu sempre escutei em casa minha mãe falar sobre a vida religiosa, sobre o que era ser freira. Eu achava bonito e quando tinha uns 7 anos até brincava, colocando panos na cabeça, imaginando que estava na Igreja. Meu tio contou-me um fato depois que eu já era irmã, do qual não me recordava mais. Certa vez, quando eu tinha 9 anos, ele me perguntou ao ver-me com o terço nas mãos: "Por que você está rezando o terço?", e eu respondi: "Porque eu quero ser freira!".
Fui crescendo, fiz a Primeira Eucaristia. As Irmãs Paulinas estiveram em minha casa a primeira vez eu tinha 13 anos. Era a Ir. Marcelina e a Ir. Brigida, que visitavam a cidade e souberam que lá no sítio, onde eu morava, tinha uma familia de muitas moças, e disseram-lhes que alguma poderia querer ser freira. Eu, porém, não estava em casa e, ao retornar minha mãe contou-me que elas haviam passado por lá e incentivou-me a ir na cidade a noite para encontra-las. Eu fui com uma colega e depois da reza do terço, conversei com a Ir. Marcelina. Ela queria que eu fosse com ela mas, quando falou com meu Pai ele não autorizou, por que me achava muito nova. Eu então, decidi que não ia mais pensar nisso. Tive outras experiências de sentir a vocação mas, temia ao pensar em deixar minha família e esse desejo em mim foi ficando esquecido.
Até que certa vez, teve uma romaria à Aparecida do Norte, promovida pela Associassão Filhas de Maria. Eu fui e me disseram que eu deveria para pedir vocações, mas eu não queria, fui sim, mas com a intenção de pedir a cura do meu pai que estava doente e desenganado pelos médicos. Quando lá cheguei, disse a Mãe Aparecida: “Ó mãezinha do céu, mamãe falou para eu pedir vocações, mas eu não quero mais, só se Jesus quer, mas eu vim pedir a cura do papai”. O papai ficou curado e foi realmente um milagre. Após essa experiência eu rezava todo dia a Nossa Senhora três Ave-Maria para que eu fosse aquilo que Jesus queria que eu fosse.
Um dia, brincando com minhas colegas, disse a elas: vamos ser freiras?. Elas disseram que queriam e eu disse que queria ser Paulina. Desde que as irmãs foram em casa a primeira vez, a minha mãe assinou a Revista Família Cristã e eu gostava muito de ler. Decidido isso, falei com os padres da minha comunidade, que comunicaram-se com a Ir. Dolores Baldi. Ela mandou-me uma cartinha dizendo que uma irmã ia passar lá para me buscar. E realmente foram a Ir. Teresa Quaino e a Ir. Maria Dolores, minha co-noviça que era postulante na época. Para deixar minha família foi um sofrimento grande. Mas, Deus foi a fortaleza maior, ele venceu.
MEU SUSTENTO
Essas passagens me sustentaram em muitas fazes de minha vida:
“Tornei-me tudo para todos” (I Cor 9,22), nada vou neguei para Ele, pois Ele é a minha força.
“Tudo posso naquele que me fortalece” (Fil 4, 13)
“Eu vivo, mas já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim. E esta vida que agora vivo, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim." (Gal 2, 20)
Maior alegria para mim é a vivência de Cristo, que é Caminho, Verdade e Vida, ver a expansão da Família Paulina e o bem que a gente pode fazer unidos, em comunhão.
"Na vida das boas vocações entra Maria, que escolhe as belas flores do jardim da Igreja e as leva a Jesus"
(Pe. Tiago Alberione)
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