Hoje temos uma linda história a partilhar com você, jovem que pensa em seguir a vida religiosa, especialmente na Vida Paulina. Tem gente que reza por você todos os dias e sempre.
É a Ir. Maris Stella Menegat. Ela tem 66 anos de vida Paulina. Possui um interesse particular por todas as jovens em formação e as vocacionadas. Alegra-se com elas no caminho e as impulsiona na alegria do ser consagrada. Nesse artigo, ela contou-nos um pouco da história da sua vocação e da sua esperança no futuro:
"Tenho esse apreço pelas jovens por que um dia eu também fui uma menina que não pensou duas vezes ao receber o chamado de Cristo. Em 1945, aos 16 anos, entrei na Congregação. Lembro que minha mãe havia dado à luz um menino havia 15 dias, ainda estava no chamado resguardo pós-parto, e eu ajudava muito nos serviços de casa. Iria fazer muita falta naquele momento. Mas, mesmo assim, eu fui. Um tempo depois do meu ingresso me veio a sensação de que eu não deveria ter abandonado minha mãe naquele estado. Desejei voltar para casa. A irmã Superiora chamou meu pai e ele veio me visitar. Falou que eu poderia seguir minha vocação, se essa fosse a minha vontade e a vontade de Deus, e que eu ficasse tranquila em relação à minha mãe e meus irmãos, por que já havia arrumado quem ajudasse em casa. Naquele tempo, felizmente, as pessoas se ajudavam bastante.
De qualquer forma, eu já tinha a consciência de que eu não estava fazendo nada muito diferente do que meus irmãos e irmãs faziam ou viriam a fazer mais tarde. Isso porque em Nova Pádua, pequena cidade no interior gaúcho onde morávamos, as famílias eram grandes, e muitos jovens abraçavam a vida religiosa. As notícias que eu tenho é que de lá saíram pelo menos 200 freiras, cinco padres e um bispo. Papa, por enquanto, nenhum. E como meus pais eram muito religiosos, nós, e, casa, exageramos um pouquinho... Dos 11 filhos, todos experimentaram a vida religiosa. Das três mulheres, duas se tornaram Paulinas: eu e minha irmã Assunta Menegat, que hoje trabalha em Curitiba (PR). A terceira, Maria Menegat, também experimentou a vida religiosa, mas deixou a congregação para, carinhosamente, cuidar de nosso pai e de nossa mãe. Dos oito homens, um se tornou irmão lassalista enquanto os demais saíram e constituíram famílias.
Tranquila em relação à saúde de minha mãe, segui mais convicta do que nunca o chamado de Deus. Fui adiante. Em 1949, realizei o sonho de me tornar uma verdadeira Paulina, fazendo minha profissão perpétua. Daquele dia em diante a aceitação de Deus foi total em meu coração. Fui me apaixonando pelo carisma Paulino. Com o tempo fui tomando consciência do que era trabalhar com os meios de comunicação, com os livros, com as revistas, com o rádio, televisão, etc. Trabalhávamos muito como propagandistas, indo de casa em casa, levando a Palavra de Deus em livros e revistas. Durante seis anos, no Paraná e no Rio Grande do Sul, visitamos o maior número possível de famílias. Tinha facilidade em me comunicar com as pessoas e fazia esse apostolado com alegria. Possuía uma verdadeira paixão em trabalhar com o povo.
Ir. Maris Stella entre as jovens Postulantes e Noviças Paulinas |
Se, como antes, não é possível fazer hoje o trabalho de visitar as famílias, principalmente nas grandes cidades, vemos com satisfação que a profecia do nosso fundador, o Pe. Tiago Alberione, está se cumprindo: os meios de comunicação estão levando a Palavra de Deus, a evangelização, até os confins da Terra. Portanto, nossa missão de evangelizar através dos meios de comunicação é maior a cada dia. Porque ela é do tamanho do universo que se expande. A cada nova pessoa que liga a TV, o rádio, o computador ou abre um livro, jornal ou revista, precisamos estar lá. Longe de desanimar, creio que isso deve impulsionar as jovens Paulinas. Esse presente esse futuro estão nas mãos delas. Eu sou uma Filha de São Paulo há 66 anos, mas se eu tivesse uma outra vida inteira pela frente essa ainda seria insuficiente para dar minha missão como realizada. Todos os dias agradeço a Deus por ter descoberto essa vocação."
Ir. Maris Stella Menegat
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