O Natal, além de nos lembrar o nascimento de Jesus Cristo, é um época muito especial por fazer brotar dentro das pessoas bons sentimentos, como a solidariedade. Mas também é cheia de símbolos, que embelezam ainda mais os nossos dias, como o Papai Noel, o presépio, a árvore, as velas e até os presentes. Todos eles têm uma história diferente e, a cada ano, ressurgem como se fosse pela primeira vez.
A data 25 de dezembro - Diferente do que a maioria acredita, o nascimento de Jesus Cristo não aconteceu no dia 25 e muito menos em dezembro. É impossível precisar quando foi esse dia. Segundo os teólogos, se formos levar ao pé da letra o que dizem os Evangelhistas, essa data não foi em dezembro, mês de inverno no Hemisfério Norte. Os textos evangélicos falam de pastores andando pelos campos com suas ovelhas e isso não seria possível em noite de inverno.Se houver fundamento histórico na descrição bíblica, o mais próximo da verdade seria dizer que o nascimento do Menino Jesus se deu entre março e abril, o que também é especulação.
O dia 25 de dezembro foi escolhido porque, muitos povos da Antiguidade, como os romanos, os gregos, os celtas e os germânicos, tinham o costume de realizar grandes festas nessa época do ano, por ocasião do solstício de inverno. Era o momento em que a noite no Hemisfério Norte alcançava sua duração máxima e a partir daí, os dias iam, pouco a pouco, tornando-se mais longos, anunciando a primavera.
A celebração pagã, realizada em 25 de dezembro, e conhecida como Nascimento do Sol Invencível, foi apropriada pelo Cristianismo no século 4º para marcar o nascimento de Jesus. Quem assim determinou foi o papa Júlio I, que esteve à frente da Igreja entre os anos 337 e 352. Naquela época, o Cristianismo deixava de ser uma "religião ilícita". Com o Édito de Constantino, em 313, a fé cristã passa a ser tolerada por Roma e, em 380, por determinação do imperador Teodósio, o cristianismo é declarada como a única religião lícita e oficial do Império Romano. A festa cristã apagou o culto ao Sol Invencível.

Surgiram as competições de presépios, nas quais a humanização das cenas e figuras passou a retratar o modo de vida, os hábitos e os costumes da época. O presépio passou a incorporar características étnicas, geográficas e culturais das mais diferentes comunidades cristãs.
Velas – As velas, que muitos povos costumam pendurar nos galhos da árvore para acender na noite de Natal, simbolizam a presença de Cristo como luz que ilumina os homens e aquece seus corações. As velas foram substituídas por lâmpadas. O costume de armar árvores de Natal era mais popular na Alemanha, mas foi difundido para o mundo a partir do século 19, quando a tradição penetrou na Inglaterra, então a maior potência mundial.
Árvore de Natal – A árvore sempre foi considerada expressão de fertilidade da mãe natureza. Por isso, muitos povos indu-europeus, 2 mil anos antes do nascimento de Jesus, já lhe rendiam culto. A árvore como símbolo natalino teve origem no costume pagão de alguns povos europeus que enfeitavam suas casas durante o inverno, com folhagens ainda verdes, para anunciar a proximidade da primavera. No período medieval, esse hábito foi retomado pelos germânicos, que traziam para dentro de suas casas uma pequena árvore, decorando-as com maçãs. Ao longo do tempo, os frutos foram substituídos por bolas vitrificadas e o pinheiro passou a ser utilizado para a montagem da árvore de Natal, por manter suas folhas e a coloração verde, mesmo sob o mais rigoroso invernos.
Na simbologia natalina, o pinheiro verde indica a manuntenção da vida, mesmo nas condições mais adversas, enquanto as bolas representam os frutos oferecidos por Jesus à humanidade.
Missa do Galo – A celebração é realizada na passagem do dia 24 para 25 de dezembro e é uma tradição na Igreja, pelo menos desde o século 6º. Naquela época, em Roma, celebravam-se três missas de Natal, sendo que a primeira delas, iniciada à meia-noite do dia 24 de dezembro, era conhecida como Missa da Vigília do Canto do Galo, denominação depois abreviada para Missa do Galo. Na verdade, o próprio canto do galo é também um sinal de que as trevas da noite estão dando lugar a um novo dia, tal qual a vinda de Jesus representa uma luz na história da humanidade.

São Nicolau dedicou a sua vida aos menos favorecidos e costumava se disfarçar para deixar presentes, como dinheiro, comida e roupas nas janelas das casas humildes. Em alguns países, como na Polônia, os presentes não são entregues na noite de Natal, mas em 6 de dezembro, quando se comemora o aniversário de São Nicolau. A data também é festejada na Holanda e na Alemanha. A figura de São Nicolau foi associada à neve, trenó e renas no livro a “Uma Visita de São Nicolau”, escrito em 1823, pelo inglês Clement Moore. Começou-se assim a delinear a figura do Papai Noel.
Presentes – Conforme conta a tradição, os três Reis Magos, guiados pela estrela de Belém, foram ao local do nascimento de Jesus levando como presentes ao recém-nascido ouro, incenso e mirra. Há quem veja nesse gesto uma explicação para a tradicional troca de presentes no dia de Natal. Aliás, em alguns países, essas lembranças são dadas apenas no dia 6 de janeiro, como referência à data em que Melchior, Baltasar e Gaspar teriam visitado o Menino Jesus. Para os cristãos, o gesto deveria simbolizar a alegria pela vinda de Jesus ao mundo e a gratidão a Deus pelo presente dado por Ele à humanidade.
Fonte: Revista Família Cristã online
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