domingo, 29 de outubro de 2017

Semana Vocacional em São José do Belmonte-PE

Dos dias 14 a 21 de outubro de 2017 a Irmã Fabíola Medeiros e as aspirantes Beatriz Cerqueira, Elisiane Andrade e Gabriele Eliziário (ambas residentes em Recife-PE) estiveram realizando uma Semana Vocacional na Paróquia São José do Beelmonte-PE.
Irmãs e comunidade
A Semana vocacional foi motivada pelo clima do mês missionário, que tem como tema a “alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”.


Durante toda a semana a Ir. Fabíola e aspirantes desenvolveram atividades como: Visitas às escolas, às famílias dos idosos e doentes, Hospital, Cadeia, Abrigo de idosos, Secretaria de educação, e diversos encontros de formação para várias pastorais e movimentos da Paróquia.

Ainda durante a Semana tivemos a alegria de fazer uma Peregrinação ao Juazeiro do Norte-CE e conhecer os principais locais de Romaria, onde o povo nordestino daquela região cultiva uma grande fé e devoção ao Pe. Cícero Romão.
Ir. Fabíola e aspirantes
Agradecemos a Jesus Mestre por nos proporcionar uma semana tão rica de experiências, aos padres Claudivan e Wanderson Eduardo pelo convite de missão e a todos os paroquianos que nos acolheram com tanto amor durante aquela semana.




segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Ser missionária é... Entrevista com Ir. Cristiane, fsp

Iniciamos o mês Outubro com o pé e o coração na estrada, inspiradas no tema do mês missionário, A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”, nosso site bateu um papo bem legal com nossas irmãs a fim de conhecer as realidades onde estão inseridas desenvolvendo a missão paulina. A entrevistada de hoje é Irmã Cristiane Rodrigues, fsp, natural da Itaporanga-PB, atualmente realiza a missão paulina em Porto Velho - RO.
Ir. Cristiane na comunidade
 Site das Irmãs Paulinas: Ir. Cristiane, o que a motivou para ser uma Irmã Paulina?

Ir. Cristiane Rodrigues: Minha vocação nasceu da escuta da realidade do meu povo, de suas lutas, sofrimentos e buscas. Sou paraibana de nascimento e pernambucana de coração, e foi lá no interior de Pernambuco, fazendo parte do grupo jovem de minha paróquia, que senti o forte apelo de Deus de ajudar as pessoas a perceber que a vida é muito mais do que a luta por sobrevivência. Senti o desejo profundo de comunicar Deus às pessoas porque sentia que só Ele podia dar o verdadeiro sentido da vida.
Site das Irmãs Paulinas: Qual o personagem bíblico lhe inspira no caminho missionário?
Ir. Cristiane Rodrigues: Foi São Paulo Apóstolo que me levou a Jesus. Ainda muito jovem eu lia as cartas paulinas e, apesar de não entender muita coisa, sempre me fascinava o jeito de Paulo falar de Jesus. Mesmo enfrentando tantas dificuldades, ele se mantinha alegre, confiante, esperançoso.
Lembro que um dia eu me perguntava: de onde vem essa força que o faz continuar na missão, mesmo quando tudo vai contra? Aí Paulo me mostrou de onde vinha sua força, e foi por ele que eu conheci Jesus Cristo. Por isso, o personagem bíblico que me inspira no caminho missionário em todos os momentos, os alegres e os difíceis, é, com certeza, o Apóstolo Paulo.
Ir. Cristiane vistando as comunidades
Site das Irmãs paulinas: Como sente e vive o apelo do Papa Francisco de uma Igreja em saída,A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”?
Ir. Cristiane Rodrigues: Sinto que o Papa Francisco apenas busca recordar à Igreja que sua essência é ser missionária. Sinto-me em profunda comunhão com uma Igreja que se torna Boa Notícia, Evangelho vivo para a vida do povo, testemunhando a alegria de ser seguidora do Mestre Jesus. Por isso, busco, também eu, ser essa Boa Nova para meus irmãos e irmãos com quem convivo, encontro, trabalho.
Site das Irmãs paulinas: Qual a sua missão atualmente?
Ir. Cristiane Rodrigues: Estou vivendo e atuando na cidade de Porto Velho, Rondônia. E viver em terras amazônicas é estar em contínua missão. Aqui a gente vive realmente aquilo que o Apóstolo Paulo disse sobre sua missão: “Fiz-me tudo para todos”.
Atualmente, gerencio a Livraria Paulinas de Porto Velho, sou responsável pela Pastoral Vocacional, atuo junto às CEBs, PJ, Equipe de Campanha da Fraternidade da CNBB regional Noroeste, Reflexão bíblica da arquidiocese, além das assessorias nas mais diversas áreas.

Site das Irmãs Paulinas: Tem alguma história marcante que aconteceu nesse tempo de missão em Porto Velho que a senhora gostaria de compartilhar conosco?
Ir. Cristiane Rodrigues: Teve uma experiência bem interessante que gostaria de compartilhar. Na semana santa, fui, juntamente com a Pastoral da Juventude, numa missão junto aos povos ribeirinhos. O arcebispo Dom Roque Paloschi nos deu a bênção e nós pegamos um barco grande rumo aos nossos destinos de missão.
Quando se aproximava de um povoado, um pequeno barco se aproximava, e a equipe que iria ficar naquele povoado, passava para o barco pequeno e seguia viagem. Minha equipe e eu chegamos ao nosso destino, um povoado chamado Boa Vitória. Descemos do barco e só víamos mato e rio.
Andando mais um pouco, avistamos a pequena Igreja. Lá nós vivenciamos com o povo daquele lugar o tríduo pascal. E o que mais me emocionou foi ver, na madrugada do sábado, ainda muito escuro, tempo chuvoso, vindo lá de dentro dos matos, dos rios, de todos os cantos, luzes, velas, lanternas, o povo que não mediu esforços para celebrar junto, como Igreja, a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
A fé daquela gente simples, muitas vezes esquecidos por tudo e todos, foi para mim o mais forte testemunho da Ressurreição de Jesus Cristo. E eu pude dizer como Maria Madalena: “Sim, eu vi o Senhor, e Ele vive naquele povo!”.
Celebração com a comunidade
Mensagem vocacional
Ir. Cristiane Rodrigues: Eu creio que a vocação é iniciativa de Deus e que quando a gente dá espaço, se permite ouvir Deus que nos fala nas realidades que nos circunda, nos rostos que encontramos, nos acontecimentos que nos atingem, não há como não sentir seu forte apelo no coração.

O que digo para a juventude é que não tenha medo de olhar nos olhos das pessoas, de deixar que seus rostos revelem o rosto do Cristo que continua chamando e que não tem outros braços, mãos e voz, a não ser a nossa para servir ao irmão que sofre.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Paulinos e Paulinas realizam missão vocacional em terras mineiras

De 11 a 13 de outubro, Paulinos e Paulinas realizaram trabalhos vocacionais na cidade de Estrela Dalva-MG. São eles: Pe. Claudinei José Batista, Pe. Roni Hernandes, Jaqueline Ferreira e Janine Boaventura.
Pe. Roni, noviças e membros da comunidade
No dia 12 de outubro, quinta-feira, solenidade de Nossa Senhora Aparecida, Pe. Claudinei e Pe. Roni presidiram missas nas comunidades São Bom Jesus, Divino Espírito Santo, Santo Antônio, e na paróquia Nossa Senhora da Conceição. Em cada uma delas, foram realizadas motivações vocacionais com a presença das noviças paulinas, Jaqueline e Janine.
Noviças e jovens da comunidade
No dia 13, sexta-feira, das 18h às 19h30min, foi realizado um encontro com alguns jovens de Estrela Dalva, na paróquia Nossa Senhora da Conceição. Os religiosos conversaram com os jovens sobre vocação e apresentaram o carisma da congregação. A conversa com os jovens foi muito descontraída e, com certeza, isso vai ajudá-los para que um dia possam encontrar motivos para seguir talvez, o caminho da vida religiosa. Em seguida, eles receberam mochilas vocacionais com orações, revistas, livros e folders.
Equipe missionária e comunidade
Como ninguém faz nada sozinho, a realização desse trabalho contou com a ajuda de muitas pessoas, dentre elas, Pe. Alessandro Tavares Alves, que abriu as portas de suas paróquias e comunidades para apresentarmos motivações vocacionais. Nosso agradecimento especial a Amanda Queiroz Brum Garcia, que acolheu as noviças paulinas em sua residência e preparou a alimentação para os religiosos. A Deusilene de Souza Alves dos Santos, que abrilhantou os nossos encontros e as missas com belíssimos cantos.
Jovem, não tenhas medo! A missão da Igreja precisa de pessoas que tenham coragem de comunicar aos irmãos e irmãs a alegria de viver em Jesus Mestre Caminho Verdade e Vida. Se você sentir no coração que também foi chamado (a) para atuar nesta missão de evangelizar com os meios de comunicação sociais, entre em contato conosco! Seguir Jesus é um projeto de Vida.

Pe. Roni Hernandes, ssp e Noviças Paulinas Jaqueline e Janine.

Irmãs Paulinas
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Padres e Irmãos Paulinos
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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Iniciamos o mês Outubro com o pé e o coração na estrada, inspiradas no tema do mês missionário, A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”, nosso site bateu um papo bem legal com nossas irmãs a fim de conhecer as realidades onde estão inseridas desenvolvendo a missão paulina.
A entrevistada de hoje é Irmã Edicleia Tonete, fsp, natural de Pitanga, diocese de Guarapuava - PR, atualmente realiza a missão paulina em Brasília - DF.
Ir. Edicleia Tonete, fsp
Site das Irmãs Paulinas: Ir. Edicleia, o que a motivou para ser uma Irmã Paulina?
Ir. Edicleia Tonete: Primeiramente o chamado, a vocação, o sentimento de que poderia fazer algo a mais, por Deus e pelas pessoas. Quando conheci a história de Tiago Alberione, fundador da Família Paulina, me identifiquei, quando ele, em adoração diante de Jesus na Eucaristia, sentiu seu coração arder por Jesus Cristo e pelas pessoas, ele percebeu a necessidade de “se preparar para fazer algo por Deus e pelas pessoas no novo século, com as quais viveria”.
Eu também senti o mesmo desejo, o mesmo convite, de também me preparar para comunicar Jesus Cristo às pessoas; e até hoje estou me preparando, pois nunca estamos prontos e ao mesmo tempo já comunico a alegria do Evangelho às pessoas que Deus coloca no meu caminho. Estar com o povo e comunicar a Palavra de Deus me motiva muito, é a minha alegria.
Ir. Edicleia com os catequistas
Site das Irmãs Paulinas: Qual o personagem bíblico lhe inspira no caminho missionário?
Ir. Edicleia Tonete: Gosto muito do Profeta Jeremias, me identifico com ele, com sua luta. Diante das dificuldades Jeremias às vezes quer desistir de comunicar a Palavra de Deus, mas quando ele percebe, está novamente pregando a Palavra, pois não tem como fugir. Uma vez que a Palavra de Deus perfura nosso coração e encharca nossa mente, não tem como deixar de falar, de testemunhar.
E claro, como Filha de São Paulo, me identifico muito com Paulo também. Sobretudo, por causa do seu amor por Jesus Cristo e pelas comunidades que ele fundou. Gosto de pensar que o processo de conversão de Paulo, se deu aos poucos, dia por dia, até que quando ele ficou velhinho, pode afirmar: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”.  

Site das Irmãs paulinas: Como sente e vive o apelo do Papa Francisco de uma Igreja em saída,A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”?
Ir. Edicleia Tonete: O Papa Francisco, tem umas sacadas brilhantes. Ele lança um documento, que pede que sejamos “Uma Igreja em saída”, que prefere uma Igreja “acidentada”, mas na rua, do que uma Igreja fechada em si mesmo.
Procuro colocar em prática esse pedido, essa exortação do nosso querido Papa Francisco, mas também, os outros apelos que ele nos faz, de cuidarmos da “Casa comum”, com o documento Laudado Si.
Em 2015, proclamou o Ano Santo da Misericórdia, nos pedindo que abramos as portas da Igreja, mas também do nosso coração para acolhermos a todos. Ele nos pede que sejamos uma Igreja alegre, que comuniquemos Jesus Cristo, com alegria e não com cara de vinagre.
A própria vida e testemunho do Papa Francisco nos exorta a irmos ao encontro das pessoas, às “periferias existenciais”, mas devemos ir sempre com misericórdia e com alegria que vem do próprio Jesus Cristo, não ir como quem vai ensinar alguma coisa, e sim, como quem vai partilhar e aprender com todos.
Ir. Edicleia com as crianças
Site das Irmãs paulinas: Qual a sua missão atualmente?
Ir. Edicleia Tonete: Atualmente eu me dedico à formação dos Catequistas em Brasília, Goiás e região. É uma missão desafiante e muito bonita ao mesmo tempo. Sinto-me em profunda comunhão com a Igreja que nos pede para conhecermos e vivermos o projeto de “Iniciação à Vida Cristã”, que é para toda a Igreja, mas a catequese tem esse papel de suporte, nessa caminhada de seguimento de Jesus Cristo.
Está sendo uma oportunidade de encontrar as pessoas, lá onde elas estão, em suas comunidades, paróquias, casas e ouvir suas experiências, dificuldades, alegrias e também um espaço de aprofundamento, conhecimento e experiência com a Palavra de Deus, centro da catequese e da vida de todo cristão. Estou amando essa missão, pois sempre gostei muito de falar, explicar, entender e testemunhar a Palavra de Deus.
            Faço parte também, do Grupo Chamas, um grupo musical, formado por três irmãs paulinas, onde temos a missão de comunicar Jesus Cristo com a canção. Então, quando tem show, viajo também, pelo Brasil para cantar a Palavra de Deus. E quando não tem show, sou uma pequena chama, que deve brilhar aqui no cerrado. Nem sempre é fácil, manter a chama acessa, mas com a graça do Espírito Santo é possível.
Grupo Chamas
Site das Irmãs Paulinas: Tem alguma história marcante que aconteceu nesse tempo de missão em Brasília que a senhora gostaria de compartilhar conosco?

Ir. Edicleia Tonete: Tenho muitas experiências marcantes que já vivi aqui em Brasília. Uma delas, relato aqui. Como Filhas de São Paulo, comunicadora da Palavra, à serviço da vida, tenho sentido um apelo pessoal muito forte de ir ao encontro das pessoas que mais sofrem, sobretudo, com a situação política, social e econômica de nosso país. Então, quando posso, procuro me fazer presente em debates, encontros, oficinas e manifestações nas ruas, foi a maneira que encontrei de apoiar meu povo, de dizer “#tamujunto”. No dia, 26 de maio, houve uma grande manifestação no Brasil. O povo foi às ruas pedir Diretas Já! e lutar por seus direitos.
Ao sair da nossa livraria, que ficava no Setor Comercial Sul, caminhei em direção à Esplanada dos Ministérios. Quando fui me aproximando, meu coração pulava de alegria e de emoção, ao ver tanta gente na rua lutando por seus direitos. Nesse dia, vieram 800 ônibus de diversos Estados do Brasil, de Norte à Sul do País. Éramos quase 100 mil pessoas nas ruas. Era um mar de gente. Trabalhadores de diversos setores da sociedade lutando por seus direitos.
Nesse tempo em que vivemos em nosso país, percebo que não posso ficar dentro de casa. O Senhor me chama para estar nas ruas com meu povo, apoiando e lutando por seus direitos. “Sou de paz, mas se for pelo povo eu brigarei” ( Pe. Zezinho, scj).

Mensagem vocacional
            Viver para Deus e para o povo é desafiante, arriscado, mas vale apena. Se você sente seu coração arder por Jesus Cristo e sua Palavra, permita-se aventurar-se pelos caminhos do Reino.
Não diga não, quando a vontade é de Deus e sua também, diga sim. Qualquer opção de vida implica desafios, renúncias, dores e alegrias, mas o mais importante é ser feliz na vocação que o Senhor sonha para você.
Permita-se descobrir a sua vocação, peça ajuda de alguém para discernir o que Deus quer de você. E se a vontade de Deus, for que você seja uma irmã paulina, seja bem-vinda! Junte-se a nós! #Tamujunto! “A comunicação à serviço da vida.”
 
Ir. Edicleia com os crismandos


quarta-feira, 11 de outubro de 2017

“A vocação nos convoca para a missão”

Neste sábado, dia 07/10/2017, foi realizado na Igreja de Nossa Senhora da Soledade, Recife-PE, o segundo encontro vocacional para moças e rapazes da Arquidiocese de Olinda e Recife-PE, promovida pela Comissão para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada (Cmovic), constituído pelo Pe. Fábio Paz (coordenador), Felipe (Setor Juventude), João Henrique (Seminarista) e pelas irmãs Mery Elisabeth e Viviane Rodrigues que contaram com a colaboração da cooperadora paulina, Luciana.
Esta comissão (Cmovic) tem como objetivo promover a cultura vocacional proporcionando aos jovens encontros para o despertar das vocações específicas na Igreja, bem como, orientação para um discernimento em vista de uma resposta ao chamado que Deus faz a cada um, pois a messe é grande e poucos são os chamados.
Este segundo encontro teve como tema: “A vocação nos convoca para a missão” e contou com a presença de jovens de diversas paróquias da Arquidiocese.
O encontro teve a seguinte programação: meditação da Palavra de Deus, segundo o Evangelho de Lucas conduzido pelo seminarista João Henrique. Em seguida os jovens assistiram ao filme: “Despertar para sonhar” - para que pudessem se aprofundar ainda mais sobre o tema proposto pelo encontro e, após um breve intervalo, os jovens puderam refletir e partilhar em pequenos grupos questões sobre a vocação em seus diversos aspectos.

Testemunho da Cooperadora Paulina, Luciana.
 “Como membro do Instituto dos Cooperadores Paulinos para o Evangelho somos comprometidos com a missão de evangelizar por meio da comunicação, e é sempre uma grande satisfação poder contribuir para que jovens tenham o discernimento de ouvir o chamado de Deus e possam dizer SIM à missão que é reservada a cada um.”
Agradecemos a presença de todos e aguardamos você, jovem, nos próximos encontros. Até lá!
Ir. Mery Elisabeth de Sousa, fsp




segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Ser missionária é... Entrevista com Ir. Sabrina Mosena, fsp

Entrevista para o mês missionário 2017
Iniciamos o mês de Outubro com o pé e o coração na estrada, inspiradas no tema do mês missionário, “A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”, nosso site bateu um papo bem legal com nossas irmãs a fim de conhecer as realidades onde estão inseridas desenvolvendo a missão paulina. A entrevistada de hoje é Irmã Sabrina Mosena, fsp, natural de Carlos Barbosa - RS, que atualmente realiza a missão paulina em Manaus - AM.
 
Ir. Sabrina Mosena, fsp
Site das Irmãs Paulinas: Ir. Sabrina, o que a motivou para ser uma Irmã Paulina?
Ir. Sabrina: Cresci em uma família de tradição católica. No colo de minha avó materna aprendi a rezar à Maria, antes de cada refeição que fazíamos, em família rezávamos a oração ao Santo Anjo porque como dizia minha avó: “era a oração dos netos.”
Em minha família, tenho uma tia – Ir. Marisa Mosena, Ministra dos Enfermos de São Camilo (Camiliana). Cresci convivendo com a Vida Religiosa Consagrada e não era estranho para mim ver as irmãs, ou melhor, não era algo “de outro planeta”.
            Eu sempre dizia para minha tia religiosa que queria ser igual a ela, menos na saia (risos). Ou seja, seu modo de ser me encantava. O jeito como ela tratava as pessoas, como ela convivia em nossa família, como convivia na comunidade religiosa me atraia.
            E foi ali, nesse contexto de vida religiosa, na comunidade das Irmãs Camilianas que encontrei Paulinas pela primeira vez, através de um livro. Pela curiosidade em saber o que era Paulinas fui buscar na internet. E ali me deparei com um vasto horizonte que se abria à minha frente.            O que me motivou à ser uma Irmã Paulina foram duas coisas no início de minha caminhada vocacional: nossa Gravadora COMEP e o banner do site Paulinas no Mundo. Ou seja, a música que trago como herança de minha família, que sempre me incentivou a tocar algum instrumento desde criança e que hoje trago muito forte em mim, essa paixão pela música que me fez encontrar e me encantar pela Paulinas Comep, e também a Missionariedade Paulina.
            Ao entrar pela primeira vez em nossa comunidade paulina, em Canoas – RS, me deparei novamente com esse banner, mas agora como quadro em nossa residência: Paulinas no Mundo. E aquele sentimento que havia gerado em mim quando vi no site nossa missionariedade, foi novamente aceso ao pisar pela primeira vez na comunidade Paulina.            Eu trazia em meu coração dois desejos fortes que me impeliam à frente e que me motivaram a ser uma Irmã Paulina: como companhia, levava meu violão. E como caminho: o mundo inteiro pela frente.
 
Ir. Sabrina Mosena e jovens da comunidade
Site das Irmãs Paulinas: Qual o personagem bíblico lhe inspira no caminho missionário?
Ir. Sabrina: Bem, não poderia ser outro personagem que nosso próprio pai são Paulo Apóstolo. Em sua vida missionária, Paulo percorreu mares e terras por causa do Evangelho. Fez-se tudo para todos, se inserindo nas diversas culturas que encontrava a fim de “ganhar o maior número para Cristo”, até que pôde dizer: “já não sou mais eu que vivo. É Cristo que vive em mim”.
São Paulo Apóstolo me inspira cotidianamente e me dá coragem na missão junto à Igreja da Amazônia, inserida nesta cultura tão rica e tão acolhedora, que também me faz desejar ser tudo para todos, na alegria que brota do seguimento de Jesus Mestre Caminho, Verdade e Vida. 

Site das Irmãs paulinas: Como sente e vive o apelo do Papa Francisco de uma Igreja em saída, “A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”?
Ir. Sabrina: O apelo do Papa Francisco é muito claro e nos desinstala cotidianamente. Necessitamos todos os dias reavivar essa certeza dentro de nós a fim de passarmos de uma Igreja imóvel, fixada em um único local, para uma Igreja Itinerante, peregrina, assim como nosso fundador Bem-Aventurado Tiago Alberione nos dizia: “se as pessoas não vêm mais à Igreja, a Igreja vai até elas nas diversas formas e meios de apostolado”.
 Sendo assim, vivo este apelo de Francisco em primeiro lugar em minha vida consagrada, rompendo a crosta de egoísmo que me isola de tudo e de todos para assim ir ao encontro do outro sendo pequeno Evangelho vivo, espalhando o belo perfume de Cristo.
Ir. Sabrina Mosena e jovens da comunidade
Site das Irmãs paulinas: Qual a sua missão atualmente?
Ir. Sabrina: Cheguei a pouco mais de três meses na Igreja da Amazônia com a missão da Pastoral Vocacional e como Congregação, nós organizamos na Pastoral Vocacional nos inserindo nas paróquias e comunidades, trabalhando principalmente com a juventude a fim de tornar conhecido também o Carisma Paulino.
Como Irmã Paulina, inserida na Arquidiocese de Manaus juntamente com o Serviço de Animação Vocacional da Arquidiocese, realizamos encontros vocacionais aos jovens que desejam conhecer mais as vocações de forma geral, para assim responderem com coragem o apelo de Deus para suas vidas nas vocações específicas. 
Ir. Sabrina, Ir. Gabriele e vocacionadas
Site das Irmãs Paulinas: Tem alguma história marcante que aconteceu nesse tempo de missão em Manaus que a senhora gostaria de compartilhar conosco?
Ir. Sabrina: “Não levamos Deus a ninguém... Ele já está lá”. Essa frase me acompanha nas missões que realizamos junto aos povos da Amazônia me fazendo perceber que, como Irmã Paulina missionária descobrirei pouco a pouco Deus em cada pessoa que eu encontro em meu caminho.
            Bem, uma história marcante que vivi a uns tempos atrás foi a realização de um sonho que trazia a muito tempo, de conviver e partilhar a fé e a vida com nossos irmãos indígenas. Em quase 40 missionários de uma Paróquia daqui de Manaus, partimos para as comunidades ribeirinhas e rurais do interior. Passávamos de comunidade em comunidade deixando os pequenos grupos de missionários em suas respectivas comunidades.
            Por último chegamos nós, 13 missionários na Aldeia Tatuyo, na comunidade do Tatu – Tupé. Logo que chegamos já haviam peixes frescos, pescados naquela madrugada, e sendo preparados para nosso almoço.
Ir. Sabrina na Aldeia Tatyo
             Rezamos, visitamos e abençoamos as diversas famílias ribeirinhas e as aldeias indígenas, celebramos como comunidade, realizamos trabalhos sociais com a ajuda de voluntários da área de saúde, e por fim, como comunidade missionária, realizamos um encontro festivo com um almoço farto juntamente com as famílias da localidade.
            Histórias, mesmo em pouco tempo aqui na Amazônia, teriam muitas. Medos? Muitos medos e muitos desafios já passei e já encontrei na realidade desta Igreja. Mas a esperança no olhar das pessoas que já encontrei superam todos os medos e desafios de nossa missão.
 Eu encontrei e encontro Deus no olhar, no sorriso, no abraço, na palavra deste povo Amazonense, que me ensina todos os dias a ser uma Irmã Paulina, pequeno Evangelho vivo, me fazendo “tudo para todos”.
 

Deixe sua mensagem vocacional
Ir. Sabrina: Numa sociedade imediatista e sem raízes, com inversão de valores, andamos contra a corrente. Somos uma juventude que não se conforma com a superfície, mas quer mergulhar no profundo da experiência cotidiana com Deus, a fim de, a partir de nós mesmos, responder ao apelo de Jesus: vem e segue-me.
            Não permita que nos roubem a esperança; não permita que nos roubem a alegria de sermos jovens que lutam pela causa do Reino; não permita que os sonhos que nos movem cotidianamente por um mundo mais justo e mais fraterno se percam em tantas injustiças e atrocidades que vemos e vivemos.
            Juntos construiremos um mundo melhor, enraizado no Amor, em Jesus Mestre que é Caminho, Verdade e Vida. Venha conosco, caminhe conosco! Venha ser uma Irmã Paulina!
            

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Animação Vocacional na cidade de Feliz - RS

Nos dias 27, 28 e 29 a equipe do Serviço de Animação Vocacional da Diocese de Montenegro fez uma bonita animação na cidade Feliz - RS.
Ir. Regina com as crianças
Foram dias de partilha vocacional com os catequizandos e suas famílias, juventudes e crianças das escolas da cidade.
Várias congregações religiosas se fizeram presentes, irmãs e irmãos da vida consagrada, entre estas as irmãs Paulinas, e os padres da diocese de Montenegro com a coordenação do padre Gabriel Bagatini.


Agradecemos a acolhida e sintonia da equipe paroquial na pessoa do Pe. Iuri, que preparou a semana vocacional, as famílias que acolheram as/os missionárias/ os.
Que as sementes lançadas produzam frutos para o Reino de Deus...



Ir. Regina Garreto, fsp

terça-feira, 3 de outubro de 2017

“A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída” - Conversa com Ir. Roseane Barbosa, fsp

Iniciamos o mês Outubro com o pé e o coração na estrada, inspiradas no tema do mês missionário, A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”, nosso site bateu um papo bem legal com nossas irmãs a fim de conhecer as realidades onde estão inseridas desenvolvendo a missão paulina. A entrevistada de hoje é Irmã Roseane Barbosa, fsp, natural de Belém - PA, atualmente realiza a missão em Miami, nos Estados Unidos, junto aos brasileiros que lá residem.

Site das Irmãs Paulinas: Ir. Roseane, o que a motivou para ser uma Irmã Paulina?
Ir. Roseane: Primeiramente o que me motivou a ser irmã foi o amor pela Igreja e o desejo de poder fazer o bem às pessoas. E especificamente para ser Paulina foi a missão com a comunicação. Desde que conheci as irmãs em minha cidade lá pelos anos 90, eu sempre achei muito atraente e ousada a missão de evangelizar através da comunicação. E apesar de não me sentir a “altura” de uma missão tão grande, eu aceitei o desafio que o Senhor me propôs ao me chamar para esta vocação. E assim lá se vão 24 anos desde que entrei aos 17 anos de idade, e destes anos todos são ao todo 14 de consagração. É claro que hoje ainda sinto o mesmo desafio, mas agora posso responder ao meu chamado com muito mais confiança, coragem e capacidade.
Site das Irmãs Paulinas: As Irmãs Paulinas estão presentes em mais de 50 países, o que significa para a senhora ser Missionária da Palavra em outro país?
Ir. Roseane: Uma característica do carisma paulino é a universalidade e eu sempre achei isso muito interessante e bonito, contudo eu não entendia o que de fato o que isso significava até vir para os Estados Unidos onde tive que aprender uma outra língua, acolher uma nova cultura e conviver com um povo diferente, mas com o mesmo desejo de viver a Palavra de Deus. Ser missionária é muito desafiador, pois requer um “morrer” para si mesmo e para a própria cultura. O missionário é alguém que deve dar tudo de si e apesar disso, muitas vezes receberá incompreensões de diversas formas. Entretanto, isso não é motivo para desânimo, e sim de confiar ainda mais em Deus, pois só Ele conhece o nosso coração e o nosso desejo de fazer o bem.

Site das Irmãs paulinas: Como sente e vive o apelo do Papa Francisco de uma Igreja em saída,A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”?
Ir. Roseane: Acima de tudo ser uma “Igreja em saída” é saber sair de si para acolher o próximo com as suas diferenças. Penso que essa foi uma grande inspiração que o Espírito Santo concedeu ao nosso amado Papa Francisco. Eu particularmente acredito que onde quer que estejamos devemos sempre “estar em saída”, e isso para mim significa estar sempre pronto para a missão. É claro que não é tão simples assim, mas Deus nos dá a graça de viver e assumir as causas do Reino. Digo isso a partir da minha própria experiência, pois vir para os EUA não foi tudo lindo e maravilhoso, houve muitas dores que vieram misturadas às alegrias da missão. Antes de vir eu não sabia o que iria encontrar, e mesmo assim eu disse sim e assumi as consequências desse sim, isso para mim é “estar em saída”.
Site das Irmãs paulinas: Qual a sua missão nos Estados Unidos?
Ir. Roseane: Eu realizo a missão em Miami (sul do Estado da Flórida), onde estou há um ano. Acompanho a três comunidades brasileiras que juntas formam a “Missão Nossa Senhora Aparecida”, que é coordenada pelos padres Scalabrinianos. Nessas comunidades eu trabalho com a formação bíblica e catequética. E sempre que tenho uma formação levo junto comigo os livros de Paulinas. Fazer com que as pessoas tenham acesso a Bíblia, livro, CD, DVD em português faz parte dessa missão. Aqui temos uma realidade bem diferente do Brasil, que é um país de matriz católica e é a nossa pátria mãe. Os EUA é um país de origem protestante, e aqui o imigrante é sempre um estrangeiro, por mais que tenha a cidadania ou o status de residente permanente ou temporário. O imigrante, seja ele documentado ou não, trabalha muito e muitas vezes o acesso aos “serviços religiosos” é bem limitado. Alguns não falam bem o inglês e outros acabam por se tornarem evangélicos por causa das muitas comunidades que existem aqui. Frente a essa realidade a nossa missão facilita com que os brasileiros não se sintam tão distantes da própria língua e cultura.
Site das Irmãs Paulinas: Tem alguma história marcante que aconteceu nesse tempo de missão no EUA que a senhora gostaria de compartilhar conosco?
Ir. Roseane: Tenho duas histórias muito significativas em minha vida durante este tempo. Uma vez fui a uma comunidade na cidade de Miami Beach e antes de sair de casa peguei um Terço e o coloquei na minha bolsa. Em geral eu não costumo carregar comigo o Terço, mas nesse dia, algo me impeliu a pegá-lo. Era um Terço que eu havia ganhando nessa mesma comunidade quando estive lá pela primeira vez. Eu o mantive guardado até esse dia por ter outros em uso. Ao chegar na comunidade fui ao encontro dos catequizandos e no momento em que eu entrei no salão da catequese uma catequista perguntou-me: “irmã a senhora sabe ler o Terço? ”. De imediato eu fiquei sem saber o que ela estava me perguntando então perguntei-lhe: “como assim ler o terço?” E ela me respondeu: “a senhora sabe as orações e como se reza o Terço?” Então eu senti um grande arrepio dentro de mim, porque logo me veio à mente o fato de ter pego o Terço antes de sair de casa. Então eu tirei o Terço da bolsa e comecei a explicar para eles o modo como se rezava, os mistérios, a diferença entre Terço e Rosário, etc. O mais interessante é que nenhuma das pessoas que estavam presentes sabiam rezar o Terço e nem mesmo o tinham consigo. Eu era a única que tinha um em minha bolsa graças a providência divina. E eu o tinha pego sem nenhum propósito intencional. Foi muito emocionante perceber os caminhos como Deus nos conduz.
Outra experiência foi muito forte para mim foi a passagem do furacão Irma que atingiu todo o estado da Flórida. Minhas irmãs de comunidade e eu, por segurança, tivemos que sair de Miami, onde o furacão passou com maior intensidade, e fomos mais para o norte do Estado para nos proteger. O furacão passou por nós no domingo (10/09/17) a noite, já com uma intensidade mais branda e mesmo assim os ventos eram muito fortes e não tinha como ficar “tranquila”, pois parecia que a qualquer momento seríamos carregados pela fúria dos ventos. Vivemos dias de grande tensão, expectativa e medo, pois a medida que o furacão ia se aproximando, vários alertas de tornados e enchentes foram emitidos próximos a onde estávamos. Essa experiência me fez perceber que literalmente a nossa vida está nas mãos de Deus. Dizer isso não é novidade, mas sentir isso de perto é bem diferente e muito avassalador. Eu nunca havia sentido tão forte dentro de mim que Deus nos deu a vida, que Ele pode tirá-la a qualquer momento, mas também pode preservá-la de todo mal. E assim o foi.
Mensagem vocacional

Ir. Roseane: Eu nunca gostei de fazer apelo vocacional porque acho que isso exige antes de tudo um coerente testemunho de vida, e sinceramente eu tenho medo que minhas incorrespondências não deem um bom exemplo (risos). Mas, tirando-me de cena e colocando o Senhor no centro, eu só posso dizer que se você sente dentro do seu coração que Deus está chamando você, abra-se e deixe que Ele te conduza. Pois, se esta for a sua vocação, não há nada que impedirá o Senhor de realizá-la em sua vida. Nem mesmo os seus planos e sonhos pessoais, nem os seus pais, nem os seus medos ou noivo ou qualquer outra coisa que seja. Quando Deus nos chama e nos quer para seu o serviço, todos os caminhos se abrem e nos conduzem a Ele. Não adianta fugir como fez o profeta Jonas, ou dizer que ainda é muito jovem como Jeremias, porque para Deus não há desculpas ou pretextos que não sejam superáveis.

domingo, 1 de outubro de 2017

Mensagem do papa Francisco Dia Mundial das Missões 2017 (22 de outubro)

Queridos irmãos e irmãs!
O Dia Mundial das Missões concentra-nos, também neste ano, na pessoa de Jesus, “o primeiro e maior evangelizador” (Paulo VI, Exortação Apostólica Evangelii nuntiandi, 7) que incessantemente nos envia a anunciar o Evangelho do amor de Deus Pai, com a força do Espírito Santo. Este Dia convida-nos a refletir novamente sobre a missão no coração da fé cristã. De fato, a Igreja é, por sua natureza, missionária; se assim não for, deixa de ser a Igreja de Cristo, não passando de uma associação entre muitas outras que rapidamente veria exaurir-se a sua finalidade e desapareceria. Por isso, somos convidados a interrogar-nos sobre algumas questões que tocam a própria identidade cristã e as nossas responsabilidades de crentes, em um mundo embaralhado com tantas quimeras, ferido por grandes frustrações e dilacerado por numerosas guerras fratricidas que injustamente atingem, sobretudo, os inocentes. Qual é o fundamento da missão? Qual é o coração da missão? Quais são as atitudes vitais da missão? A missão no coração da fé cristã Mensagem do papa Francisco Dia Mundial das Missões 2017 (22 de outubro) Mensagem do papa Francisco A missão e o poder transformador do Evangelho de Cristo, Caminho, Verdade e Vida 1. A missão da Igreja, destinada a todas as pessoas de boa vontade, funda-se sobre o poder transformador do Evangelho. Este é uma Boa Nova portadora de uma alegria contagiante, porque contém e oferece uma vida nova: a vida de Cristo ressuscitado, o qual, comunicando o seu Espírito vivificador, torna-se para nós Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14, 6). É Caminho que nos convida a segui-lo com confiança e coragem. E, seguindo Jesus como nosso Caminho, fazemos experiência da sua Verdade e recebemos a sua Vida, que é plena comunhão com Deus Pai na força do Espírito Santo, liberta-nos de toda a forma de egoísmo e torna-se fonte de criatividade no amor. 2. Deus Pai quer esta transformação existencial dos seus filhos e filhas; uma transformação que se expressa como culto em espírito e verdade (cf. Jo 4, 23-24), ou seja, em uma vida animada pelo Espírito Santo à imitação do Filho Jesus para glória de Deus Pai. “A glória de Deus é o homem vivo” (Ireneu, Adversus haereses IV, 20, 7). Assim, o anúncio do Evangelho torna-se palavra viva e eficaz que realiza o que proclama (cf. Is 55, 10-11), isto é, Jesus Cristo, que incessantemente se faz carne em cada situação humana (cf. Jo 1, 14). A missão e o kairós de Cristo 3. Por conseguinte, a missão da Igreja não é a propagação de uma ideologia religiosa, nem mesmo a proposta de uma ética sublime. No mundo, há muitos movimentos capazes de apresentar ideais elevados ou expressões éticas notáveis. Diversamente, pela missão da Igreja, é Jesus Cristo que continua a evangelizar e agir; e, por isso, ela representa o kairós, o tempo propício da salvação na história. Por meio da proclamação do Evangelho, Jesus torna-se sem cessar nosso contemporâneo, consentindo à pessoa que o acolhe com fé e amor experimentar a força transformadora do seu Espírito de Ressuscitado que fecunda o ser humano e a criação, como faz a chuva com a terra. “A sua ressurreição não é algo do passado; contém uma força de vida que penetrou o mundo. Onde parecia que tudo morreu, voltam a aparecer por todo o lado os rebentos da ressurreição. É uma força sem igual” (EG 276). 4. Lembremo-nos sempre de que, “ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá vida a um novo horizonte e, dessa forma, o rumo decisivo” (Bento XVI, Encíclica Deus caritas est, 1). O Evangelho é uma Pessoa que continuamente se oferece e se acolhe com fé humilde e operosa, continuamente convida a partilhar a sua vida por uma participação efetiva no seu mistério pascal de morte e ressurreição. Assim, por meio do Batismo, o Evangelho torna-se fonte de vida nova, libertada do domínio do pecado, iluminada e transformada pelo Espírito Santo. Pela Confirmação, torna-se unção fortalecedora que, graças ao mesmo Espírito, indica caminhos e estratégias novas de testemunho e proximidade e, mediante a Eucaristia, torna-se alimento do homem novo, “remédio de imortalidade” (Inácio de Antioquia, Epistula ad Ephesios, 20, 2). 5. O mundo tem uma necessidade essencial do Evangelho de Jesus Cristo. Ele, por meio da Igreja, continua a sua missão de Bom Samaritano, curando as feridas sanguinolentas da humanidade e, na missão de Bom Pastor, buscando sem descanso quem se extraviou por veredas enviesadas e sem saída. E, graças a Deus, não faltam experiências significativas que testemunham a força transformadora do Evangelho. Penso no gesto daquele estudante dinka que, à custa da própria vida, protege um estudante da tribo nuer que ia ser assassinado. Penso naquela Celebração Eucarística em Kitgum, no norte do Uganda – então ensanguentado pelas atrocidades de um grupo de rebeldes –, quando um missionário levou as pessoas a repetirem as palavras de Jesus na cruz: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?” (Mc 15, 34), expressando o grito desesperado dos irmãos e irmãs do Senhor crucificado. Aquela Celebração foi fonte de grande consolação e de muita coragem para as pessoas. E podemos pensar em tantos testemunhos – testemunhos sem conta – de como o Evangelho ajuda a superar os fechamentos, os conflitos, o racismo, o tribalismo, promovendo por todo o lado a reconciliação, a fraternidade e a partilha entre todos. A missão inspira uma espiritualidade de êxodo, peregrinação e exílio contínuos 6. A missão da Igreja é animada por uma espiritualidade de êxodo contínuo. Trata-se de “sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (EG 20). A missão da Igreja encoraja a uma atitude de peregrinação contínua pelos vários desertos da vida, por meio das experiências de fome e sede de verdade e justiça. A missão da Igreja inspira uma experiência de exílio contínuo, para fazer sentir ao homem sedento de infinito a sua condição de exilado a caminho da pátria definitiva, pendente entre o “já” e o “ainda não” do Reino dos Céus. 7. A missão adverte a Igreja de que não é fim em si mesma, mas instrumento e mediação do Reino. Uma Igreja autorreferencial, que se agrada dos sucessos terrenos não é a Igreja de Cristo, seu corpo crucificado e glorioso. Por isso mesmo, é preferível “uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças” (EG 49). Os jovens, esperança da missão 8. Os jovens são a esperança da missão. A pessoa de Jesus e a Boa Nova proclamada por Ele continuam a fascinar muitos jovens. Estes buscam percursos onde possam concretizar a coragem e os ímpetos do coração ao serviço da humanidade. “São muitos os jovens que se solidarizam contra os males do mundo, aderindo a várias formas de militância e voluntariado. (...) Como é bom que os jovens sejam ‘caminheiros da fé’, felizes por levarem Jesus Cristo a cada esquina, a cada praça, a cada canto da terra!” (EG 106). A próxima Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que terá lugar em 2018 sobre o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, revelase uma ocasião providencial para envolver os jovens na responsabilidade missionária comum, que precisa da sua rica imaginação e criatividade. O serviço das Pontifícias Obras Missionárias 9. As Pontifícias Obras Missionárias são um instrumento precioso para suscitar, em cada comunidade cristã, o desejo de sair das próprias fronteiras e das próprias seguranças, fazendo-se ao largo a fim de anunciar o Evangelho a todos. Por meio de uma espiritualidade missionária profunda vivida dia-a-dia, pelo esforço constante de formação e animação missionária, envolvem-se adolescentes, jovens, adultos, famílias, sacerdotes, religiosos e religiosas, bispos para que, em cada um, cresça um coração missionário. Promovido pela Obra da Propagação da Fé, o Dia Mundial das Missões é a ocasião propícia para o coração missionário das comunidades cristãs participarem, com a oração, com o testemunho da vida e com a comunhão dos bens, na resposta às graves e vastas necessidades da evangelização. Fazer missão com Maria, Mãe da evangelização 10. Queridos irmãos e irmãs, façamos missão inspirando-nos em Maria, Mãe da evangelização. Movida pelo Espírito, Ela acolheu o Verbo da vida na profundidade da sua fé humilde. Que a Virgem nos ajude a dizer o nosso “sim” à urgência de fazer ressoar a Boa Nova de Jesus no nosso tempo; conceda-nos um novo ardor de ressuscitados para levar, a todos, o Evangelho da vida que vence a morte; interceda por nós, a fim de podermos ter uma santa ousadia de procurar novos caminhos para que chegue a todos o dom da salvação.

Vaticano, 4 de junho, Solenidade de Pentecostes de 2017. Papa Francisco