terça-feira, 30 de maio de 2017

Os jovens, a fé e o discernimento vocacional - Parte 5

Maria de NazaréEla, jovem mulher de Nazaré, que em cada etapa da sua existência acolhe a Palavra e a conserva, “meditando-a no seu coração” (cf. Lc 2, 19), foi a primeira que percorreu este caminho.
Cada jovem pode descobrir na vida de Maria o estilo da escuta, a coragem da fé, a profundidade do discernimento e a dedicação ao serviço (cf. Lc 1, 39-45). Na sua “pequenez”, a Virgem noiva de José experimenta a debilidade e a dificuldade de compreender a vontade misteriosa de Deus (cf. Lc 1, 34). Também Ela é chamada a viver o êxodo de si mesma e dos seus projetos, aprendendo a entregar-se e a confiar.
Fazendo memória das “maravilhas” que o Todo-Poderoso realizou nela (cf. Lc 1, 49), a Virgem não se sente sozinha, mas plenamente amada e apoiada pelo Não temas! do anjo (cf. Lc 1, 30). Consciente de que Deus está com Ela, Maria abre o seu coração ao Eis-me!, inaugurando deste modo o caminho do Evangelho (cf. Lc 1, 38). Mulher da intercessão (cf. Jo 2, 3), diante da cruz do Filho, unida ao “discípulo amado”, aceita novamente o chamado a ser fecunda e a gerar a vida na história dos homens. Nos seus olhos cada jovem pode voltar a descobrir a beleza do discernimento, e no seu coração pode experimentar a ternura da intimidade e a coragem do testemunho e da missão.

Ir. Mery Elizabeth de Sousa, fsp

Fonte: DOCUMENTO PREPARATÓRIO - SÍNODO DOS BISPOS 2018 - XV ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA - Os jovens, a fé e o discernimento vocacional.


domingo, 28 de maio de 2017

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA O 51ª DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

 Tema: «“Não tenhas medo, que Eu estou contigo” (Is 43, 5). 
Comunicar esperança e confiança, no nosso tempo»
[28 de maio de 2017]

Graças ao progresso tecnológico, o acesso aos meios de comunicação possibilita a muitas pessoas ter conhecimento quase instantâneo das notícias e divulgá-las de forma capilar. Estas notícias podem ser boas ou más, verdadeiras ou falsas. Já os nossos antigos pais na fé comparavam a mente humana à mó da azenha que, movida pela água, não se pode parar. Mas o moleiro encarregado da azenha tem possibilidades de decidir se quer moer, nela, trigo ou joio. A mente do homem está sempre em ação e não pode parar de «moer» o que recebe, mas cabe a nós decidir o material que lhe fornecemos (cf. Cassiano o Romano, Carta a Leôncio Igumeno).
Gostaria que esta mensagem pudesse chegar como um encorajamento a todos aqueles que diariamente, seja no âmbito profissional seja nas relações pessoais, «moem» tantas informações para oferecer um pão fragrante e bom a quantos se alimentam dos frutos da sua comunicação. A todos quero exortar a uma comunicação construtiva, que, rejeitando os preconceitos contra o outro, promova uma cultura do encontro por meio da qual se possa aprender a olhar, com convicta confiança, a realidade.
Creio que há necessidade de romper o círculo vicioso da angústia e deter a espiral do medo, resultante do hábito de se fixar a atenção nas «notícias más» (guerras, terrorismo, escândalos e todo o tipo de falimento nas vicissitudes humanas). Não se trata, naturalmente, de promover desinformação onde seja ignorado o drama do sofrimento, nem de cair num otimismo ingénuo que não se deixe tocar pelo escândalo do mal. Antes, pelo contrário, queria que todos procurássemos ultrapassar aquele sentimento de mau-humor e resignação que muitas vezes se apodera de nós, lançando-nos na apatia, gerando medos ou a impressão de não ser possível pôr limites ao mal. Aliás, num sistema comunicador onde vigora a lógica de que uma notícia boa não desperta a atenção, e por conseguinte não é uma notícia, e onde o drama do sofrimento e o mistério do mal facilmente são elevados a espetáculo, podemos ser tentados a anestesiar a consciência ou cair no desespero.
Gostaria, pois, de dar a minha contribuição para a busca dum estilo comunicador aberto e criativo, que não se prontifique a conceder papel de protagonista ao mal, mas procure evidenciar as possíveis soluções, inspirando uma abordagem propositiva e responsável nas pessoas a quem se comunica a notícia. A todos queria convidar a oferecer aos homens e mulheres do nosso tempo relatos permeados pela lógica da «boa notícia».
A boa notícia
A vida do homem não se reduz a uma crónica asséptica de eventos, mas é história, e uma história à espera de ser contada através da escolha duma chave interpretativa capaz de selecionar e reunir os dados mais importantes. Em si mesma, a realidade não tem um significado unívoco. Tudo depende do olhar com que a enxergamos, dos «óculos» que decidimos pôr para a ver: mudando as lentes, também a realidade aparece diversa. Então, qual poderia ser o ponto de partida bom para ler a realidade com os «óculos» certos?
Para nós, cristãos, os óculos adequados para decifrar a realidade só podem ser os da boa notícia: partir da Boa Notícia por excelência, ou seja, o «Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus» (Mc 1, 1). É com estas palavras que o evangelista Marcos começa a sua narração: com o anúncio da «boa notícia», que tem a ver com Jesus; mas, mais do que uma informação sobre Jesus, a boa notícia é o próprio Jesus. Com efeito, ao ler as páginas do Evangelho, descobre-se que o título da obra corresponde ao seu conteúdo e, principalmente, que este conteúdo é a própria pessoa de Jesus.
Esta boa notícia, que é o próprio Jesus, não se diz boa porque nela não se encontra sofrimento, mas porque o próprio sofrimento é vivido num quadro mais amplo, como parte integrante do seu amor ao Pai e à humanidade. Em Cristo, Deus fez-Se solidário com toda a situação humana, revelando-nos que não estamos sozinhos, porque temos um Pai que nunca pode esquecer os seus filhos. «Não tenhas medo, que Eu estou contigo» (Is 43, 5): é a palavra consoladora de um Deus desde sempre envolvido na história do seu povo. No seu Filho amado, esta promessa de Deus – «Eu estou contigo» – assume toda a nossa fraqueza, chegando ao ponto de sofrer a nossa morte. N’Ele, as próprias trevas e a morte tornam-se lugar de comunhão com a Luz e a Vida. Nasce, assim, uma esperança acessível a todos, precisamente no lugar onde a vida conhece a amargura do falimento. Trata-se duma esperança que não dececiona, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações (cf. Rm 5, 5) e faz germinar a vida nova, como a planta cresce da semente caída na terra. Visto sob esta luz, qualquer novo drama que aconteça na história do mundo torna-se cenário possível também duma boa notícia, uma vez que o amor consegue sempre encontrar o caminho da proximidade e suscitar corações capazes de se comover, rostos capazes de não se abater, mãos prontas a construir.
A confiança na semente do Reino
Para introduzir os seus discípulos e as multidões nesta mentalidade evangélica e entregar-lhes os «óculos» adequados para se aproximar da lógica do amor que morre e ressuscita, Jesus recorria às parábolas, nas quais muitas vezes se compara o Reino de Deus com a semente, cuja força vital irrompe precisamente quando morre na terra (cf. Mc 4, 1-34). O recurso a imagens e metáforas para comunicar a força humilde do Reino não é um modo de reduzir a sua importância e urgência, mas a forma misericordiosa que deixa, ao ouvinte, o «espaço» de liberdade para a acolher e aplicar também a si mesmo. Além disso, é o caminho privilegiado para expressar a dignidade imensa do mistério pascal, deixando que sejam as imagens – mais do que os conceitos – a comunicar a beleza paradoxal da vida nova em Cristo, onde as hostilidades e a cruz não anulam, mas realizam a salvação de Deus, onde a fraqueza é mais forte do que qualquer poder humano, onde o falimento pode ser o prelúdio da maior realização de tudo no amor. Na verdade, é precisamente assim que amadurece e se entranha a esperança do Reino de Deus, ou seja, «como um homem que lançou a semente à terra. Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce» (Mc 4, 26-27).
O Reino de Deus já está no meio de nós, como uma semente escondida a um olhar superficial e cujo crescimento acontece no silêncio. Mas quem tem olhos, tornados limpos pelo Espírito Santo, consegue vê-lo germinar e não se deixa roubar a alegria do Reino por causa do joio sempre presente.
Os horizontes do Espírito
A esperança fundada na boa notícia que é Jesus faz-nos erguer os olhos e impele-nos a contemplá-Lo no quadro litúrgico da Festa da Ascensão. Aparentemente o Senhor afasta-Se de nós, quando na realidade são os horizontes da esperança que se alargam. Pois em Cristo, que eleva a nossa humanidade até ao Céu, cada homem e cada mulher consegue ter «plena liberdade para a entrada no santuário por meio do sangue de Jesus. Ele abriu para nós um caminho novo e vivo através do véu, isto é, da sua humanidade» (Heb 10, 19-20). Através «da força do Espírito Santo»,podemos ser «testemunhas»e comunicadores duma humanidade nova, redimida, «até aos confins da terra»(cf. At 1, 7-8).
A confiança na semente do Reino de Deus e na lógica da Páscoa não pode deixar de moldar também o nosso modo de comunicar. Tal confiança que nos torna capazes de atuar – nas mais variadas formas em que acontece hoje a comunicação – com a persuasão de que é possível enxergar e iluminar a boa notícia presente na realidade de cada história e no rosto de cada pessoa.
Quem, com fé, se deixa guiar pelo Espírito Santo, torna-se capaz de discernir em cada evento o que acontece entre Deus e a humanidade, reconhecendo como Ele mesmo, no cenário dramático deste mundo, esteja compondo a trama duma história de salvação. O fio, com que se tece esta história sagrada, é a esperança, e o seu tecedor só pode ser o Espírito Consolador. A esperança é a mais humilde das virtudes, porque permanece escondida nas pregas da vida, mas é semelhante ao fermento que faz levedar toda a massa. Alimentamo-la lendo sem cessar a Boa Notícia, aquele Evangelho que foi «reimpresso» em tantas edições nas vidas dos Santos, homens e mulheres que se tornaram ícones do amor de Deus. Também hoje é o Espírito que semeia em nós o desejo do Reino, através de muitos «canais» vivos, através das pessoas que se deixam conduzir pela Boa Notícia no meio do drama da história, tornando-se como que faróis na escuridão deste mundo, que iluminam a rota e abrem novas sendas de confiança e esperança.
Vaticano, 24 de janeiro – Memória de São Francisco de Sales – do ano de 2017.
Franciscus

Site: w2.vatican.va

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Os jovens, a fé e o discernimento vocacional - Parte 4

Lugares - A vida quotidiana e o compromisso social 

Tornar-se adulto significa aprender a gerir autonomamente dimensões da vida que são fundamentais e, ao mesmo tempo, quotidianas: a utilização do tempo e do dinheiro, o estilo de vida e de consumo, o estudo e o tempo livre, a roupa e a comida, a vida afetiva e a sexualidade. Esta aprendizagem, que inevitavelmente os jovens devem enfrentar, é a ocasião para colocar em ordem a própria vida e as suas prioridades, experimentando percursos de escolha que podem tornar-se uma escola de discernimento e consolidar a orientação pessoal, tendo em vista as decisões mais importantes: quanto mais autêntica for a fé, tanto mais interpelará a vida quotidiana e por ela se deixará interrogar. 
Merecem uma menção particular as experiências, muitas vezes difíceis ou problemáticas, da vida de trabalho ou relativas à falta de trabalho: também elas constituem uma ocasião para compreender ou aprofundar a própria vocação.Os pobres gritam e, juntamente com eles, também a terra: o compromisso a ouvir pode ser uma ocasião concreta de encontro com o Senhor e com a Igreja, bem como de descoberta da própria vocação. Como ensina o Papa Francisco, as ações comunitárias mediante as quais cuidamos da casa comum e da qualidade de vida dos pobres, “quando exprimem um amor que se doa, podem transformar-se em experiências espirituais intensas” (Laudato si’, 232), e, portanto, também em oportunidades de caminho e de discernimento vocacional.

Ir. Mery Elizabeth de Sousa, fsp


Fonte: DOCUMENTO PREPARATÓRIO - SÍNODO DOS BISPOS 2018 - XV ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA - Os jovens, a fé e o discernimento vocacional.

terça-feira, 23 de maio de 2017

#PatiuMissão #DespertarVocacional

#PartiuMissão. Na noite do dia 19 a 20 de Maio, Ir. Gabrielle Bezerra, fsp  assessorou na casa de Retiro dos Capucinhos, Fazenda Esperança, distrito de Manaus-AM, um retiro para os jovens crismandos da Paróquia Santo Antônio e comunidades. O tema do encontro foi: O semeador saiu para semear e o lema: Missão do Pai, do Filho e do Espírito Santo e nossa missão. Neste encontro, aconteceram momentos de convivência, oração, animação, partilhas e reflexões. O Objetivo do encontro foi despertar em cada jovem a convicção de que eles são chamados por Deus a uma missão específica na Igreja frente à riqueza da diversidade dos carismas e dons. Os jovens foram convidados a abrir o coração para um encontro pessoal com Jesus pela a ação do Espírito Santo, para que ao receber o sacramento da crisma assumam que Jesus é o único caminho que leva a felicidade. “Foi essencial trabalhar as vocações específicas dentro do plano da criação de Deus, para que eles compreendessem que além da carreira que desejam conquistar (fazer) é preciso pensar na vocação (ser)”, destaca Ir. Gabrielle Bezerra, fsp.

“Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho” 
(1 cor 9, 16)

 Na manhã do dia 21 Maio, Ir. Gabrielle Bezerra e as jovens vocacionadas Camila Padillha e Letícia estiveram na comunidade Sagrado coração de Maria - Área Missionária Santa Rita de Cássia em Manaus-AM, para falar com os jovens e padrinhos dos criamandos sobre o tema: Somos chamados a quê?  O encontro iniciou-se com a celebração da Palavra, realizada pelos ministros da comunidade, logo após tiveram café partilhado, momento de animação com os jovens e o desenvolvimento do tema do despertar vocacional por Ir. Gabrielle e jovens vocacionadas paulinas, elas trabalharam com dinâmicas sobre a vocação e finalizaram com o filme: DESPERTAR PARA SONHAR, na qual refletiram sobre o chamado que Deus faz a cada um. Durante a parte da amanhã foi trabalhado esses aspectos focando nas vocações específicas numa perspectiva de que cada ser humano é chamado a ser livre e feliz na escolha vocacional.
Responder ao chamado, ser missionário, comprometer-se com o Evangelho, eis as motivações desse encontro, assim como nos adverte o Papa Francisco: “Jovens, por favor, não se coloquem na cauda da história. Sejam protagonistas. Joguem no ataque! Chutem para frente, construam um mundo melhor, de irmãos, de justiça, de amor, de paz, de fraternidade, de solidariedade. Joguem para frente”.

Ir. Gabrielle Bezerra, fsp


domingo, 21 de maio de 2017

Os jovens, a fé e o discernimento vocacional - Parte3

Percursos de vocação e missão 
       
O discernimento vocacional não se completa com um único ato, não obstante na narração de cada vocação seja possível identificar momentos ou encontros decisivos. Como todas as realidades importantes da vida, também o discernimento vocacional é um processo longo, que se desenvolve ao longo do tempo, durante o qual é preciso continuar a velar sobre as indicações com as quais o Senhor determina e especifica uma vocação, que é primorosamente pessoal e irrepetível. 
O Senhor pediu a Abraão e Sara que partissem, mas foi somente num caminho progressivo e não sem passos falsos que se esclareceu qual era a inicialmente misteriosa “terra que Eu te mostrarei” (Gn 12, 1). A própria Maria progride na consciência da sua própria vocação através da meditação sobre as palavras que ouve e os eventos que lhe acontecem, inclusive aqueles que Ela não compreende (cf. Lc 2, 50-51).
O tempo é fundamental para verificar a orientação efetiva da decisão tomada. Como ensina cada página do texto bíblico, não existe vocação que não seja ordenada para uma missão acolhida com temor ou com entusiasmo.
Aceitar a missão implica a disponibilidade de arriscar a própria vida e percorrer o caminho da cruz, nos passos de Jesus que, com determinação, se pôs a caminho rumo a Jerusalém (cf. Lc 9, 51) para entregar a própria vida pela humanidade. Só se a pessoa renunciar a ocupar o centro da cena com as suas próprias necessidades é que se abrirá o espaço para receber o projeto de Deus sobre a vida familiar, o ministério ordenado ou a vida consagrada, assim como para desempenhar com rigor a própria profissão e buscar sinceramente o bem comum. 
Em particular nos lugares onde a cultura é mais profundamente marcada pelo individualismo, é necessário averiguar quanto as escolhas são ditadas pela própria autorrealização narcisista e, ao contrário, em que medida elas abrangem a disponibilidade a viver a existência pessoal na lógica do dom generoso de si mesmo. É por isso que o contato com a pobreza, a vulnerabilidade e a carência revestem uma grande importância nos percursos de discernimento vocacional. No que se refere aos futuros pastores, é oportuno acima de tudo avaliar e promover o crescimento da disponibilidade a deixar-se impregnar pelo “cheiro de ovelhas”.

Ir. Mery Elizabeth de Sousa, fsp



Fonte: DOCUMENTO PREPARATÓRIO - SÍNODO DOS BISPOS 2018 - XV ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA - Os jovens, a fé e o discernimento vocacional.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

#IrmãsPaulinas#2ªRomariadaJuventude

Em Aparecida do Norte, na Romaria Nacional da Juventude, nos dias 29 e 30 de abril, jovens de todo o Brasil se reuniram na casa da mãe Aparecida para celebrar a alegria de ser jovem.
Como não poderiam faltar, as Irmãs, Noviças, Postulantes e Aspirantes Paulinas se fizeram presentes participando da Romaria e reafirmando a comunhão com todos os jovens romeiros presentes ali.
Haviam tendas direcionadas para as diversas formas e expressões juvenis presentes na nossa Igreja, (PJ’s, Novas comunidades, Congregações e Movimentos), o evento foi marcado pela comemoração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora no rio Paraíba, os 10 anos do Doc. 85.
A Romaria aconteceu contemporaneamente à Assembleia da CNBB, o que possibilitou a participação assídua dos Bispos com catequeses, que aconteciam nas respectivas tendas, baseadas no tema: Maria e a Doutrina Social da Igreja. Via-se a interação dos Jovens e dos Bispos, e o desejo de crescer como Igreja que busca mostrar seu rosto jovem para a humanidade.
Para nós, Irmãs é sempre uma alegria poder reafirmar nosso compromisso com aqueles que, como nos ensinou nosso fundador, Padre Tiago Alberione, “São a manhã da vida, a semente de onde brota tudo”, os Jovens! Por isso, nossa gratidão a Deus em poder estar junto a estes que, como nos lembra o documento de Puebla, devem ser prioridade na missão, na vida e na opção cotidiana.
Que venham outras Romarias, que hajam mais jovens comprometidos com a Igreja, buscando no dia a dia encontrar-se como pessoa, como cristão, como filhos e filhas de Deus, que ama e chama para servir e amar a humanidade que caminha nos rumos da história. 
Texto e Fotos: Irmã Gizele Barbosa, fsp

Confira  abaixo algumas fotos deste momento de fé.






segunda-feira, 8 de maio de 2017

Os jovens, a fé e o discernimento vocacional - Parte 2

Três verbos que caracteriz@m o dom do discernimento

Reconhecer - O reconhecimento diz respeito antes de tudo aos efeitos que os acontecimentos da minha vida, as pessoas com as quais me encontro, as palavras que ouço ou que leio produzem na minha interioridade: uma variedade de “desejos, sentimentos, emoções” (Amoris laetitia, 143) de natureza muito diferente: tristeza, obscuridade, plenitude, medo, alegria, paz, sensação de vazio, ternura, raiva, esperança, tibieza, etc. Sinto-me atraído ou impelido numa pluralidade de direções, sem que nenhuma delas me pareça como aquela que claramente devo tomar; é o momento dos altos e baixos, e em certos casos de uma autêntica luta interior. Reconhecer requer que se traga à tona esta riqueza emocional e que se mencionem estas paixões, mas sem as julgar. Exige também que se sinta o “gosto” que elas deixam, ou seja, a consonância ou dissonância entre o que eu experimento e aquilo que existe de mais profundo em mim. Nesta fase a Palavra de Deus reveste uma grande importância: com efeito, meditá-la põe em movimento as paixões, assim como todas as experiências de contato com a própria interioridade, mas ao mesmo tempo oferece uma possibilidade de as fazer sobressair, identificando-se nas vicissitudes que ela narra. A fase do reconhecimento coloca no centro a capacidade de escuta e a afetividade da pessoa, sem se subtrair por medo ao cansaço do silêncio. Trata-se de uma passagem fundamental no percurso de amadurecimento pessoal, de maneira particular para os jovens que experimentam com maior intensidade o vigor dos desejos e podem sentir-se também assustados diante deles, talvez renunciando aos grandes passos para os quais contudo se sentem impelidos.
Interpret@r - Não é suficiente reconhecer aquilo que nós experimentamos: é necessário “interpretá-lo” ou, em outras palavras, compreender para o que o Espírito nos chama através daquilo que suscita em cada um. Muitas vezes detemo-nos a narrar uma experiência, ressaltando que “ficamos deveras impressionados”. Mais difícil é compreender a origem e o significado dos desejos e das emoções sentidas e avaliar se eles nos orientam numa direção construtiva ou, pelo contrário, se nos levam a fechar-nos em nós mesmos.
Esta fase de interpretação é muito delicada; exige paciência, vigilância e também uma certa aprendizagem. Devemos ter a capacidade de estar cientes dos efeitos dos condicionamentos sociais e psicológicos. Isto requer que se ponham em campo também as próprias faculdades intelectuais, contudo sem cair no risco de construir teorias abstratas sobre aquilo que seria bom ou bonito fazer: até no discernimento, “a realidade é superior à ideia” (Evangelii gaudium, 231). Na interpretação, não podemos nem sequer descuidar do confronto com a realidade e a consideração das possibilidades que objetivamente temos à disposição.
Para interpretar os desejos e os impulsos interiores é necessário confrontar-se honestamente, à luz da Palavra de Deus, também com as exigências morais da vida cristã, procurando inseri-las sempre na situação concreta de vida. Este esforço impele quem o envida a não se contentar com a lógica legalista do mínimo indispensável, procurando ao contrário o modo de valorizar da melhor maneira os dons pessoais e as próprias possibilidades: por isso, trata-se de uma proposta atraente e estimulante para os jovens.
Este trabalho de interpretação realiza-se num diálogo interior com o Senhor, com a ativação de todas as capacidades da pessoa; no entanto, a ajuda de um especialista na escuta do Espírito constitui um apoio inestimável, que a Igreja oferece e do qual é pouco prudente não lançar mão.
Escolher - Uma vez reconhecido e interpretado o mundo dos desejos e das paixões, o ato de decidir torna-se exercício de autêntica liberdade humana e de responsabilidade pessoal, obviamente sempre situadas e portanto limitadas. Por conseguinte, a escolha subtrai-se à força cega dos instintos, aos quais um certo relativismo contemporâneo acaba por atribuir o papel de critério último, aprisionando a pessoa na volubilidade. Ao mesmo tempo, liberta-se da sujeição a instâncias externas à pessoa e, portanto, heterónomas, exigindo igualmente uma coerência de vida. [...] A decisão deve ser posta à prova dos acontecimentos, tendo em vista a sua confirmação. A escolha não pode permanecer prisioneira numa interioridade que corre o risco de permanecer virtual ou irrealista – trata-se de um perigo acentuado na cultura contemporânea – mas é chamada a traduzir-se em ação, a encarnar, a dar início a um percurso, aceitando o risco de se confrontar com aquela realidade que tinha posto em movimento desejos e emoções. Nesta fase surgirão outros ainda: reconhecê-los e interpretá-los permitirá confirmar a bondade da decisão tomada ou aconselhará a revê-la. Por isso, é importante “sair” também do medo de errar que, como vimos, pode tornar-se paralisante.

Ir. Mery Elizabeth de Sousa, fsp

Fonte: DOCUMENTO PREPARATÓRIO - SÍNODO DOS BISPOS 2018 - XV ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA - Os jovens, a fé e o discernimento vocacional.


domingo, 7 de maio de 2017

#SerVocacionado


Mensagem do Papa Francisco

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
PARA O 54º DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
(7 de maio de 2017 - IV Domingo da Páscoa)

Tema: «Impelidos pelo Espírito para a missão»

Amados irmãos e irmãs!
Nos anos passados, tivemos ocasião de refletir sobre dois aspetos que dizem respeito à vocação cristã: o convite a «sair de si mesmo» para pôr-se à escuta da voz do Senhor e a importância da comunidade eclesial como lugar privilegiado onde nasce, alimenta e se exprime a chamada de Deus.
Agora, no 54º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, gostaria de me deter na dimensão missionária da vocação cristã. Quem se deixou atrair pela voz de Deus e começou a seguir Jesus, rapidamente descobre dentro de si mesmo o desejo irreprimível de levar a Boa Nova aos irmãos, através da evangelização e do serviço na caridade. Todos os cristãos são constituídos missionários do Evangelho. Com efeito, o discípulo não recebe o dom do amor de Deus para sua consolação privada; não é chamado a ocupar-se de si mesmo nem a cuidar dos interesses duma empresa; simplesmente é tocado e transformado pela alegria de se sentir amado por Deus e não pode guardar esta experiência apenas para si mesmo: «a alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade dos discípulos, é uma alegria missionária» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 21).
Por isso, o compromisso missionário não é algo que vem acrescentar-se à vida cristã como se fosse um ornamento, mas, pelo contrário, situa-se no âmago da própria fé: a relação com o Senhor implica ser enviados ao mundo como profetas da sua palavra e testemunhas do seu amor.
Se experimentamos em nós muita fragilidade e às vezes podemos sentir-nos desanimados, devemos levantar a cabeça para Deus, sem nos fazermos esmagar pelo sentimento de inaptidão nem cedermos ao pessimismo, que nos torna espetadores passivos duma vida cansada e rotineira. Não há lugar para o temor: o próprio Deus vem purificar os nossos «lábios impuros», tornando-nos aptos para a missão. «“Foi afastada a tua culpa e apagado o teu pecado!” Então, ouvi a voz do Senhor que dizia: “Quem enviarei? Quem será o nosso mensageiro?” Então eu disse: “Eis-me aqui, envia-me”» (Is 6, 7-8).
Cada discípulo missionário sente, no seu coração, esta voz divina que o convida a «andar de lugar em lugar» no meio do povo, como Jesus, «fazendo o bem e curando» a todos (cf. At 10, 38). Com efeito, já tive ocasião de lembrar que, em virtude do Batismo, cada cristão é um «cristóforo» ou seja, «um que leva Cristo» aos irmãos (cf. Francisco, Catequese, 30 de janeiro de 2016). Isto vale de forma particular para as pessoas que são chamadas a uma vida de especial consagração e também para os sacerdotes, que generosamente responderam «eis-me aqui, envia-me». Com renovado entusiasmo missionário, são chamados a sair dos recintos sagrados do templo, para consentir à ternura de Deus de transbordar a favor dos homens (cf. Francisco, Homilia na Missa Crismal, 24 de março de 2016). A Igreja precisa de sacerdotes assim: confiantes e serenos porque descobriram o verdadeiro tesouro, ansiosos por irem fazê-lo conhecer jubilosamente a todos (cf. Mt 13,44).
Com certeza não faltam as interrogações ao falarmos da missão cristã: Que significa ser missionário do Evangelho? Quem nos dá a força e a coragem do anúncio? Qual é a lógica evangélica em que se inspira a missão? Podemos dar resposta a estas questões, contemplando três cenas evangélicas: o início da missão de Jesus na sinagoga de Nazaré (cf. Lc 4, 16-30); o caminho que Ele, Ressuscitado, fez com os discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-35); e, por último, a parábola da semente (cf. Mc 4, 26-27).
Jesus é ungido pelo Espírito e enviado. Ser discípulo missionário significa participar ativamente na missão de Cristo, que Ele próprio descreve na sinagoga de Nazaré: «O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque Me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-Me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor» (Lc 4, 18-19). Esta é também a nossa missão: ser ungidos pelo Espírito e ir ter com os irmãos para lhes anunciar a Palavra, tornando-nos um instrumento de salvação para eles.
Jesus vem colocar-Se ao nosso lado no caminho. Perante as interrogações que surgem do coração humano e os desafios que se levantam da realidade, podemos sentir-nos perdidos e notar um défice de energia e esperança. Há o risco de que a missão cristã apareça como uma mera utopia irrealizável ou, em todo o caso, uma realidade que supera as nossas forças. Mas, se contemplarmos Jesus Ressuscitado, que caminha ao lado dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-15), é possível reavivar a nossa confiança; nesta cena evangélica, temos uma autêntica e real «liturgia da estrada», que precede a da Palavra e da fração do Pão e nos faz saber que, em cada passo nosso, Jesus está junto de nós. Os dois discípulos, feridos pelo escândalo da cruz, estão de regresso a casa percorrendo o caminho da derrota: levam no coração uma esperança despedaçada e um sonho que não se realizou. Neles, a tristeza tomou o lugar da alegria do Evangelho. Que faz Jesus? Não os julga, percorre a própria estrada deles e, em vez de erguer um muro, abre uma nova brecha. Pouco a pouco transforma o seu desânimo, inflama o seu coração e abre os seus olhos, anunciando a Palavra e partindo o Pão. Da mesma forma, o cristão não carrega sozinho o encargo da missão, mas experimenta – mesmo nas fadigas e incompreensões – que «Jesus caminha com ele, fala com ele, respira com ele, trabalha com ele. Sente Jesus vivo com ele, no meio da tarefa missionária» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 266).
Jesus faz germinar a semente. Por fim, é importante aprender do Evangelho o estilo de anúncio. Na verdade, acontece não raro, mesmo com a melhor das intenções, deixar-se levar por um certo frenesim de poder, pelo proselitismo ou o fanatismo intolerante. O Evangelho, pelo contrário, convida-nos a rejeitar a idolatria do sucesso e do poder, a preocupação excessiva pelas estruturas e uma certa ânsia que obedece mais a um espírito de conquista que de serviço. A semente do Reino, embora pequena, invisível e às vezes insignificante, cresce silenciosamente graças à ação incessante de Deus: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como» (Mc 4, 26-27). A nossa confiança primeira está aqui: Deus supera as nossas expetativas e surpreende-nos com a sua generosidade, fazendo germinar os frutos do nosso trabalho para além dos cálculos da eficiência humana.
Com esta confiança evangélica abrimo-nos à ação silenciosa do Espírito, que é o fundamento da missão. Não poderá jamais haver pastoral vocacional nem missão cristã, sem a oração assídua e contemplativa. Neste sentido, é preciso alimentar a vida cristã com a escuta da Palavra de Deus e sobretudo cuidar da relação pessoal com o Senhor na adoração eucarística, «lugar» privilegiado do encontro com Deus.
É esta amizade íntima com o Senhor que desejo vivamente encorajar, sobretudo para implorar do Alto novas vocações ao sacerdócio e à vida consagrada. O povo de Deus precisa de ser guiado por pastores que gastam a sua vida ao serviço do Evangelho. Por isso, peço às comunidades paroquiais, às associações e aos numerosos grupos de oração presentes na Igreja: sem ceder à tentação do desânimo, continuai a pedir ao Senhor que mande operários para a sua messe e nos dê sacerdotes enamorados do Evangelho, capazes de se aproximar dos irmãos, tornando-se assim sinal vivo do amor misericordioso de Deus.
Amados irmãos e irmãs, é possível ainda hoje voltar a encontrar o ardor do anúncio e propor, sobretudo aos jovens, o seguimento de Cristo. Face à generalizada sensação duma fé cansada ou reduzida a meros «deveres a cumprir», os nossos jovens têm o desejo de descobrir o fascínio sempre atual da figura de Jesus, de deixar-se interpelar e provocar pelas suas palavras e gestos e, enfim, sonhar – graças a Ele – com uma vida plenamente humana, feliz de gastar-se no amor.
Maria Santíssima, Mãe do nosso Salvador, teve a coragem de abraçar este sonho de Deus, pondo a sua juventude e o seu entusiasmo nas mãos d’Ele. Que a sua intercessão nos obtenha a mesma abertura de coração, a prontidão em dizer o nosso «Eis-me aqui» à chamada do Senhor e a alegria de nos pormos a caminho, como Ela (cf. Lc 1, 39), para O anunciar ao mundo inteiro.
Cidade do Vaticano, 27 de novembro – I Domingo do Advento – de 2016.

Franciscus

Site: W2.vatican.va
Link: https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/vocations/documents/papa-francesco_20161127_54-messaggio-giornata-mondiale-vocazioni.html

sexta-feira, 5 de maio de 2017

#IrmãsPaulinas#Missão#Fé

Deus é muito criativo!

Dos dias 28 a 30 de Abril, Ir. Gabrielle Bezerra, FSP visitou em Maués, cidade no interior do Amazonas, a família das jovens vocacionadas: Paula Sabrina e Josiehte Macedo. As jovens manifestaram gratidão e alegria com a presença da Irmã em suas famílias. Foi com satisfação que os familiares a acolheram para partilhar a proposta do discipulado de Jesus e expressar o apoio no seguimento a Jesus na vida religiosa consagrada. Com certeza, foi importante conhecer o solo sagrado de onde provêm as jovens com sua fé e riqueza de cultura.

Ir. Gabrielle partilha conosco sua experiência: “parti de Manaus-AM de ônibus na manhã do dia 28 com desembarque no porto fluvial de Itacoatiara-AM e de lá segui viagem de lancha a cidade de Maués-AM chegando por volta das 16:30. quando cheguei na casa paroquial para ficar hospedada fui bem acolhida pelos padres diocesanos. Quem me acompanhou nas visitas foi Pe. Luiz, ele é responsável pela animação vocacional.
No mesmo dia 28 a tarde eu e Pe. Luiz estivemos na família de Paula Sabrina que ao nos encontrar manifestou sua felicidade por nossa presença em sua casa. Durante a visita Paula nos contou que seu primeiro contato com as irmãs paulinas foi através dos folhetos vocacionais que estavam sobre uma mesa num dos encontros do ROV em Parintins-AM. Ela se identificou com o carisma da comunicação porque exerce a assessoria de comunicação no movimento da RCC e decidiu entrar em contato para conhecer mais de perto a missão paulina.

Manhã, 29, nosso destino foi a comunidade Nossa Senhora de Nazaré, partimos com fé pelo Rio Apocuitaua para chegarmos à casa da jovem Josieth Macedo. “Durante o percurso é impossível não se sentir em estado de graça, pois a gratuidade do amor de Deus pelo universo nos coloca numa atitude de reverência à obra do Criador. Os sentimentos borbulham em nosso coração de gratidão, alegria e pequenez diante da natureza. Nosso Deus é muito criativo!”
Já nos aproximava-mos da comunidade quando percebi que o ruído da lancha despertou nas crianças a curiosidade de vir rapidamente em direção ao rio e observar quem estaria chegando. “A sensação que tive em relação àquelas crianças lindas é que elas esperam novidade, e ver alguém chegando é sinal de esperança. Pensei comigo: Não tenho ouro nem prata, mas um sorriso e palavras de estima vos ofereço, assim fiz”.
Logo, veio Josieth contente por estarmos ali no seu habitat, nos recebeu e levou-nos para conhecer sua comunidade e famíliares. Foi uma graça estar com os seus e compartilhar a vida no serviço a igreja, bem como os anseios em levar o Reino de Deus a mais pessoas: “Não nos cansemos de fazer o bem, disse nosso Pai São Paulo”.

Josieth aproveitou nosso retorno a Maués e veio conosco com o objetivo de participar no dia seguinte da Abertura dos Encontros Vocacionais. Mas, antes de retornarmos seguimos rio adentro a comunidade Bom Pastor para uma breve visita a casa da jovem Iza Judite, jovem que nos acompanhou desde a cidade a convite de Pe. Luiz e depois manifestou interesse em conhecer a vida e vocação paulina. Voltando a cidade nos restava o silencio e o sorriso diante da infinitude do amor de Deus pela criação.
Dia 30 pela manhã parti de moto com Pe. Luiz a comunidade de São Francisco para a celebração Eucarística. E, logo às 9:30 deu-se início na Matriz, propriamente no Centro São João Paulo II, a Abertura Encontros vocacionais com o tema: Vocação, o encontro de duas liberdades. De Deus que chama para permanecer nele e da resposta humana em vista da felicidade. Com a presença de jovens e adolescentes e equipe de animação da Pastoral Vocacional.
Foi um sinal de esperança, animação e despertar aos jovens para que neste caminho de descobertas encontrem com responsabilidade e liberdade qual a vocação o Senhor chama a viver com felicidade. A tarde do dia 30, Pe. Marcílio e Pe. Luiz foram me deixar no barco para seguir navegação de volta a cidade de Manaus-AM onde cheguei dia 01 de Maio à tarde.
Gosto mesmo é de poder contemplar essas coisas que me falam de ti. Essas coisas que me falam do céu e da terra (Música: Gosto de poder contemplar, Pe. Zezinho)

Ir. Gabrielle Bezerra, fsp



quinta-feira, 4 de maio de 2017

#MissãoPaulina#Juventude#Fé

Irmãs Paulinas semeiam a Palavra de Deus no meio da juventude 

No fim de semana dos dias 22 e 23 de abril, as Irmãs Fabíola Medeiros e Viviane Rodrigues marcaram presença com os jovens e catequistas da Paróquia Nossa Senhora da Luz em Pedra Lavrada, na Paraíba. A oportunidade serviu para semear a Palavra de Deus nas dimensões vocacional, com a juventude, e catequética, com os catequistas.

A alegria, a acolhida e a sede que eles tinham de receber a formação ministrada pela Irmã Fabíola demonstravam um desejo de viver e continuar a missão de Jesus, além de fazer a diferença na missão desempenhada na paróquia e comunidade.  

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Os jovens, a fé e o discernimento vocacional

Fé e Vocação
“Não fostes vós que me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi".

Enquanto participação no modo de ver de Jesus (cf. Lumen fidei, 18), a fé é a fonte do discernimento vocacional, porque oferece os seus conteúdos fundamentais, as suas articulações específicas, o seu estilo singular e a pedagogia que lhe é própria. Receber este dom da graça com alegria e disponibilidade requer que ele se torne fecundo através de escolhas de vida concretas e coerentes.
“Não fostes vós que me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi e vos constituí para irdes e dardes fruto, e para que o vosso fruto permaneça. Foi assim que vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai, em meu nome, Ele vo-lo conceda. O que vos mando é que vos ameis uns aos outros” (Jo 15, 16-17). Se a vocação à alegria do amor é o apelo fundamental que Deus inscreve no coração de cada jovem, a fim de que a sua experiência possa dar fruto, a fé é dom do alto e, ao mesmo tempo, resposta ao sentir-se escolhido e amado. 

Ir. Mery Elizabeth de Sousa, fsp

Fonte: DOCUMENTO PREPARATÓRIO - SÍNODO DOS BISPOS 2018 - XV ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA - Os jovens, a fé e o discernimento vocacional.