quinta-feira, 27 de março de 2014

Catequese com Leitura Orante

Catequese com Leitura Orante - Padre Leomar Brustolin

A coleção Catequese com Leitura Orante é o resultado de uma experiência catequética realizada em comunidades que procuram implantar a Lectio Divina e o estilo catecumenal na Iniciação à Vida Cristã de crianças e jovens em preparação à Eucaristia e à Crisma.
www.paulinas.org.br
0800 70 100 81

Convivência Vocacional em BH

Neste tempo especial em que os apelos de Deus nos ajudam a traduzir em gestos concretos nossa fé no Senhor, nossa comunidade das Irmãs Paulinas de Belo Horizonte, acolheu neste último fim de semana, 21 a 23 de março, as seguintes jovens:
Entre tantos momentos enriquecedores de partilha e aprofundamento da fé e do chamado de Deus, tivemos a alegria de conhecer um pouco mais sobre a vida do grande apóstolo são Paulo, experiência compartilhada pela Ir. Zuleica, fsp.
 
 
Com abertura e simplicidade, tomamos consciência de que a fé vivida e partilhada em comunidade se torna um grande dom para a Igreja e para o mundo. Assim como foi a vida do Bem-aventurado Tiago Alberione e Ir. Tecla Merlo.
 
 
 

quarta-feira, 26 de março de 2014

Jovens em experiência vocacional nos aspirantados


Na escuta do convite de Jesus “Vem e Segue-me”, algumas jovens, neste ano de 2014, deram um passo decisivo em sua caminhada vocacional ingressando nas comunidades dos aspirantados de Belém/PA, Canoas/RS e Recife/PE, com o objetivo de darem início ao período de experiência vocacional.
Este período é um tempo oferecido às jovens para um maior discernimento e amadurecimento na sua decisão vocacional. Agradecemos a cada jovem por acreditar no projeto de Jesus Cristo e pela coragem de dar este passo, no desejo de abraçar a Vida Religiosa como opção para suas vidas.

Comunidade de Belém/PA: Maria Costa Santos, Pâmela de Nazaré Farias e Suellen Costa.
Maria Costa Santos, Pâmela de Nazaré Farias e Suellen Costa.

Comunidade de Canoas/RS: Aline Ruediger, Natiele Santos Morais, Dayane de Melo, Francisca Daiane de Carvalho e Geovana Silva.
Aline, Natiele , Dayane de Melo, Francisca Daiane e Geovana Silva


Comunidade de Recife/PE:   Ana Maria da Silva, Crislainy Menezes e Janine  Boa Ventura
Crislainy, Janine e Ana Maria.  
 

sábado, 15 de março de 2014

PROJETOS

Esta canção do Pe. Zezinho, scj mostra os planos humanos e o plano que Deus tem para cada pessoa. Os seus projetos são diferentes dos nossos. Esta música está no CD "Juventude e vocação" e você encontra em qualquer Livraria Paulinas ou pelo portal www.paulinas.com.br. Para escutar, clique no quadro abaixo.



sexta-feira, 14 de março de 2014

Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia


Além de já ter data marcada, a Jornada Mundial da Juventude de 2016 já tem seu site oficial!
Acesse: krakow2016.com
 

Ir. Tecla era como uma mãe... Testemunho de Ir. Nazarena

 
O testemunho da Irmã Nazarena Morando*
 
Ir. Nazarena
Para Mestra Tecla foi muito claro desde o início, o princípio de que a autoridade é serviço. Poderia ser tudo para todos. Ela ajudou as irmãs em seu trabalho: a cozinha, a costura, tipografia, encadernação, ajudando a fazer pacotes de livros  arrumar a casa, cuidar dos doentes...

Lembro-me que durante a sua ausência, um dia eu estava muito angustiada. Eram coisas pequenas, mas na noite de sua chegada, eu tive a audácia de pedir para contar a minha dor... Mas enquanto eu falava, ocorreu-me que a Primeiro Mestra devia estar muito cansada e que era mais conveniente adiar para o dia seguinte... E eu me desculpei por ter detido tentando romper a conversa. Mas ela - apesar do cansaço e preocupações - me pediu para continuar a dizer-lhe tudo o que me causou dor. Acrescentando que ela era a "mãe" e, portanto, tinha que estar sempre pronta e disponível sem levar em conta a si mesmo. E eu tinha que obedecer ...

Uma vez me confidenciou : "Uma das maiores dores para mim é ter que pedir as irmãs de uma obediêcia que custe seu sacrifício... No entanto, quando você tem que fazer a vontade de Deus deve ser capaz de superar isso ... " .

Eu poderia relacionar muitos episódios, mas vou me limitar a apenas alguns que se relacionam com a instituição de caridade que a Primeira Mestra tinha para suas filhas. De vez em quando, aconteceu que algumas irmãs foram chamadas com urgência para a família para a morte do pai  da mãe, etc ... E de volta em casa, apareceu a Primeira Mestra para cumprimentá-las e derramar seu coração em toda a sua dor. M. Tecla saudava a irmã em lágrimas, pedia-lhe para sentar-se ao lado dela e dizia: "Diga- me, diga-me alguma coisa sobre a sua mãe " (ou a pessoa amada falecida) . O que é um grande alívio para ser capaz de falar com uma pessoa que nos ama em tempos de tristeza !

Primeira Mestra ouvia e, em seguida incentivava as filhas, dizendo: "Agora sua mãe está no céu, ela te vê, te segue, ora por você! ... E então, aqui na terra que eu vou ser agora sua mãe ! Então, quando você tiver alguma dor ou dificuldade  ou necessidade, venha a mim . Eu estou sempre pronta para recebê-lo e ajudá-la... " .
Ela amou profundamente todas as irmãs,  fez grandes sacrifícios e não poupou nenhuma despesa ou dificuldade quando se trata de ajudar os doentes e os que estavam com problemas com a vocação. E aconteceu mais de uma vez que escreveu pessoalmente ou enviou algumas de nós, pelas irmãs que estavam em dificuldade, para animar, incentivar a seguir em frente.
 
Em 1944 , tivemos uma irmã estava gravemente doente em um sanatório no Veneto. A freira era jovem e tinha uma forma muito grave de tuberculose, que foi avançando rapidamente ... Não havia mais nada a ser feito. Nós escrevemos para o hospital para buscá-la,queríamos que ela morresse em casa. Mas o mais doloroso era que esta irmã não estava disposta a morrer tão jovem e não podia aceitar a vontade de Deus.  Mestra Tecla foi pessoalmente encontrar esta irmã no sanatório. Ele ficou por um longo tempo com ela. Ela falou com ela como uma mãe e ela sabia como fazer com toques de fé que encheu o meu coração... No final de uma longa entrevista como uma "Mãe", a irmã foi se transformando... Ela não tinha medo de se aproximar da morte, na verdade, ela estava disposta a morrer em paz agora, se fosse a vontade de Deus A jornada da Primeira Mestra tinha sido reembolsado pela Providência Divina, e ela louvou a Deus, porque só a Ele, ela sempre atribuía qualquer sucesso.
 
A caridade que leva ao heroísmo
Primeira Mestra selou seu grande amor por suas filhas com um supremo ato de caridade: ela desejava o verdadeiro bem de todas as irmãs, sua santificação, que oferecera sua vida por isso. Na festa da Trindade SS.ma de 1961 ela escreveu estas palavras: "Eu ofereci a minha vida, para que todas as Filhas de São Paulo sejam santas" . Jesus não disse que a maior prova de amor é a "dar a sua vida para a pessoa que você ama? " . Primeira Mestra vivia a era caridade heróica .
 
* Sr. Nazarena Morando: 1904-1984 .

quinta-feira, 13 de março de 2014

Jovens Cooperadores Paulinos

Confira as fotos do 1º Encontro dos Jovens Cooperadores Paulinos, que aconteceu na comunidade do noviciado das Irmãs Paulinas, localizada na Rodovia Raposo Tavares, em São Paulo-SP.  Foi um momento de alegria, partilha de vida e vocação. Concluímos este primeiro encontro com a Adoração Eucarística.
 Obrigada a todos que participaram!
 
 
 
 

Rezemos pelo Papa!


segunda-feira, 10 de março de 2014

Irmãs Paulinas nas Redes Sociais!

Além do nosso blog vocacional, você nos encontra também em algumas redes sociais: Facebook, Google+  e Twitter. Queremos, nesses espaços, manter nosso contato com você! Assim como Paulo que, não perdia uma oportunidade, seja em que lugar fosse, para anunciar Cristo, nós também, nas redes sociais procuramos levar o Cristo Mestre às pessoas, ajudar os jovens no seu processo de busca do projeto de Deus para suas vidas, tirar dúvidas, conversar, enfim, dar nosso testemunho de alegres seguidoras de Jesus Cristo!
Seja nosso amigo (a) nessas redes! Será uma alegria para nós!



 


"Os maiores santos, se vivessem hoje, utilizariam o microfone para difundir com fervor de espírito e alegria de coração a sua mensagem de verdade, justiça e paz. É difícil não pensar na ordem de Jesus Cristo: "Preguem o Evangelho a todas as criaturas; o que lhes digo na intimidade, digam-no de sobre os telhados". Pensemos bem nisso: foi reservada aos nossos tempos a plena realização da ordem de Cristo: "A minha palavra será anunciada ao mundo inteiro". (Pe. Tiago Alberione)


Com certeza, o bem-aventurado Tiago Alberione, do céu, deve maravilhar-se com as novas invenções do progresso: a internet, as comunicações em redes, a velocidade com que se propaga a mensagem em texto, voz e imagem. Ele, que é o apóstolo das comunicações, interceda por todos nós na missão de anunciar Cristo!

domingo, 9 de março de 2014

sábado, 8 de março de 2014

Mulheres, vocês são rosas perfumadas!

 
Mulheres, vocês são rosas perfumadas
Preciosas do Criador, muito amadas.
Mulher,
És um ser especial pelo dom particular divino.
Mulheres guerreiras, que Deus ilumine,
Vocês são vitória no mundo.
Sonhadoras da paz, destaque do saber,
Mulheres, manifestamos
a vocês nossa gratidão,
Por este dia tão especial e delicado.
Com alegria que brota do coração.
(Gabrielle Bezzerra)


Quem é você, mulher?

 
Quem é você, mulher, que tem em suas mãos o poder de toda transformação?

Quem é você, mulher, que faz de um pequeno lugar um ninho de amor e de afeição?

Quem é você, mulher, que abriga dentro de si o calor do afeto, a força do universo e a mansidão do amor?

Quem é você, mulher, que é capaz de sorrir, quando sente vontade de chorar, que é capaz de calar, quando quer falar, que é capaz de rezar, quando custa crer?

Quem é você, mulher, que acredita no amor, quando à sua volta reina desamor; que é capaz de amar, quando todos ensinam a odiar; que busca sem trégua a verdade, num mundo de mil mentiras, que é capaz de perdoar, quando todos querem condenar?

Quem é você, mulher, que afaga, que critica, que repreende, que educa, que defende, que incentiva, que corrige e que ensina a orar?

Você repete sim à verdade, você repete sim à paz, você repete sim à coragem, ao carinho, à fé e ao amor, porque você é verdade, porque você é carinho, é dedicação, é fé, é união, é coragem, é amor e, sobretudo, porque você é Mulher!
 (Marinês N.G. Prado)

sexta-feira, 7 de março de 2014

Paulinos e Paulinas no Seara 2014

Nós, Ir. Roberta Carla, Natália Mesquita, Roni Hernandes, Tiago Theisen e Mackson Pedro, Irmãs Paulinas e Padres e Irmãos Paulinos, estivemos presentes no Seara-2014. Encontro promovido pela RCC Viçosa com o tema: “Reunidos num só corpo pela força da cruz” (cf. Ef 2,16b) de 1 a 4 de março de 2014, no Estádio da Educação Física - Campus da UFV - Universidade Federal de Viçosa.
Foi uma oportunidade para mostrarmos nossas congregações entre outras que lá se fizeram presentes no decorrer destes dias em um stand vocacional. Especialmente os 100 anos de história da Família Paulina que neste ano celebramos.
Agradecemos a todos que lá nos acolheram num clima de fé, oração, música e por que não muita dança? Tudo isso expressa a alegria que vem do Senhor, e é a nossa força!
 
 

Mulheres da Bíblia

Bíblia e mulher são dois centros de interesse característicos da atual reflexão cristã, não é pois de estranhar que ministros da Igreja, associados a uma mulher, tenham dedicado uma parte importante de seu tempo, durante vários anos, a colocar em foco as inúmeras passagens dos livros sagrados em que se faz, de uma ou de outra forma menção de mulheres.
Passa-se então ao Novo Testamento, a Nova Aliança. Analisam-se as figuras de mulher nos Evangelhos e o papel que desempenham no mundo imperial, tal como no-lo deixam ver os Atos dos Apóstolos. Paulo engloba as mulheres na sua magnífica síntese da Nova Criatura, como se pode ver nas suas epístolas aos Tessalonicenses, Gálatas, Filipenses, Coríntios e Romanos, garantindo-lhes um lugar definitivo na comunidade cristã, como o testemunham as cartas aos Efésios, aos Colossenses, a Timóteo e aos Hebreus, assim como as cartas de Tiago de Pedro e de João.
Sem fazer uma exegese mais profunda, a obra vale pela amplidão praticamente exaustiva das menções a mulheres na Bíblia e breves comentários da significação que tais passagens devem ter para a vida da comunidade cristã nos dias de hoje. (Saiba +)

 

Feliz Dia da Mulher!

quarta-feira, 5 de março de 2014

Início da Quaresma!

Hoje, quarta-feira de cinzas, iniciamos o tempo litúrgico da quaresma. São quarenta dias de preparação intensa para a festa da Páscoa do Senhor. Um tempo que nos convida a reflexão, a penitência e a conversão. A duração da Quaresma está baseada no símbolo do número quarenta na Bíblia, que recorda os  quarenta dias do dilúvio, os quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, os quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, os quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, os 400 anos que durou o exílio dos judeus no Egito.

Internet
Recebemos as cinzas para marcar o início da quaresma. Cinzas que lembram-nos que somos pó e ao pó voltaremos. No momento em que as cinzas são depostas em nossa cabeça o padre  ou o ministro diz: "Convertei-vos e crede no Evangelho", é a grande proposta da quaresma.  


Inicia-se também na Igreja do Brasil a Campanha da Fraternidade, que neste ano tem por tema: “Fraternidade e tráfico humano” e o lema “Para Liberdade que Cristo nos libertou (Gl 5,1) ".  O Objetivo Geral da Campanha da Fraternidade de 2014 é "Identificar as práticas de tráfico humano em suas várias formas e denunciá-lo como violação da dignidade e da liberdade humana, mobilizando cristãos e a sociedade brasileira para erradicar esse mal, com vista ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus." (Texto-Base).
 


Imagem retirada do site CNBB

 

terça-feira, 4 de março de 2014

Tempo de ser abrigo

Morar, residir, viver, habitar ou... "se ajeitar". Seja lá o que for, ninguém consegue viver sem um teto. Concreto, telhas, sapé, zinco ou papelão, numa bonita casa, debaixo do viaduto, da ponte ou da marquise, num rico apartamento, no cortiço ou na favela.

A casa define o homem.
O homem-rato do bueiro,
O homem-das-cavernas do viaduto,
O homem-ilustre dos palacetes.
De qualquer forma se apresente, a casa é " o espaço da vida", o abrigo dos sonhos e esperanças.

Quem não tem onde morar não tem "espaço para a vida", não tem sonhos,
tem pesadelos, falta-lhe abrigo para aninhar as esperanças.
O mais terrível, porém, é ter casa e não ter espaço, não ter sonhos, nem esperanças.

O pior é ter as portas fechadas.
O pior é ter onde morar, mas se cercar de alarmes, de grades e cadeados, guardas e muros altos. Agora, é tempo!
Tempo de ser abrigo, tempo de abrir janelas, portas e portões para a fraternidade.

É tempo de fazer circular de dentro para
fora de nossas casas e coração
a brisa da solidariedade.

É tempo de ser abrigo de Alguém.
É tempo de se fazer abrigo de Alguém.
Vamos viver este tempo de graça.

(Patrícia Silva)

segunda-feira, 3 de março de 2014

Preparação aos votos perpétuos

Confira as fotos da Missa de Abertura do Curso de Preparação aos votos perpétuos das Irmãs Paulinas: Irmã Alice Cristina, Irmã Edicleia Tonete, Vanderlane Araujo, Ir Mazé Aguiar, Ilanyr Felipe e Lucivânia (Irmã Apostolina). A missa foi presidida por Pe. Valdir(Provincial dos Padres E Irmãos Paulinos), na capela da Comunidade do Instituto Alberione. Rezemos por nossas irmãs, que vivem este momento tão significativo de preparação à Consagração Definitiva.
















 
 

Há um barco esquecido na praia



domingo, 2 de março de 2014

Um canto à vida

 
Um canto à vida recolhe algumas pérolas do vasto repertório musical do Pe. Zezinho. São versos de canções que, certamente, evocarão momentos significativos de encontro com Deus, consigo mesmo, com as pessoas, vividos ao som de alguma dessas canções que, ainda hoje, continuam a encher de alegria, ânimo e conforto a vida de muitas pessoas.
Esta obra é uma homenagem ao Pe. Zezinho que, com sua voz, suas músicas e seus escritos, se dedica há meio século a motivar e a inspirar às pessoas a amar como Jesus amou, a viver como Jesus viveu.
Reúne 28 fotos-mensagens, picotadas e encadernadas, que podem ser presenteadas como livro ou usadas separadamente como cartão-postal. Os textos, extraídos das canções do Pe. Zezinho, trazem belíssimas mensagens de fé, confiança, amizade, ternura. (Saiba +)

sábado, 1 de março de 2014

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2014

 

                         Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9)
 
Queridos irmãos e irmãs!
Por ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas reflexões com a esperança de que possam servir para o caminho pessoal e comunitário de conversão. Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de São Paulo: «Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza» (2 Cor 8, 9). O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto encorajando-os a serem generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade. A nós, cristãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico?

A graça de Cristo
Tais palavras dizem-nos, antes de mais nada, qual é o estilo de Deus. Deus não Se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragilidade e da pobreza: «sendo rico, Se fez pobre por vós». Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez-Se pobre; desceu ao nosso meio, aproximou-Se de cada um de nós; despojou-Se, «esvaziou-Se», para Se tornar em tudo semelhante a nós (cf. Fil 2, 7; Heb 4, 15). A encarnação de Deus é um grande mistério. Mas, a razão de tudo isso é o amor divino: um amor que é graça, generosidade, desejo de proximidade, não hesitando em doar-Se e sacrificar-Se pelas suas amadas criaturas. A caridade, o amor é partilhar, em tudo, a sorte do amado. O amor torna semelhante, cria igualdade, abate os muros e as distâncias. Foi o que Deus fez connosco. Na realidade, Jesus «trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, excepto no pecado» (CONC. ECUM. VAT. II, Const. past. Gaudium et spes, 22).

A finalidade de Jesus Se fazer pobre não foi a pobreza em si mesma, mas – como diz São Paulo – «para vos enriquecer com a sua pobreza». Não se trata dum jogo de palavras, duma frase sensacional. Pelo contrário, é uma síntese da lógica de Deus: a lógica do amor, a lógica da Encarnação e da Cruz. Deus não fez cair do alto a salvação sobre nós, como a esmola de quem dá parte do próprio supérfluo com piedade filantrópica. Não é assim o amor de Cristo! Quando Jesus desce às águas do Jordão e pede a João Batista para O batizar, não o faz porque tem necessidade de penitência, de conversão; mas fá-lo para Se colocar no meio do povo necessitado de perdão, no meio de nós pecadores, e carregar sobre Si o peso dos nossos pecados. Este foi o caminho que Ele escolheu para nos consolar, salvar, libertar da nossa miséria. Faz impressão ouvir o Apóstolo dizer que fomos libertados, não por meio da riqueza de Cristo, mas por meio da sua pobreza. E todavia São Paulo conhece bem a «insondável riqueza de Cristo» (Ef 3, 8), «herdeiro de todas as coisas» (Heb 1, 2).

Em que consiste então esta pobreza com a qual Jesus nos liberta e torna ricos? É precisamente o seu modo de nos amar, o seu aproximar-Se de nós como fez o Bom Samaritano com o homem abandonado meio morto na berma da estrada (cf. Lc 10, 25-37). Aquilo que nos dá verdadeira liberdade, verdadeira salvação e verdadeira felicidade é o seu amor de compaixão, de ternura e de partilha. A pobreza de Cristo, que nos enriquece, é Ele fazer-Se carne, tomar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados, comunicando-nos a misericórdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é rico de confiança ilimitada em Deus Pai, confiando-Se a Ele em todo o momento, procurando sempre e apenas a sua vontade e a sua glória. É rico como o é uma criança que se sente amada e ama os seus pais, não duvidando um momento sequer do seu amor e da sua ternura. A riqueza de Jesus é Ele ser o Filho: a sua relação única com o Pai é a prerrogativa soberana deste Messias pobre. Quando Jesus nos convida a tomar sobre nós o seu «jugo suave» (cf. Mt 11, 30), convida-nos a enriquecer-nos com esta sua «rica pobreza» e «pobre riqueza», a partilhar com Ele o seu Espírito filial e fraterno, a tornar-nos filhos no Filho, irmãos no Irmão Primogénito (cf. Rm 8, 29).
Foi dito que a única verdadeira tristeza é não ser santos (Léon Bloy); poder-se-ia dizer também que só há uma verdadeira miséria: é não viver como filhos de Deus e irmãos de Cristo.

O nosso testemunho
Poderíamos pensar que este «caminho» da pobreza fora o de Jesus, mas não o nosso: nós, que viemos depois d'Ele, podemos salvar o mundo com meios humanos adequados. Isto não é verdade. Em cada época e lugar, Deus continua a salvar os homens e o mundo por meio da pobreza de Cristo, que Se faz pobre nos Sacramentos, na Palavra e na sua Igreja, que é um povo de pobres. A riqueza de Deus não pode passar através da nossa riqueza, mas sempre e apenas através da nossa pobreza, pessoal e comunitária, animada pelo Espírito de Cristo.

À imitação do nosso Mestre, nós, cristãos, somos chamados a ver as misérias dos irmãos, a tocá-las, a ocupar-nos delas e a trabalhar concretamente para as aliviar. A miséria não coincide com a pobreza; a miséria é a pobreza sem confiança, sem solidariedade, sem esperança. Podemos distinguir três tipos de miséria: a miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual. A miséria material é a que habitualmente designamos por pobreza e atinge todos aqueles que vivem numa condição indigna da pessoa humana: privados dos direitos fundamentais e dos bens de primeira necessidade como o alimento, a água, as condições higiénicas, o trabalho, a possibilidade de progresso e de crescimento cultural. Perante esta miséria, a Igreja oferece o seu serviço, a sua diakonia, para ir ao encontro das necessidades e curar estas chagas que deturpam o rosto da humanidade. Nos pobres e nos últimos, vemos o rosto de Cristo; amando e ajudando os pobres, amamos e servimos Cristo. O nosso compromisso orienta-se também para fazer com que cessem no mundo as violações da dignidade humana, as discriminações e os abusos, que, em muitos casos, estão na origem da miséria. Quando o poder, o luxo e o dinheiro se tornam ídolos, acabam por se antepor à exigência duma distribuição equitativa das riquezas. Portanto, é necessário que as consciências se convertam à justiça, à igualdade, à sobriedade e à partilha.

Não menos preocupante é a miséria moral, que consiste em tornar-se escravo do vício e do pecado. Quantas famílias vivem na angústia, porque algum dos seus membros – frequentemente jovem – se deixou subjugar pelo álcool, pela droga, pelo jogo, pela pornografia! Quantas pessoas perderam o sentido da vida; sem perspetivas de futuro, perderam a esperança! E quantas pessoas se veem constrangidas a tal miséria por condições sociais injustas, por falta de trabalho que as priva da dignidade de poderem trazer o pão para casa, por falta de igualdade nos direitos à educação e à saúde. Nestes casos, a miséria moral pode-se justamente chamar um suicídio incipiente. Esta forma de miséria, que é causa também de ruína económica, anda sempre associada com a miséria espiritual, que nos atinge quando nos afastamos de Deus e recusamos o seu amor. Se julgamos não ter necessidade de Deus, que em Cristo nos dá a mão, porque nos consideramos autossuficientes, vamos a caminho da falência. O único que verdadeiramente salva e liberta é Deus.

O Evangelho é o verdadeiro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que estamos feitos para a comunhão e a vida eterna. O Senhor convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de misericórdia e esperança. É bom experimentar a alegria de difundir esta boa nova, partilhar o tesouro que nos foi confiado para consolar os corações dilacerados e dar esperança a tantos irmãos e irmãs imersos na escuridão. Trata-se de seguir e imitar Jesus, que foi ao encontro dos pobres e dos pecadores como o pastor à procura da ovelha perdida, e fê-lo cheio de amor. Unidos a Ele, podemos corajosamente abrir novas vias de evangelização e promoção humana.

Queridos irmãos e irmãs, possa este tempo de Quaresma encontrar a Igreja inteira pronta e solícita para testemunhar, a quantos vivem na miséria material, moral e espiritual, a mensagem evangélica, que se resume no anúncio do amor do Pai misericordioso, pronto a abraçar em Cristo toda a pessoa. E poderemos fazê-lo na medida em que estivermos configurados com Cristo, que Se fez pobre e nos enriqueceu com a sua pobreza. A Quaresma é um tempo propício para o despojamento; e far-nos-á bem questionar-nos acerca do que nos podemos privar a fim de ajudar e enriquecer a outros com a nossa pobreza. Não esqueçamos que a verdadeira pobreza dói: não seria válido um despojamento sem esta dimensão penitencial. Desconfio da esmola que não custa nem dói.
Pedimos a graça do Espírito Santo que nos permita ser «tidos por pobres, nós que enriquecemos a muitos; por nada tendo e, no entanto, tudo possuindo» (2 Cor 6, 10). Que Ele sustente estes nossos propósitos e reforce em nós a atenção e solicitude pela miséria humana, para nos tornarmos misericordiosos e agentes de misericórdia. Com estes votos, asseguro a minha oração para que cada crente e cada comunidade eclesial percorra frutuosamente o itinerário quaresmal, e peço-vos que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde! 

 (Franciscus)