sábado, 31 de dezembro de 2016

Oração pelo Ano Novo


Ó ano novo,
que começa hoje
para todos os cristãos
no poder do nome de Jesus:
SEJA ANO DA SALVAÇÃO!

Ó ano novo
que começa para toda a humanidade
no poder do nome de Jesus:
SEJA O ANO DA PAZ!

"O Senhor volte sobre nós a Sua face
e nos conceda a paz."
Amém.

(Bem-aventurado João Paulo II)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Ser santo no cotidiano

Este texto, que apresentamos a você hoje, foi escrito pela Ir. Zuleica Silvano. Ela é biblista e exerce a missão Paulina no SAB (Serviço de Animação Bíblica), em Belo Horizonte-MG. Numa perspetiva bíblica nos fala um pouco do que significa SER SANTO. 


A santidade é uma vocação. Vocação essa que se expressa no chamado divino: “Sede santos, porque o vosso Deus é santo” (1Pd 1,16 e Lv 19). Mas, em que consiste esse ser santo? Para alguns significa algo ultrapassado que nem cabe refletir; para outros, talvez, seja algo tão distante que não é possível atingir e, por isso, desistem. Outros acreditam que ser santo está intimamente ligado a um desenfreado esforço humano, caracterizado por jejuns exagerados, horas prolongadas de oração e, especialmente de um afastamento quase total de tudo o que esteja ligado às “coisas do mundo”. Se prestarmos a atenção, no texto da Carta de Pedro, perceberemos que ser santo não é nada extraordinário; é simplesmente viver profundamente o nosso batismo. Isso é um dom, uma graça recebida de Deus, mas conta também com a nossa colaboração: a nossa constante conversão e o nosso desejo renovado de responder ao projeto que Deus tem para nós e para nossos irmãos e irmãs.

 

Mas, em que consiste viver profundamente o nosso Batismo?

O Batismo é um novo nascimento e que nos dá o direito à herança, à participação na vida de Jesus Ressuscitado, e a comunicação plena na comunidade de fé. Mas, o que significa receber por herança a participação na vida de Jesus Ressuscitado? Essa herança traz inúmeras consequências para a vida do batizado. 
A primeira consequência está em perceber que Deus Pai se manifesta nas palavras e gestos de Jesus Cristo. Com isso, o nosso Deus não é alguém distante, ausente. Antes, ao contemplar a existência humana e frágil de Jesus, estamos contemplando o grande mistério do Deus que se faz próximo. Desse modo, acreditar em Deus, Pai de Jesus Cristo, é dar continuidade à prática de Jesus, que é permeada de solidariedade.
A segunda consequência é que somente participamos da glória de Deus (ser santo) quando fazemos o mesmo caminho que fez Jesus, o caminho da cruz. Essa foi também à experiência dos primeiros cristãos sendo experimentada ainda hoje na América Latina por homens e mulheres que lutam pela realização do projeto do Ressuscitado. Desse modo, somos chamados a seguir Jesus por meio do nosso testemunho de vida.


Essas consequências nos convidam a dar alguns passos.



O primeiro passo é deixar-se iluminar pela Palavra de Deus numa atitude de escuta daquele que nos chamou à vida e quer sustentar-nos no amor e pelo amor, e pede de nós uma resposta de fidelidade. Fidelidade à Palavra de Deus que a pronunciou no “princípio”, que a repete nas promessas e na Aliança, que a realiza na redenção trazida por Jesus – a Palavra Encarnada – e a perpetua nos gemidos vitalizantes do Espírito que ecoa na intimidade de cada pessoa e da comunidade. Com isso, a Palavra de Deus é a fonte que dá sentido à vida da comunidade, à vida litúrgica-celebrativa e sacramental, a nossa vida de santidade.

O segundo passo é fazer com que a Palavra de Deus ilumine as nossas ações humanas no campo social, comunitário e eclesial. Ações essas que não são vistas meramente como humanitárias, mas como a expressão do encontro experiencial com Deus. Assim, somos chamados/as a nos colocar diante do outro numa atitude despojada e a nos deixar interpelar pela prática da justiça (Lv 19), que é expressão da nossa fidelidade ao projeto de Jesus, que pela sua Ressurreição nos faz também filhos/as e herdeiros/as de Deus. Diante dessas atitudes é necessário pautar a vida pela palavra, num processo de seguimento, de identificação com Jesus Cristo.


O significado da santidade é manifesto, também, na coragem de resistir e na capacidade de transformar os fatos do cotidiano em experiências de libertação, em projeto e prática em defesa da vida, lutando contra todos os mecanismos de morte. Esta santidade só pode concretizar-se e em quem foi tocado por dentro pela presença de Deus e vivenciou o diálogo íntimo com Ele por meio da Palavra.


O nosso ser batizado nos torna capazes de mudar a história e os critérios de discernimento da realidade, de confronto da nossa vida com a vontade de Deus e nos fortalece a viver em comunhão, celebrar a vida e o mistério Pascal na ação litúrgica e nos inserir no mundo como testemunhas da justiça e da caridade.


Portanto, ser santo é igual viver no concreto nosso ser batizado, ou seja, é viver a liberdade dos filhos/as de Deus – e, não sermos escravos/as de nossos interesses mesquinhos, na luta pelo poder, na discriminação das outras pessoas, no individualismo, na falta de perdão, nos deixando guiar pelo nosso egoísmo. Antes, ser batizado, ou melhor, ser santo é entregar-se totalmente à vivência do amor mútuo, no total acolhimento do outro, na misericórdia, na solidariedade. Isso reproduz em nós as atitudes de Deus, que é Amor, Justiça, Vida, Solidariedade, e corresponde ao desejo mais profundo de todo ser humano, de refletir em sua vida a imagem do seu Criador e Senhor (cf. Gn 1,26)

sábado, 24 de dezembro de 2016

O que é o Natal?

O Natal costuma ser sempre uma ruidosa festa; entretanto se faz necessário o silêncio, para que se consiga ouvir a voz do Amor. Natal é você, quando se dispõe, todos os dias, a renascer e deixar que Deus penetre em sua alma.

O pinheiro de Natal é você, quando com sua força, resiste aos ventos e dificuldades da vida.Você é a decoração de Natal, quando suas virtudes são cores que enfeitam sua vida.
Você é o sino de Natal, quando chama, congrega, reúne.
A luz de Natal é você quando com uma vida de bondade, paciência, alegria e generosidade consegue ser luz a iluminar o caminho dos outros.
Você é o anjo do Natal quando consegue entoar e cantar sua mensagem de paz, justiça e de amor.
A estrela-guia do Natal é você, quando consegue levar alguém, ao encontro do Senhor.Você será os Reis Magos quando conseguir dar, de presente, o melhor de si, indistintamente a todos.
A música de Natal é você, quando consegue também sua harmonia interior.
O presente de Natal é você, quando consegue comportar-se como verdadeiro amigo e irmão de qualquer ser humano.
O cartão de Natal é você, quando a bondade está escrita no gesto de amor, de suas mãos.Você será os “votos de Feliz Natal” quando perdoar, restabelecendo de novo, a paz, mesmo a custo de seu próprio sacrifício.
A ceia de Natal é você, quando sacia de pão e esperança, qualquer carente ao seu lado.Você é a noite de Natal quando consciente, humilde, longe de ruídos e de grandes celebrações, em silêncio recebe o Salvador do Mundo.
Um muito Feliz Natal a todos que procuram assemelhar-se com esse Natal.
(Papa Francisco)

terça-feira, 29 de novembro de 2016

A vocação: Diálogo entre duas liberdades

            Partimos, então, dessa interpretação do conceito de vocação: a vocação é um diálogo entre duas liberdades, a de Deus e a do homem ou, mais exatamente, a de Deus que chama a liberdade do homem. O homem existe porque Deus o chama, e existe como ser livre justamente porque Deus o chama à existência com um ato soberanamente livre; Deus, de fato, chama quem ele quer, quando quer e como quer, “Por causa do seu plano salvífico e da sua graça” (2 Tm 1,9): escolhe e chama tanto Zaqueu como Mateus, não vai procurar os chamados entre os “bons” e os bem predispostos .
            Um Deus absolutamente livre no chamado cria ou torna totalmente livre o chamado, livre para dar-lhe resposta, torna-o responsável, literalmente “capaz de dar resposta”; não o amarra a si, não o obriga a amá-lo (veja o jovem rico e o próprio Judas); quando muito o coloca em condições de decidir o que fazer com o dom recebido, para ser livre, como o seu Criador, exatamente.
            Consequentemente, a vocação é no fundo um diálogo, um diálogo com características responsoriais, entre Deus e a pessoa humana, Deus dialogador sempre limitado e, no entanto, chamado a interagir com Deus. O primeiro protagonista da vocação é, portanto, Deus, que é indicado pela Bíblia como “aquele que chama” (Rm 11,9; cf. Gl 5, 8; 1Pd 1,15), desde sempre, como uma definição. A que Deus chama?
(Livro: Quando Deus chama, pag. 13 e 14 – Ed. Paulinas) 
Chamado à vida
            Deus, antes de tudo, é aquele que chama à vida. E esse chamado, de cara, manifesta algumas característica da sua vontade de salvação, mas também do chamado autêntico. Ele, de fato, chama alguém que não existe e não poderia, portanto, responder-lhe, mas Deus o chama justamente para dar-lhe essa possibilidade, e o faz existir, cria nele capacidade, escolhendo-o antes do seu nascimento (cf. Jr. 1,5; Gl 1,15).
            A iniciativa é toda divina e expressa a grandeza de um amor que é tão intenso que determina a existência do amado. É o amor no começo de tudo, e o amor de Deus precede a criação e a quer. Nós todos viemos à vida porque uma Vontade boa no amor antes mesmo que nós existíssemos. E isso é mistério!
            Amou-nos a ponto de fazer-nos desde cedo obedientes ao seu chamado: a nossa vinda ao mundo e à vida é ato de obediência ao chamado divino que nos quis existentes. Desse ponto de vista, a criação é imagem da vocação autentica, como mistério, grande, de graça. E amou-nos, ainda, com uma benevolência pessoal e única, chamando-nos pelo nome, dando-nos a vida e confiando-nos uma missão segundo um projeto pensado exatamente para cada um de nós (cf. Gn. 17,5; Is 45, 4; Jo 10, 3-28).
            O homem não é, por acaso, um projeto pensado por Deus e desenhado pelas suas mãos? Como bem disse Newman: “Eu fui criado para fazer ou para ser alguma coisa para a qual nenhum outro jamais foi criado. Pouco importa que seu seja rico ou pobre, desprezado ou estimado pelos homens. Deus me conhece e me chama pelo nome. De alguma forma, sou tão necessário em meu lugar, como um arcanjo em seu”.
(Livro: Quando Deus chama, pag. 14-16 – Ed. Paulinas)
  
Chamado à fé

            A partir do momento da nossa resposta ao chamado inicial de Deus Criador, a vida de cada um de nós foi com um contínuo suceder de chamados, pequenos e grandes, implícitos ou explícitos, logo reconhecíveis ou velados, mas sempre com o mesmo Sujeito que chama: aquele Deus pai e mãe que depois de nos haver dado a vida nos chama a vivê-la plenamente, no máximo das nossas possibilidades e mais além, segundo um desígnio que ele pensou.
            E mais uma vez a liberdade do homem é chamada a uma opção, no ato mais decisivo e misterioso de toda a vida: crer ou não crer em Deus! Aquele crer que hoje, em particular, significa adesão de todo o ser, crer-amar a Deus com tudo de si, com o coração e a com a mente, com as mãos e com os pés, com as forças, crer como confiar em Deus. [...]
            O chamado a fé articula-se, substancialmente, numa série de chamados posteriores dirigidos sempre à liberdade do homem em diálogo com Deus que chama.
(Livro: Quando Deus chama, pag. 20 e 21 – Ed. Paulinas)
Chamado na Igreja e no mundo

            Enfim, o chamado de vocês acontece num lugar preciso, que é ao mesmo tempo ponto de partida e de chegada do chamado, lugar do seu nascimento e destino final,  as suas raízes e o seu florescimento. Além dessa imagem, dizemos que a vocação de vocês nasce não num lugar abstrato e não está em função da perfeição pessoal de cada um, mas nasce na Igreja e no mundo e está a serviço da Igreja e do mundo. É perigoso esquecer isso. [...]
            Se, portanto, as raízes de vocês estão na Igreja e no mundo, a vida consagrada deve estar firmemente ancoradas nelas, e dar fruto em abundância para a santidade da Igreja e a salvação do mundo, amando sinceramente a sociedade eclesial e a civil. Sem olhar para si mesma.
(Livro: Quando Deus chama, pag. 46 e 47 – Ed. Paulinas)

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Convivência Vocacional em Recife

Dos dias 11 a 13 de novembro de 2016, a Comunidade das Irmãs Paulinas de Recife acolheu 10 jovens para mais uma Convivência Vocacional.
O tema do encontro foi "Avance para águas mais profundas" (Lc 5,4). Motivadas por este tema, as jovens foram convidadas a olharem para suas vidas, percebendo o convite que Jesus faz para dar um novo passo na caminhada vocacional.
Durante a Convivência Vocacional as jovens tiveram a possibilidade de refletirem juntas sobre a importância de tomar decisões na fase da juventude; sobre as Luzes na vida de Pe. Tiago Albeirone, fundador da Família Paulina, e as luzes de Deus na vida de cada uma delas. 
Ainda destacamos os fortes momentos de oração, partilha, dinâmicas de grupo e convivência.

Seguem abaixo, alguns testemunhos das jovens que partilham conosco o que significou ter participado deste Encontro Vocacional:

Nesta última convivência do ano, tive muitas alegrias, emoções, dúvidas e certezas e tudo isso foi um ensinamento. A frase luz que Deus me deu foi " O amor acredita em mim" e se ele acredita em mim eu vou sempre dizer sim.” (Palloma Cézar)

O acompanhamento vocacional é uma renovação espiritual, onde além de termos a oportunidade de conhecer melhor sobre as missões das Paulinas, ainda temos a experiência de nos conhecermos melhor, e ter esse contato mais profundo do que Deus planeja para nossas vidas, é uma experiência que precisa ser vivida para se entender o quão maravilhoso é, é uma purificação na alma e na mente, que as irmãs fazem por intermédio de Deus. Recomendo para todas as jovens que ainda não fizeram, pois é revigorante”. (Ariely Freire)

 "Luz". Foi a grande palavra que definiu esse encontro. Ele foi de grande valia pra mim, para descobrir a minha verdadeira vocação. Estar com as irmãs, partilhar com elas o dia-a-dia foi bastante importante. Então, desejo muito que aconteçam outros encontros parecidos e que mais jovens possa experimentar esse amor de Deus para conosco. (Thainá Karolina)

 Nessa convivência eu pude vê a importância das luzes em minha vida e senti que não é para ter medo do que o Mestre planejou para mim. (Thamara Silva)


terça-feira, 1 de novembro de 2016

Jubileu de prata de Ir. Cícera Gomes

Ir. Cícera Gomes
Dos dias 20 a 31 de outubro de 2016, houve a Semana Vocacional na cidade de Serra Talhada-PE, por ocasião dos 25 anos de Vida Religiosa de Ir. Cícera Gomes (Paulina).
A semana Vocacional foi animada pelas Irmãs Paulinas: Aucilene Moura, Cícera Gomes (Jubilanda), Fabíola Medeiros, Mery Sousa e Ydania Marivel (noviça colombiana).
Irmãs Paulinas
 Os trabalhos missionários aconteceram simultaneamente com a festa da Padroeira Nossa Senhora do Rosário. Durante os 10 (dez) dias de missão foi possível encontrar com quase todos os paroquianos através de visitas às famílias, às escolas, orações comunitárias pela manhã nas Capelas das Comunidades pertencentes à Paróquia, Gincana com Jovens, encontros com diversos movimentos e pastorais, e visitas as várias Instituições daquela cidade, como: APAE, Centro de Recuperação de dependentes químicos, Casa de apoio de crianças órfãs, etc.  
Gincana com Jovens
Agradecemos a Deus por mais esta oportunidade de levar o Carisma Paulino ao sertão brasileiro, agradecemos ao Pe. Miguel Duarte que nos acolheu em sua paróquia durante 10 dias de missão e a ir. Cícera Gomes que há 25 anos continua respondendo SIM ao chamado do senhor com alegria e fidelidade. 
Confira mais fotos:
Oração da manhã com a Comunidade

Visitas às escolas

Visitas às famílias

Celebração dos 25 anos de Consagração de Ir. Cícera, com D. Egídio Bisol e Pe. Miguel




quinta-feira, 6 de outubro de 2016

VOCAÇÃO FUNDAMENTAL


Entendemos por vocação fundamental o chamado de cada pessoa á vida, a ser filho de Deus, a ser cristão. A tomar consciência de que todos somos irmãos e fazemos parte do reino de Deus. É um chamado a desenvolvermos plenamente todas as nossas potencialidades. Todas as Vocações são belas. Nenhuma é mais importante do que a outra. Toda vocação é para servir. Fomos todos chamados para essa missão. Toda Vocação está ligada ao serviço, à doação. A realização da pessoa consiste em acertar a própria Vocação e, assim, cumprir a tarefa que só a ela cabe.
Muitas vezes confundimos vocação e profissão. Entretanto, sempre é bom estabelecermos os limites de um e outro conceito para que não haja confusão. Vocação é da ordem do ser. Profissão é da ordem do fazer. Vocação é um estado de vida. Profissão é uma ocupação na vida. Todos nós nascemos com uma vocação, Deus nos dá a vocação de acordo com a nossa necessidade.
Como acontece o chamado?
 A vocação é puro dom de Deus que excede a inclinação natural da pessoa. É preciso descobrir os caminhos em que Deus nos espera passar para nos dirigir a palavra. Às vezes Ele chama direta e imediatamente, mas às vezes dispõe de outras maneiras pelas quais se aproxima de nós utilizando meios normais, nos quais está presente como instigador e condutor de suas mediações.
 Como se distingue uma vocação autêntica de uma falsa vocação?
 O discernimento torna-se praticamente impossível para uma pessoa sozinha. Distinguir adequadamente a voz da Verdade no imenso concerto de vozes que frequentemente ameaçam afogá-la é obra exclusiva de músicos muito habilidosos e de diretores muito experientes, e não simplesmente dos que gostam de fazê-lo. Daí a necessidade do acompanhamento vocacional.

E a resposta?

 A resposta ao chamado de Deus só pode ser dada mediante a fé. Infelizmente esta é a dimensão da vocação em que mais se costuma falhar. Podemos pensar que responder a determinadas vocações ou estado de vida pode ser mais fácil que responder a outros, que consideramos mais agradáveis, enquanto há outros que consideramos difíceis e atemorizantes. Cada vocação se apresenta na vida de cada pessoa de modo único. Há pessoas que hesitaram em dar sua resposta, enquanto há outros que não hesitaram no primeiro “sim”, mas chegaram a abandonar o seguimento já começado.
 Há vocações mantidas a grande custo, em meio a abalos interiores e exteriores, algumas cujo seguimento chega a ser considerado verdadeiro martírio, assumido conscientemente, na independência em relação às forças contrárias, porque assim como conta com forças contrárias, conta com a mesma força, profunda e real para segui-la. Toda resposta vocacional exige muitas renúncias, e isto acontece muito claramente no estado de vida: quem escolhe o matrimônio renuncia ao celibato e vice-versa. A renúncia, vista de longe, às vezes nos parece maior do que a opção. Esta é uma dificuldade que se pode encontrar no momento da escolha e pode se tornar uma perseguidora ilusão a querer fazer com que retrocedamos do caminho escolhido, constituindo uma das mais dolorosas tentações.
Qual a saída para este drama?
 
 A abertura à origem de toda vocação e estado de vida: nascemos do Amor, para o Amor e para amar a Deus e aos outros. Aquele ou aquela que não está disposto ou disposta a abrir mão de viver para si mesmo, para colocar como prioridade o amor a Deus e o dom de si, não está preparado para escutar chamado algum, nem assumir vocação ou estado de vida algum dentro da Igreja.
 É justamente na abertura e no serviço aos outros que a vocação vai se configurando e a nossa resposta vai se intensificando, apesar dos atritos, e, dizendo melhor, justamente por causa dos atritos. Por isso, antes de responder a qualquer vocação, é necessário a disposição de sair do egocentrismo que destrói toda forma de autodoação. Não existe realização vocacional onde não ocorra esta determinação. Para aqueles que receberam uma educação onde se cultivou como valores prioritários o ter, o poder e o prazer, torna-se muito mais difícil acolher uma vocação que se apresenta como caminho oposto a estes valores, e perseverar nela até o fim.
É aí que a formação para o amor contribui para o crescimento das vocações e a qualidade dos vocacionados, seja qual for o chamado de Deus para eles. Deus é o Amor que envolve inteiramente a nossa vida, e no qual precisamos “mergulhar” cada dia mais, para encontrarmos a vida plena, a vida feliz. Perder-se em Deus é encontrar-se cada dia mais.
Se tivermos sempre isto em mente não teremos medo de dizer “sim”, nem voltaremos atrás no “sim” pronunciado, mas ao contrário, nosso “sim” será sempre mais forte e profundo, para abranger os novos desafios que cada dia Deus nos propõe através da nossa vocação e estado de vida.

domingo, 2 de outubro de 2016

Oração aos Santos Anjos

 "Pai do céu, que criastes os anjos, com eles nós vos adoramos.
Filho de Deus, que vos servis dos anjos, com eles nós vos adoramos.
Espírito Santo, que fostes anunciado pelos anjos, com eles nós vos adoramos.
Anjos todos do Senhor, bendizei e louvai ao Senhor.
Anjos do Senhor, que guardastes o paraíso terrestre, protegei as comunidades religiosas contra todos os perigos.



Anjos do Senhor, que socorrestes Abraão e Ismael, amparai as famílias atingidas pela dor e pela fome.
Anjos do Senhor, que abristes o caminho ao povo hebreu e o conduzistes à Terra prometida, guiai a vossa Igreja, Povo de Deus, à casa do Pai.
Anjos do Senhor, que livrastes Lot da destruição e da morte, livrai as famílias de todas as ameaças à vida.
Anjos do Senhor, que salvastes os três jovens do fogo da fornalha e Daniel da cova dos leões, concedei aos pobres a alegria de vossa proteção.


Anjo do Senhor, que anunciastes o nascimento do Cristo Jesus e de seu precursor, acompanhai-nos sempre em nossa missão de anunciadores da Boa Nova.
Anjos do Senhor, que cantastes o "Glória a Deus" e levastes a mensagem aos pastores, conduzi-nos a Jesus Mestre Caminho, Verdade e Vida e ensinai-nos a conhecê-lo, imitá-lo e amá-lo.
Anjos do Senhor, que defendestes Maria e José contra o perigo da perseguição de Herodes, protegei-nos sempre em nossos caminhos.
Anjos do Senhor, que velozes servistes Jesus no deserto, alcançai-nos a prontidão e agilidade no serviço a Deus e aos irmãos.



Anjos do Senhor, que contemplais face a face, a Deus e velais pelas crianças, protegei sempre os pequeninos e os fracos, e fazei-os gostar das coisas do céu.
Anjos do Senhor, que vos alegrastes com a Ressurreição de Jesus, guiai-nos a uma vida sempre nova, à luz da Palavra de Deus.
Anjos do Senhor, que no fim dos tempos reunireis os justos da terra para o triunfo do Filho de Deus, fazei com que todos se convertam e vivam na fé e no amor.
Anjos do Senhor, que protegestes São Pedro e São Paulo em suas missões, abençoai a Igreja e o Santo Padre.
Arcângela Girardi

sábado, 1 de outubro de 2016

Mês Missionário 2016


Santa Teresinha




Este filme é uma história de fé e de amor vivida por Teresa de Lisieux, universalmente conhecida como Santa Teresinha do Menino Jesus. Órfã de mãe aos quatro anos, sendo a filha caçula, o pai carinhosamente a chamava "minha rainha". Aos quinze anos, com autorização do papa Leão XIII, entrou no mosteiro das irmãs carmelitas Lisieux, onde iluminada pela palavra de Deus percorreu o caminho da "pequena via" Caminho de de Santidade, feito de simplicidade e humildade, de pequenas coisas e plena confiança em Deus. Teresa morreu no dia 30 de setembro de 1897 com apenas 24 anos. Confira agora mesmo!
Ligue: 0800-70 10 081 / www.paulinas.org.br/ livirtual@paulinas.com.br

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Irmãs Paulinas em Maceió-AL

Comunidade Nossa Senhora da Conceição-Maceió-AL
Dos dias 27 a 28 de setembro de 2016, atendendo ao convite do Pe. Marivaldo, a Ir. Fabíola Medeiros e a colaboradora da Paulinas Livraria, Bardione, estiveram na Paróquia São José Operário, localizada no Bairro Fernão Velho, Maceió-AL para duas noites de Leitura Orante com as Comunidades daquela Paróquia. 
Paróquia São José Operário
Durante os encontros realizados nas duas noites foi possível fazer um breve estudo do livro de Miqueias (Livro profético estudado este ano na Igreja do Brasil, por ocasião do Mês da Bíblia) e a experiência da Leitura Orante da Palavra. A participação das pessoas daquelas comunidades foi significativa, contando com a presença de inúmeros jovens.
Livraria Paulinas em Maceió-AL
Agradecemos a Deus por mais esta oportunidade de estudar e rezar a Palavra de Deus e de tornar o Carisma Paulino mais conhecido entre os jovens alagoanos.

Bíblia e vocação

A Escritura se apresenta como uma grande companheira para os jovens que estão à procura do projeto de Deus sobre si mesmos e para todos os que estão dando os primeiros passos numa opção de vida. A Sagrada Escritura é necessária para compreender a própria vocação, para aprofundar a própria fé e para avaliar a caminhada de coerência com o chamado recebido.
Quem começa a interrogar-se seriamente sobre o que fazer da própria vida, qual direção tomar em nível afetivo, de trabalho, de compromisso social, mas também de amizades e de modos de lazer, mesmo de forma ainda não explícita, está se aproximando do mistério da vida enquanto vocação.
Este livro pretende facilitar o encontro entre o jovem que está à procura e a Bíblia, sugerindo algumas indicações de método e algumas importantes disposições de partilha.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

O novo calendário reúne em única celebração os três arcanjos que eram comemorados em dia diferentes. Este dia, seria a festa do arcanjo São Miguel, o antigo padroeiro da sinagoga e agora padroeiro universal da Igreja. São Gabriel é o anjo da Anunciação, enquanto São Rafael é invocado como guia dos que viajam.
A existência dos seres incorpóreos, que as Sagradas Escrituras chamam habitualmente de anjos, é uma verdade de fé.
Mas quem são os anjos? Eis a resposta de Santo Agostinho:"Angelus officii nomen est, non naturae... Anjo é denominação de encargo, não de natureza. Se perguntares pela denominação de natureza, é um espírito; se perguntares pelo encargo, é um anjo: é espírito por aquilo que é, e é anjo por aquilo que faz.
Os anjos são, pois, servidores e mensageiros de Deus. Pelo fato que "veem sempre a face do Pai que está no céu", como se lê no Evangelho de Mateus, eles são executores poderosos de suas palavra, obedientes ao som da sua palavra"( Salmo 103,20).
São Miguel,como expressão da onipotência de Deus, recebeu desde o começo da história do cristianismo, um culto particular. Constantino e Justiniano erigiram-lhe dois santuários nas duas extremidades de Bósforo.
Em Roma o arcanjo domina a cidade do alto da Mole Adriana, a qual tomou o nome de Castelo Santo Anjo.
São Gabriel, "aquele que está diante de Deus", é o anunciador por excelência das divinas revelações: anuncia ao profeta Daniel o retorno do exílio do povo eleito; leva a Zacarias a notícia da iminente concepção do precursor do Messias. Depois, é-lhe confiada a missão mais alta que possa ser dada a uma criatura: o anúncio a Maria da Encarnação do Filho de Deus.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Irmãs Paulinas em Natal-RN

Ir. Fabíola com os Colaboradores da Paulinas Livraria de Natal-RN
Dos dias 20 a 25 de setembro de 2016, a Ir. Fabíola Medeiros esteve na Livraria de Natal-RN realizando uma Semana de Atividades Vocacionais entre os colaboradores da Livraria e os jovens daquela região. 
No dia 21/09 houve um dia de Retiro para os jovens da (PJMP) Pastoral da Juventude da cidade de São Gonçalo do Amarante, no Santuário dos Mártires do RN. O tema do encontro foi "Projeto de Vida".

Retiro para Jovens
Na quarta-feira, 22/09, o dia na Livraria Paulinas, foi marcado por um clima mariano com celebração da santa missa, oração do terço com os clientes, etc, pois a Livraria recebeu a imagem peregrina de Nossa Senhora da Apresentação, padroeira da Arquidiocese de Natal.  
Oração do terço na Paulinas Livraria
 Nos demais dias da semana a Ir. Fabíola Medeiros realizou na livraria atividades como: Plantão Vocacional, Animação vocacional com os Colaboradores e Oficina de espiritualidade.
Leitura Orante
 Agradecemos a Deus a presença da Missão Paulina junto ao povo Potiguar. 

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Chamados à Felicidade

Segundo a Antropologia Cristã, para o Ser Humano ser feliz precisa desenvolver em sua vida as quatro relações fundamentais:
Primeira: Com Deus.
 Somos criaturas e filhos(a)s de Deus, criados a sua imagem e semelhança (Gn 2,26), seres terrestres, que por meio de Jesus Cristo vamos nos divinizando.
É imprescindível e de suma importância que nos relacionemos bem com nosso Deus (Pai e Criador). Essa relação com Deus acontece de várias formas: através da oração pessoal e comunitária, da leitura da Sagrada Escritura, das celebrações eucarísticas, de um simples pensamento voltado para Ele, do diálogo íntimo e amoroso, que brote de nosso coração.
Segundo: Relacionar-se com os outros. Ninguém vive sozinho,  fomos criados por Deus para nos relacionarmos, basta percebermos no texto da criação, quando o próprio Deus diz: "Não é bom que o homem viva só". Ele criou a mulher para ser companheira e auxiliar do homem. Assim também nós, precisamos uns dos outros para vivermos de forma saudável, a isso chamamos também de alteridade.
A terceira relação fundamental do ser humano é com a natureza, ou seja, todos os demais seres vivos que estão ao nosso redor: plantas, animais, meio ambiente, etc. A isso podemos chamar também de espaço. o espaço em que habitamos ou nosso habitat.
E por fim, a quarta relação  que também é determinante para nossa felicidade é a consigo mesmo. Em nosso caminho de pessoas humanas, independente de religião, estamos diariamente caminhando para o que chamamos de autoconhecimento. Precisamos nos conhecer, aceitar e acolher nossos limites e dons para sabermos conviver conosco mesmos e assim nos amar.
 A cada dia percebe-se um grande número de pessoas com problemas de baixa auto-estima, isso muitas vezes é resultado de uma não valorização de si mesma(o). Relacionar-se consigo mesmo consiste em dar tempo para mim, através do silêncio, reflexão, uma boa leitura, tudo aquilo que nos ajuda a ter contato com o nosso interior. Por isso percebe-se como indispensável esta relação conosco mesmos para que nos conhecendo possamos aprender a conviver  conosco, com os outros, com Deus e com o mundo.
Fabíola Medeiros, fsp

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Leitura Orante da Bíblia




Antes de tudo, colocar-se à luz do Espírito de Deus e pedir sua ajuda.
Depois, seguir os quatro degraus da Leitura Orante da Bíblia:
Leitura, Meditação, Oração, Contemplação.

1º - Leitura
 O que o texto diz?
A leitura é o primeiro passo, ou degrau da Leitura Orante da Bíblia. Ler na Biblia, reler, tornar a ler, cada vez mais, conhecer bem o que está escrito, até assimilar o próprio texto; respeitar o texto tal como ele é, sem interpretações precipitadas, sem achar que já conhece esse texto. A Sagrada Escritura é como uma fonte de água. A cada instante brota uma água nova que não é a mesma água do segundo anterior. É como um copo de água que você bebe. Só se bebe aquele copo d’água uma vez na vida. Assim cremos que seja a Palavra de Deus é sempre nova e atual.
Ao ler o texto da Escritura, fazê-lo com o respeito de quem se encontra pela primeira vez. Estar atento para as palavras, as repetições, o jeito como está escrito, quem aparece no texto, em que lugar, o que fazem, o que falam...
Muitas vezes precisaremos lançar mão de algum subsídio que ajude a entender o texto e o seu contexto histórico/social; usar estudos, dicionários bíblicos, livros, a ciência, a teologia e outros meios. De acordo com Dt 30,14 -“A Palavra está muito perto de ti: na tua boca” - é chegar perto da Palavra de Deus; a Palavra está na boca. Aqui descobrimos o que o texto diz em si mesmo.

2º - Meditação
O que Deus está me falando?
A meditação é o segundo degrau. Depois de ouvir e ler a Sagrada Escritura, de assimilá-la criativa e ativamente, vamos usar a imaginação, palavras, a repetição mental ou oral de uma palavra, uma frase, um versículo. Repetir de memória, com a boca, o que foi lido e compreendido.
Vamos ruminar até que, da boca e da cabeça, passe para o coração. Já não é mais só o que o texto diz, mas o que esta palavra está dizendo hoje, o que me diz concretamente dentro da realidade em que estamos vivendo.
O que Deus falou no passado e o que está falando hoje, através deste texto?
É uma forma simples de meditação, um jeito de saborear o texto com cores e cheiros de hoje, da nossa realidade. “A Palavra está muito perto de ti: na tua boca e no teu coração”.
Questionamentos: O que o texto me diz? (Ruminar, trazer o texto para a própria vida e a realidade pessoal e social.)

3º - Oração
O que o texto me faz dizer a Deus?
A meditação nos faz subir o terceiro degrau. A leitura e meditação se transformam em um encontro mais direto, íntimo e pessoal com Deus.
Entramos em diálogo, em comunhão amorosa com Deus.
Respondemos a Deus, pedimos que nos ajude a praticar o que a sua Palavra nos pede. O texto bíblico e a realidade de hoje nos motivam a rezar. O terceiro passo é a oração pessoal que pode desabrochar em oração comunitária, expressão espontânea de nossas convicções e sentimentos mais profundos. “A Palavra está muito perto de ti: ... no teu coração”.
(Rezar – suplicar, louvar, dialogar com Deus, orar com um salmo...)

4º - Contemplação
Qual o meu novo olhar? A partir da Palavra.
É o transbordamento do coração em ação transformadora. “Para que ponhas em prática” (Dt 30,14). Contemplar não é algo intelectual, que se passa na cabeça, mas é um agir novo que envolve todo nosso ser. É contemplativa a pessoa que tem o “jeito novo” de ser, viver, ver e assumir a vida, conforme o projeto daquele que é o nosso único Mestre e que nos diz: “Vocês são todos irmãos” (Mt 23,8). A Leitura Orante se torna uma atitude continuada no dia-a-dia por uma ação transformadora – pessoal, comunitária, social, mundial.

Sugestões Paulinas para continuar aprofundando: