quinta-feira, 12 de julho de 2012

Campanha da Fraternidade 2013

As oportunidades e os desafios que as novas mídias colocam diante dos jovens: esse é o tema principal da reflexão feita por Dom Eduardo Pinheiro da Silva, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, da CNBB. Veja abaixo a íntegra do artigo A Juventude e a Cultura Midiática, feito para o encontro de preparação do texto-base da Campanha da Fraternidade de 2013, cujo tema será "Fraternidade e Juventude" e o lema, "Eis-me aqui, envia-me!" (Is 6,8).

“FRATERNIDADE E JUVENTUDE”
- “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8) -
(Reflexão para o encontro de preparação do texto-base – 18/10/2011)
A Juventude e a cultura midiática
“Convido sobretudo os jovens a fazerem bom uso da sua presença no areópago digital.” (Bento XVI)
Introdução
De uma maneira ou de outra, a Igreja sempre trabalhou junto aos jovens; nossa história de evangelização da juventude no Brasil é rica de propostas e sucessos.
Estamos vivendo numa época muito forte de opção efetiva eclesial pela juventude em nosso país. A CNBB vem investindo para que todos os jovens a ela confiados possam encontrar acolhida, espaços, orientação e motivação. Entre tantos sinais desta opção destacamos: o documento ‘Evangelização da Juventude – desafios e perspectivas pastorais’ aprovado em 2007 e dirigido a todas as expressões de trabalho juvenil; o incentivo para que se garanta espaço de unidade na instância diocesana criando o Setor Juventude; o site www.jovensconectados.org.br organizado em 2010 com jovens voluntários ligados às áreas da comunicação e vindos de vários cantos do país e expressões de trabalho juvenil; o pedido oficial feito ao papa em 2007 pela CNBB para que a Jornada Mundial da Juventude pudesse acontecer no Brasil; a organização da 1ª.

A missão da Igreja e a CF 2013
A Igreja, ciente do mandato missionário recebido de Jesus Cristo, tem a responsabilidade de defender e de promover a vida de todos. Neste mundo midiático com esta nova cultura desafiadora a Igreja é chamada a se posicionar na perspectiva do anúncio, da denúncia, da motivação, da co-responsabilidade, da divulgação daquilo que contribui.

A CNBB a partir de sua Campanha da Fraternidade, com o intuito de ser uma voz profética e transformadora para a vida do povo, escolhe o tema ‘Juventude’ para 2013 e se posiciona  a favor do enfrentamento deste eixo complexo da cultura midiática: assunto atual e de suma importância para a Igreja e para a Sociedade.

Ao abordar o tema da Juventude e da cultura midiática na qual ela se faz presente interagindo, a CF 2013 visa tanto os jovens quanto os adultos em seu processo de amadurecimento enquanto cristão e cidadão, ser de relação e chamado à vida plena. Seus objetivos seriam vários, por exemplo: melhor compreensão das novas tecnologias e seus efeitos na vida pessoal, eclesial e social; valorização da novidade que surge e capacitação para utilizá-la eticamente para o bem de todos; auxiliar os jovens a se conhecerem nesta nova realidade virtual, criando consciência crítica diante das novas oportunidades e capacitando-os para o uso adequado das mesmas; provocação aos educadores eclesiais e sociais da juventude (pais, professores, assessores, evangelizadores, pastores, catequistas...);  como usar as Redes Sociais para o crescimento pessoal, para evangelização, para as grandes lutas do povo a favor da vida.  Enfim, como conviver com toda esta realidade, capacitando-nos para um melhor aproveitamento desta novidade em prol da justiça, da fraternidade, da corresponsabilidade de todos para com todos na dinâmica de desenvolvimento pessoal, eclesial e social?

“Eis-me aqui, envia-me”
O lema escolhido ressalta o reconhecimento da parte da Igreja do valor do jovem, provocando neles este compromisso de serem comunicadores da vida e da verdade que liberta os filhos de Deus de todas as amarras, escravidões, condicionamentos. O 'eis-me aqui, envia-me’ é a voz forte do jovem que, repleto de sonhos e com grande auto-estima, se coloca à disposição para ajudar a todos nós a navegarmos em águas profundas neste mundo virtual que lhe é caro e próprio.

O jovem tem muito a nos dizer!
Mais do que nunca podemos afirmar: se nossa opção pelos jovens não for consciente, intencional, efetiva, teológica, devemos fazê-la por uma urgente necessidade de sobrevivência! Se aproximarmos este novo dos jovens com a experiência que o mundo adulto tem, muitas coisas poderão mudar e melhorar! A Igreja e a Sociedade já estão nas mãos deles: acolhamos com respeito o que eles têm para nos ensinar! Eles são, acima de tudo, o presente, chamados a conduzir-nos para um novo tempo. Em certo sentido nós, adultos, dependemos mais dos jovens do que eles de nós!
Brasília, 18 de outubro de 2011
Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb

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