quinta-feira, 4 de julho de 2013

Teologia da Amizade

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Este livro, página por página, envolve-nos numa viagem que convoca a cultura e a espiritualidade, a antropologia e a Bíblia, as artes e a experiência cotidiana. Deixando ainda espaço para que juntemos a nossa voz nesta espécie de elogio àquilo que os amigos são.
Esta obra é um apelo a redescobrirmos Deus nos outros, redescobrindo-nos a nós próprios. Não é para ser lido com a pressa de querer chegar.
A amizade é sempre uma epifania e, por isso, existe uma teologia da amizade, um sentido divino para a amizade.
O autor nomeia o significado profundo da amizade e, ao mesmo tempo, o seu segredo, a serena aceitação dos seus limites. Explora esse tema com um raro conjunto de referências, uma imersão profunda na Palavra de Deus, associada também a uma penetrante compreensão das raízes clássicas da nossa civilização, uma sensibilidade para a poesia, infelizmente tão ausente na teologia, e intuições profundas que serão certamente acolhidas com interesse também por outras culturas.  Este é um livro que revela um profundo respeito pelo outro, um livro para ser saboreado. (Adquirir Livro)

10 comentários:

  1. é um livro fantástico... um verdadeiro tratado sobre a amizade.
    parabéns paulinas brasil
    catarina ramos

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  2. Alimentamo-nos uns dos outros. Somos uns para os outros, na escuta e na palavra, no silêncio e no riso, no dom e no afeto, um alimento necessário, pois é de vida (e de vida partilhada) que as nossas vidas se alimentam.
    José Tolentino de Mendonça, in Pai-nosso que estais na terra

    A terra, esta terra quotidianamente amassada com convulsão e desejo, é o que nos separa ou que nos avizinha de Deus?
    José Tolentino de Mendonça, in Pai-nosso que estais na terra

    A primavera está por toda a parte. Em nosso redor a natureza parece vencer a imobilidade do inverno e amontoa os traços insinuantes do seu reflorir.
    José Tolentino de Mendonça, in Pai-nosso que estais na terra

    Mesmo nos baldios, nos pátios e quintais abandonados, nos jardins mais desprovidos a primavera desponta com uma energia que arrebata.
    José Tolentino de Mendonça, in Pai-nosso que estais na terra

    Todas as coisas dentro e fora de nós, mesmo se pedem empenho, mostram-se sem surpresa, resolvidas e arrumadas.
    José Tolentino de Mendonça, in Pai-nosso que estais na terra

    Sentimo-nos protegidos. Por muito tempo, a visão que temos da nossa vida é a de um território cómodo, sem sobressaltos, sem grandes interrogações ou balanços, de tal modo nos identificámos, nos colámos a essa visão.
    José Tolentino de Mendonça, in Pai-nosso que estais na terra

    Não são as privações, as contrariedades e os combates que nos podem roubar o sabor apaixonado da vida. Precisamos de alargar ou deslocar a perspectiva.
    José Tolentino de Mendonça, in Pai-nosso que estais na terra

    Não somos obra nossa, nem no começo, nem agora, nem naquilo que virá. Provimos de um horizonte e de circunstâncias que nos transcendem.
    José Tolentino de Mendonça, in Pai-nosso que estais na terra

    Só começámos a ganhar autonomia em relação aos pais, quando eles começaram a estar, de forma segura, dentro de nós.
    José Tolentino de Mendonça, in Pai-nosso que estais na terra

    A separação fundadora que o pai simbolicamente estabelece gera a falta, mas é a falta que permite desejar, que nos permite ser.
    José Tolentino de Mendonça, in Pai-nosso que estais na terra

    Porque não somos apenas fruto de duas pessoas: somos consequência de tanta coisa. Somos resultado daquilo que os outros pensam de nós, da maneira como nos olham ou nos sentimos olhados, daquilo que os outros esperam, daquilo que ouvimos dizer que é bom…
    José Tolentino de Mendonça, in Pai-nosso que estais na terra

    Com a proliferação dos telemóveis, deixámos de usar o retórico «está lá»? e a pergunta mais frequente é «onde estás»?
    José Tolentino de Mendonça, in Pai-nosso que estais na terra

    Um dos sintomas do nosso amolecimento interior são os automatismos de freguês, a autojustificação de quem se vicia a encontrar atalhos, fugindo à exigência e à demora dos caminhos.
    José Tolentino de Mendonça, in Pai-nosso que estais na terra

    A experiência constrói-se no intransigente, desconcertante e ardente oxímoro, que é a sua figura por excelência: a fé é sede que dessedenta, fome que sacia, vazio que enche de plenitude, escuridão que brilha.
    José Tolentino de Mendonça, in Pai-nosso que estais na terra

    São precisas, talvez, palavras novas, na nossa oração.
    José Tolentino de Mendonça, in Pai-nosso que estais na terra

    O amor é-nos dado algumas vezes, e também se o recusamos ele distancia-se de nós.
    José Tolentino de Mendonça, in Pai-nosso que estais na terra

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  3. O nosso mundo interior é uma cebola ou uma batata?
    José Tolentino de Mendonça, in O tesouro escondido

    Não temos de temer o silêncio que é a respiração da vida interior. Somos chamados sim a abraça-lo.
    José Tolentino de Mendonça, in O tesouro escondido

    A fé é uma história de fidelidade que se constrói, não é um mero entusiasmo de um momento.
    José Tolentino de Mendonça, in O tesouro escondido

    Nós vimemos no mundo, e nele temos os nossos empenhos, a nossa missão, mas não lhe pertencemos.
    José Tolentino de Mendonça, in O tesouro escondido

    Não há parques de estacionamento espirituais.
    José Tolentino de Mendonça, in O tesouro escondido

    Que os nossos olhos, feitos para olhar as estrelas, não morram a olhar para os nossos sapatos.
    José Tolentino de Mendonça, in O tesouro escondido

    A confiança é um caminho.
    José Tolentino de Mendonça, in O tesouro escondido

    Cada um de nós é uma mistura de forças e fragilidades.
    José Tolentino de Mendonça, in O tesouro escondido

    A sociedade tem de nós a expectativa da força, do êxito, do poder.
    José Tolentino de Mendonça, in O tesouro escondido

    Levamos mais tempo entre um ponto e outro, quando em outros tempos essa viagem nos parecia tão imediata, transparente e possível.
    José Tolentino de Mendonça, in O tesouro escondido

    O que é que se vê de fora e o que é que se vê de dentro. O que é que se vê com os olhos, e o que se contempla com o coração.
    José Tolentino de Mendonça, in O tesouro escondido

    Deslocar-se implica uma mudança de posição, uma maturação do olhar, uma abertura ao novo, uma adaptação a realidades e linguagens, um confronto um dialogo tenso ou deslumbrado, que deixa necessariamente impressões muito fundas.
    José Tolentino de Mendonça, in O tesouro escondido

    Nós só perdemos aquilo que não damos.
    José Tolentino de Mendonça, in O tesouro escondido

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  4. Obrigada pelos comentários com lindas frase e reflexões dos outros livros do autor José Tolentino de Mendonça.

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  5. http://www.pucminas.br/noticias/noticia.php?area=3&codigo=6990&pagina=4

    Sala de imprensa :: Congresso Mundial de Universidades Católicas
    Padre José Tolentino de Mendonça: desafios para a busca do amor integral

    Em uma apresentação inédita, o padre português José Tolentino de Mendonça propôs uma reflexão sobre sete novas bem-aventuranças para a família cristã durante a sua conferência Família, Amizade, Afetividade e Sexualidade: desafios para um amor integral. A palestra abriu o terceiro dia do Congresso Mundial das Universidades Católicas (CMUC), que é realizado na PUC Minas, em Belo Horizonte, entre os dias 18 e 21 de julho.

    Na opinião de Mendonça, o desafio para buscar um amor integral está todo dentro da família cristã. Para ele, a família cristã é chamada a fazer experiências novas, ela precisa ter consciência das dificuldades, pensar e discutir os conflitos. A bem-aventurança tem a mesma natureza do amor e deve ser colocada em prática para a obtenção da harmonia.

    Em função desse papel primordial da família na propagação do amor que o padre propõe sete novas bem-aventuranças. José Tolentino de Mendonça cita e explica cada uma delas:

    Primeira: Bem-aventurada a família hospitaleira. Não somos nada e de ninguém. Precisamos aceitar as graças e fraquezas de todos os integrantes da família. É o princípio da incompletude e da comunhão, ou seja, cada um se completa com suas qualidades e defeitos. Sozinhos ficamos aquém de nós mesmos .

    Segunda: Bem-aventurada a família que combate o analfabetismo do afeto. Os integrantes da família precisam acolher as pessoas como elas são, o que fizeram e o que serão. É preciso abraçar as hesitações e ter afeto com todos. A família aprende muitas coisas, mas nada sobre a alma.

    Terceira: Bem-aventurada a família que dá importância ao inútil. Mendonça lembra que vivemos em um mundo em que tudo precisa motivo, função e posição. De acordo com ele, precisamos aceitar a perder para dar.

    Quarta: Bem-aventurada a família que não joga fora a "Caixa de Brinquedos". O padre faz uma metáfora para dizer que a "Caixa de Brinquedos" da família é o tempo que seus familiares têm para conversar, lembrar acontecimentos do dia a dia, realizar atividades lúdicas, interagir idosos com crianças, resgatar momentos de alegria, como receitas de avós e o Natal. Mendonça acredita que muitas famílias não abrem mais suas "Caixas de Brinquedo" e perderam essa oportunidade de construir um amor integral.

    Quinta: Bem-aventurada a família que usa bem a crise. "Somente por meio da crise é que podemos ver a verdade e o sentido da vida. A experiência da crise é importante para evitar o pior e viver a vida com profundidade e não superficialmente. Crise é libertação e independência", afirma o padre Mendonça.

    Sexta: Bem-aventurada a família que acredita ser um laboratório da alegria. A felicidade é singular como rir e chorar. A família que é laboratório da alegria é fábrica de abraço e doação.

    Sétima: Bem-aventurada a família que vive aberta ao mundo e a Deus. O padre explica que vivemos rodeados de perguntas e a família de hoje é uma delas. A família precisa estar aberta para trocar conhecimentos para alcançar o amor.

    Ao final, padre José Tolentino de Mendonça acrescenta que a família não pode ficar desagregada. "É lugar onde aprendemos a amar, compartilhar, resolver conflitos e dar o valor ao afeto. A família precisa ser uma escola da vida", finaliza ele.
    Assessoria de Imprensa
    20/07/2013

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  6. JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA - alguns prémios

    Prémios:
    Foi laureado com o Prémio Cidade de Lisboa de Poesia (1998)
    Prémio PEN Clube Português (2004)
    Prémio Literário da Fundação Inês de Castro (2009)
    Finalista do Prémio Literário Casino da Póvoa (2011)
    Distinguido com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique
    Considerado dos 100 portugueses mais influentes em 2012, pela REVISTA do Jornal Expresso (2012)

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  7. Comentários/Criticas de Imprensa:

    “A delicadeza com que José Tolentino Mendonça
    nos convoca para pensar a amizade é tocante.
    Avançamos sobre o tema numa espécie de voo em balão
    de ar quente; a sensação de vermos de cima, sim,
    mas a passo tranquilo – sem qualquer ruído perturbador.”
    Gonçalo M. Tavares, Escritor

    “Fascinante e profunda reflexão sobre os caminhos
    da amizade... Um périplo de leitura com todas as marcas
    de uma grande e verdadeira viagem espiritual.”
    Frederico Lourenço, Escritor

    “Em Nenhum Caminho será Longo, somos surpreendidos
    por uma proposta inspirada que só uma pessoa
    com a grandeza de José Tolentino de Mendonça
    nos poderia oferecer.”
    Joana Carneiro, Maestrina

    “As palavras de José Tolentino Mendonça
    são uma revelação.”
    Martim Avillez Figueiredo, Jornalista

    «Este é um livro que revela um profundo respeito pelo outro,
    um livro para ser saboreado»
    Timothy Radcliffe

    «Mas Portugal tem outro fator de diferenciação: as pessoas. E associado às mesmas, destaca-se a amizade. Tema da última obra do padre, ensaísta e poeta José Tolentino Mendonça. Em “Nenhum caminho será longo” (Paulinas), obra que beija a amizade com um abraço, Tolentino fala sobre essa dádiva que, ao contrário do Produto Interno Bruto (PIB), não é quantificável. E em boa hora.»
    Mafalda Avelar, in Diário Económico

    «No momento de desagregação e de falta de esperança que a sociedade portuguesa atravessa é necessária uma reflexão sobre a amizade. A proposta é do padre Tolentino Mendonça no seu novo livro intitulado "Nenhum caminho será longo".
    Numa altura em que diz que falta esperança ao discurso político, o futuro vice-reitor da Universidade Católica considera que as relações de amizade ajudam a dar sentido à vida.»
    Maria João Costa, in Rádio Renascença

    «José Tolentino Mendonça é um criador na substância e na forma
    não separando uma da outra e a meu ver é sempre culto, é sempre poeta e sempre padre.»
    Marcelo Rebelo de Sousa, in lançamento Fnac Chiado

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  8. Comentários/Criticas de Imprensa:

    «Em momentos de crise muitas pessoas estão a sentir-se sozinhas e o Padre José Tolentino Mendonça, um dos grandes poetas portugueses da atualidade, escreve um livro que é baseado num provérbio japonês, “nenhum caminho será longo se for feito ao lado do teu amigo”. Os cristãos sabem bem o que é isso, pois têm um amigo permanente na pessoa de Cristo»...
    Graça Franco, in Rádio Renascença

    «…é uma companhia notável de releitura do evangelho cristão, raríssima entre nós com esta amplitude, com esta gramática, com uma singular capacidade de mobilizar tanto a inteligência como a comoção pura. Para um católico, este livro é uma espécie de ‘Leal Conselheiro’, pura auto-ajuda religiosa no sentido pleno e feliz da palavra, recolocando a amizade no centro da terra árida que é o nosso tempo, falando do silêncio, da imperfeição, do humor, da alegria, da vulnerabilidade, da hospitalidade, da felicidade: "A conquista de um ritmo humano para a vida não acontece de repente, nem avança com receitas de quatro tostões. Precisamos de aprender a planificar com sabedoria o dia a dia." É um livro para ser seguido – que assinala a perplexidade diante das coisas maravilhosas. É muito raro isso acontecer.»
    Francisco José Viegas, in Correio da Manhã

    «José Tolentino Mendonça. O Padre Tolentino pode parecer em muito o oposto de John Piper. Não por ser obscuro ou ilógico, que não é, mas por investir mais na sugestão do que propriamente no sentido. O Padre Tolentino tem um ministério da amizade (patente no último e excelente “Nenhum caminho será longo”) que não se faz nos sulcos protestantes do confronto mas nos atalhos inesperados da empatia. O Padre Tolentino serve para mim como um contra-ponto ao feitio evangélico, sempre pronto para a tareia. A minha escrita nunca será convidativa como a do Padre Tolentino mas ando a tentar».
    Tiago Cavaco

    «O livro de José Tolentino Mendonça começa como uma espécie de regato silencioso. Dá a impressão que quase se pede desculpa por voltar ao tema da amizade. Mas, as páginas somam-se e as margens vão-se alargando. E o caudal revela toda a sua riqueza, toda a sua densidade, inicialmente insuspeitável.»
    Francisco Martins, sj

    «É, como as ilhas, um homem com uma tumultuosa vida dentro de si. Por vezes fecha os olhos quando fala. Quase sempre diz coisas assombrosas. Dirige-se aos não crentes.
    José Tolentino Mendonça acabou de lançar um livro que pretende «recolocar a amizade como um problema teológico e político», Nenhum Caminho Será Longo».
    Anabela Mota Ribeiro, in Domingo

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  9. «Há um provérbio que diz: «Viver sem amigos é
    morrer sem testemunhas.» Os amigos trazem à
    nossa vida uma espécie de atestação. Os amigos sa -
    bem o que é para nós o tempo. Eles testemunham
    que somos, que fizemos, que amamos, que perseguimos
    determinados sonhos e que fomos perseguidos
    por este ou aquele sofrimento. E fazem-no
    não com a superficialidade que, na maior parte das
    vezes, é a das convenções, mas com a forma comprometida
    de quem acompanha. O olhar do amigo
    é uma âncora».
    José Tolentino Mendonça, in Nenhum Caminho Será Longo

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  10. «Só quem nos ama pronuncia corretamente o
    nosso nome, sabe o seu significado até ao fim, está
    apto a nomear o nosso mundo na sua complexa e
    enigmática inteireza. Só quem nos ama é capaz de
    ver-nos como realmente somos: esta mistura apai -
    xo nada e contraditória, esta aventura conseguida
    e, ainda assim, inacabada, esta pulsão de nervos e
    de alma, de opacidade e vislumbre».
    José Tolentino Mendonça, in Nenhum Caminho Será Longo

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